'Mutirãoapostas loteriasanálise' da lamaapostas loteriasMariana quer transformar cidadãosapostas loteriaspesquisadores:apostas loterias

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Legenda da foto, Pesquisadores buscam colaboração tentam ensinar moradores das regiões afetadas pela lama a coletar amostras

<link type="page"><caption> Leia mais: 'Paris x Mariana': fla-flus semelhantes dominaram redes sociaisapostas loteriasoutros países</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151117_ataques_paris_redes_mariana_lab.shtml" platform="highweb"/></link>

<link type="page"><caption> Leia mais: Dilma nega negligência federal sobre Mariana: 'Quando vou, vou para fazer, não só para visitar'</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151116_dilma_mariana_tg_ab.shtml" platform="highweb"/></link>

A ideia partiuapostas loteriasum grupoapostas loteriascercaapostas loteriasdez cientistas formados na USP e conseguiu adesão-relâmpagoapostas loteriasprofissionaisapostas loteriasdiversas áreas: a lista atualapostas loteriasvoluntários já inclui, alémapostas loteriasbiólogos, geógrafos e químicos, pelo menos uma psicóloga, um astrônomo, historiadores e turismólogos.

De um modo geral, eles oferecem serviços ligados às suas especialidades, mas moradores e nativos da região, como Janaína, também se dispõem a contribuir foraapostas loteriassua áreaapostas loteriasconhecimento.

"O que me motiva a fazer as coletas é porque percebo que as cidades da região, que estão sem água. Sabemos que a maior parte dos deputadosapostas loteriasMinas Gerais são apoiados pelas mineradoras", disse à BBC Brasil.

<link type="page"><caption> Leia também: Por 'objeto suspeito', polícia cancela amistoso Alemanha x Holanda e evacua estádio</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151117_amistoso_alemanha_ameaca_rm.shtml" platform="highweb"/></link>

Força-tarefa

Em diversas mensagens trocadas por dia, os frequentadores do GIAIA expressam indignação com relação ao acidente que deixou pelo menos 11 mortos e 12 desaparecidos, destruiu completamente o distritoapostas loteriasBento Rodrigues (MG) e impactou centenasapostas loteriaspessoas no caminho do rio Doce até o Espírito Santo.

Outros propõem ações para avaliar o impacto do desastre e divulgá-lo, trocam informações sobre procedimentos científicos e oferecem seus préstimos para o que for necessário.

"Alguém já falou aqui sobre hospedagem solidária? Moroapostas loteriasAimorés (MG), qualquer coisa 'estamos aí'", diz o gestor ambiental mineiro Ivan Ruela, que também assumiu a tarefaapostas loteriascoletar amostrasapostas loteriaságua e sedimentos na cidade que faz divisa com o Espírito Santo.

"Sempre fui apegado a essa questão do rio Doce. Achei interessante a ideia, para a gente agirapostas loteriasalguma forma, não ficar só sentado. A lama já chegou e tende a ficar muito resíduo por aqui", disse à BBC Brasil.

Segundo o biólogo paulista Alexandre Martensen – que faz doutoradoapostas loteriasToronto e administra a iniciativa à distância –, já há gruposapostas loteriastrabalho organizados para analisar a água do rio, os sedimentos no solo, espécies da fauna e flora locais e outros.

"Temos até um grupoapostas loteriasadvogados e especialistas analisando os documentos do empreendimento, da Samarco, do Ministério Público. E outro que trabalha com mapeamento da região, para sabermos onde a lama pode chegar na próxima enchente", disse à BBC Brasil.

<link type="page"><caption> Leia também: Conheça os animais que um dia poderão ensinar o homem a viver 200 anos</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151112_vert_earth_200_fd.shtml" platform="highweb"/></link>

Em quatro dias, grupo conseguiu maisapostas loteriasR$ 50 milapostas loteriasfinanciamento coletivo para estender monitoramentoapostas loteriasMG e ES
Legenda da foto, Em quatro dias, grupo conseguiu maisapostas loteriasR$ 50 milapostas loteriasfinanciamento coletivo para estender monitoramentoapostas loteriasMG e ES

'Ciência cidadã'

Segundo Martensen, pesquisadoresapostas loteriasuniversidades estaduais e federais da região foram os primeiros a se motivar pela iniciativa. Mas a nova fronteira, e a mais difícil, é conseguir que os próprios moradores da região contribuam.

"Já há moradoresapostas loteriascomunidades que se propuseram a coletar amostras, nós os estamos orientando sobre como fazer. A ciência cidadã é muito importante", diz.

Até o momento, o grupo é completamente dependenteapostas loteriasvoluntários e os pesquisadores custeiam o trabalhoapostas loteriascampo com recursos próprios e apoioapostas loteriasuniversidades ou ONGs,apostas loteriasacordo com o biólogo. Mas um <link type="page"><caption> financiamento coletivo</caption><url href="http://www.kickante.com.br/campanhas/relatorio-independente-de-impacto-causado-pelo-rompimento-das-barragens-de-fundao-e" platform="highweb"/></link> para captar recursos para as análises surpreendeu, ultrapassando a metaapostas loteriasR$ 50 mil arrecadadosapostas loteriasquatro dias. Até o fechamento desta reportagem, ele já acumulava R$ 52 mil.

"Começamos com um objetivo muito menor, que era só fazer análiseapostas loteriaságua e sedimentos, e queríamos recurso para ajudar nisso. Mas o negócio viralizou, ficou melhor do que a gente imaginava. Agora devemos lançar outro 'crowdfunding'", afirma.

"Estamos preocupados que esse monitoramento se estenda e seja sustentável, porque muitas coisas ainda vão acontecer. Quando aquela região alagar, a lama pode, por exemplo, alcançar lugares além do rio e estragar outras áreas."

Os relatórios, mapas e análises serão disponibilizados e explicados para o públicoapostas loteriasum site – também conseguido por intermédioapostas loteriasuma parceria com uma ONG –, que deve entrar no ar nos próximos dias.

'Não dá pra confiar'

Para Janaína,apostas loterias27 anos, a tarefa é necessária para ajudarapostas loteriascidade natal, que chegou a ter o abastecimentoapostas loteriaságua parcialmente interrompido nos últimos dias por causa da contaminação do rio Doce pela lama da barragem.

Desde segunda-feira, a distribuição vem sendo gradualmente restabelecida, mas moradores ainda esperam até duas horasapostas loteriasfilas imensas para terem acesso a água limpa.<link type="page"><caption> </caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151117_mg_agua_gov_valadares_rs_cc.shtml" platform="highweb"/></link>

<link type="page"><caption> Leia mais: Mineradora não entrega água suficiente para cidade afetada por lama, diz prefeita</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151117_mg_agua_gov_valadares_rs_cc.shtml" platform="highweb"/></link>

"Acredito que a prefeitura esteja sofrendo uma pressão política grande e quero ajudar a fazer uma análise da água. Vou tentar eu mesma fazer quando estiver lá ou pedir a um primo e outras pessoas. É necessário fazer uma análise mais completa e autônoma tantoapostas loteriasmateriais inorgânicos (metais, por exemplo) quanto orgânicos", afirma.

A produtora conheceu o grupo por meioapostas loteriasamigas, que se juntaram para enviar água potável ao município. Ela mesma vai acompanhar a distribuição na cidade, no final desta semana.

"A (própria) empresa responsável está ali ajudando a fazer os testes (na água que sai das torneiras). Não dá pra confiar. Não acredito que a prefeitura queira envenenar 280 mil pessoas, mas também não acreditoapostas loteriastudo o que está sendo divulgadoapostas loteriastermosapostas loteriasanálise."