Mariana pode virar desastre mais fatal da gigante BHP, que enfrenta outras polêmicas internacionais:casina online
<link type="page"><caption> Leia mais: Desastrecasina onlineMariana foi acidente ou crime? 'É precipitado avaliar', diz ministro</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151110_ministro_mariana_ms.shtml" platform="highweb"/></link>
<link type="page"><caption> Leia mais: 5 perguntas sem resposta sobre rompimentocasina onlinebarragem</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151106_minasgerais_perguntas_hb.shtml" platform="highweb"/></link>
Em meio a questionamentos sobre as causas do acidente e especulação sobre se houve negligência das empresas responsáveis, o presidente-executivo da empresa, Andrew Mackenzie, e o diretorcasina onlinenegócioscasina onlineminériocasina onlineferro, Jimmy Wilson, vieram ao Brasil para avaliar a extensão da tragédia.
Os executivos visitaram o complexocasina onlinebarragens e, nesta quarta-feira, falaram com a imprensa pela primeira vezcasina onlineuma coletiva na sede da Samarco,casina onlineMariana, ao lado do presidente da Vale, Murilo Ferreira.
Mackenzie anunciou a criaçãocasina onlineum fundocasina onlineemergência com a Vale para capitanear o esforçocasina onlinereconstrução na região e ajudar as famílias e comunidades afetadas. Ele disse que a empresa está "100% comprometida" a prestar apoio no longo prazo.
“Lamentamos muito o que aconteceu”, afirmou ele, contando que sobrevoou o local e que o cenário écasina online“partir o coração”.
“Ouvi relatoscasina onlinegrandes demonstraçõescasina onlinecoragem, heroísmo e dedicação, e a coragem e resiliência das esforçoscasina onlineresposta são muito inspiradores”, disse. “As pessoascasina onlineMariana têm a minha absoluta determinaçãocasina onlineque vamos cumprir o nosso papelcasina onlineajudar a reconstruir suas casas e comunidades.”
Na mesma coletiva, o prefeitocasina onlineMariana, Duarte Júnior, calculoucasina onlineR$ 100 milhões o prejuízo causado.
25 mil piscinas olímpicascasina onlinelama
Na quinta-feira passada, o rompimento das barragens do Fundão ecasina onlineSantarém liberou o equivalente a quase 25 mil piscinas olímpicascasina onlineuma misturacasina onlineresíduoscasina onlineminériocasina onlineferro, água e lama na região, deixando um rastrocasina onlinedestruição e causando prejuízos que alcançam o Espírito Santo.
Além da pressão para esclarecer as causas do acidente, a Samarco – bem como a Vale a BHP – tem sido questionada sobre a faltacasina onlineum sistemacasina onlinealarme sonoro para alertar moradorescasina onlineBento Rodrigues sobre o marcasina onlinelama que se aproximava.
Há críticas também à faltacasina onlineação para reduzir o impacto nos dias posteriores, alertando moradorescasina onlineoutras comunidades atingidas – como Barra Longa, a 60 quilômetroscasina onlinedistância, alagada com a lama no meio da noite após o acidente apesarcasina onlinemoradores terem sido asseguradoscasina onlineque ali o leito do rio cheiocasina onlinelama não iria subir.
Em Londres, apenas duas semanas antes do desastre, a BHP faziacasina onlinereunião geral anual, onde buscava reafirmar seus compromissos com segurança e responsabilidade ambiental diante do atual cenáriocasina onlinemudanças climáticas.
Como aconteceramcasina onlineoutras reuniões anuais, porém, os executivos da empresa foram recebidos na entrada por protestoscasina onlinegruposcasina onlineoperários que viajaram da Colômbia até a capital inglesa para pressionar contra o avançocasina onlineprojetos da empresa sobre suas comunidades, ao ladocasina onlineativistas que criticavam os impactos negativos da mineração.
Richard Solly, um dos fundadores da London Mining Network (Rede Londrinacasina onlineMineração), estava lá ao ladocasina onlineoutros grupos para pressionar a empresa.
Sua organização monitora o impactocasina onlineprojetoscasina onlinemineração no mundo todo e se articula com outros grupos para buscar reduzir seus efeitos negativos sobre comunidades e sobre o meio ambiente.
<link type="page"><caption> Leia mais: Mesmo sem ser tóxica, lamacasina onlinebarragemcasina onlineMariana deve prejudicar ecossistema por anos</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151107_barragem_mariana_mdb_fd.shtml" platform="highweb"/></link>
"A BHP gostacasina onlinese apresentar como a mais responsável e mais limpa do mundo, mas temos muitos exemplos dos danos quecasina onlineatividade causa e do despejo extremamente danosocasina onlineresíduos no meio ambiente", afirma Solly.
"A empresa tem uma estratégiacasina onlinecomunicação muito boa, e aqui (no Reino Unido) costuma impressionar seus acionistas com suas apresentações. Ela não finge que suas atividades não têm impacto negativo e falacasina onlineuma maneira mais transparente sobre as coisas que está fazendo para mitigar esses impactos, então isso costuma contribuir para uma imagem positiva. Isso claramente vai ficar mais difícil após o acidente no Brasil", opina.
Após a tragédia, as ações da BHP chegaram a seu nível mais baixocasina onlinesete anos na bolsa australiana na segunda-feira. As da Vale fecharam a sexta-feira com queda superior a 7% e caíram mais 5,6% na segunda-feira, e agora já começam a se recuperar.
'Desresponsabilização'
Na segunda-feira, a Secretaria estadualcasina onlineMeio Ambientecasina onlineMinas Gerais suspendeu a licença da Samarco para exercer qualquer atividade no municípiocasina onlineMariana, afora ações emergenciaiscasina onlineresposta à tragédia.
No Brasil, a BHP detém direitoscasina onlineexploraçãocasina onlineblocoscasina onlinepetróleo na bacia Foz do Amazonas; atua no setorcasina onlinealumínio, com participaçãocasina online14,8% na mineradoracasina onlinebauxita Mineração Rio do Norte (MRN), no Pará; e, no Maranhão, tem participações no Consórciocasina onlineAlumínio do Maranhão (Alumar).
Professor da Universidade Federal do Riocasina onlineJaneiro, o sociólogo Rodrigo Santos coordena o grupocasina onlinepesquisa Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade, que monitora impactos negativoscasina onlineprojetoscasina onlinemineração no país. Ele afirma que, no Brasil, a BHP ainda é pouco conhecida porque explora pouco a divulgaçãocasina onlinesua imagem.
Santos diz que a Vale tem inquestionável preponderância no Brasil e uma posiçãocasina onlinedestaque da BHP a deixaria mais suscetível a riscos institucionais e econômicos no país. Assim, diz,casina onlineestratégia tem sidocasina onlinese apoiarcasina onlineposições acionárias minoritárias e na"desresponsabilização" operacional.
<link type="page"><caption> Leia mais: A tragédiacasina onlineMariana pode afetar o mercado global do minério?</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151109_mercado_barragem_ru_ab.shtml" platform="highweb"/></link>
"É possível compreender a táticacasina onlineparceria com a mineradora brasileira (Vale) como uma estratégiacasina onlinevisibilidade reduzida", diz Santos.
"Isso deve permanecer central nas ações da BHP junto ao Estado e à opinião pública brasileira após o desastre. Mas é provável que mobilizações da sociedade civil e da imprensa questionem quaisquer pretensões da empresacasina onlinese eximircasina onlineresponsabilidade ecasina onlinemanter uma baixa visibilidade no evento."
Santos diz que a imagem da BHP vem sendo questionada "há bastante tempo"casina onlineoutras partes do mundo por redescasina onlineONGs, movimentos sociais e populações afetadas pela mineração, a exemplo do que ocorre no Brasil com movimentos que defendem comunidades e territórioscasina onlineáreascasina onlinemineração.
Um deles, o Movimento dos Atingidos pela Vale, protagonizou um protesto na sede da empresa, no Centro do Riocasina onlineJaneiro, na terça-feira. Um grupocasina onlineativistas e artistas com os corpos cobertoscasina online"lama" se postaram na entrada do prédio na avenida Graça Aranha para denunciar o que consideram responsabilidade da empresa no rompimento das barragens.
Outras polêmicas
O desastrecasina onlineMariana se soma a outros projetos pela qual a BHP está tendocasina onlineatuação contestada. Na Austrália, seu paíscasina onlineorigem, há polêmicacasina onlinetorno do centro minerador Olympic Dam, uma jazida com reservascasina onlinecobre, ouro, prata e, segundo Santos, o maior depósito mundialcasina onlineurânio por áreacasina onlineextensão.
O projeto foi assumido pela BHPcasina online2005, mas tem sido questionado pela produçãocasina onlinerejeitos radioativos e pelo altíssimo consumocasina onlineágua.
Outras polêmicas incluem as minascasina onlinecobrecasina onlineEscondida, no Chile, onde ONGs denunciam vazamentoscasina onlineresíduoscasina onlinecobre, e os planoscasina onlineimplantar um megaprojetocasina onlineextraçãocasina onlinecarvãocasina onlineflorestas na Indonésia, o IndoMet.
Mas o projeto com consequências ambientais e sociais mais graves na história da BHP é o da mina OK Tedi,casina onlinePapua Nova Guiné. Em 1999, a empresa admitiu ter liberado, ao longocasina onlinemaiscasina onlineuma década, milhõescasina onlinetoneladascasina onlinerejeitos da exploraçãocasina onlinecobre nas bacias hidrográficas dos rios OK Tedi e Fly. O impacto comprometeu 120 comunidades camponesas ecasina onlinepescadores artesanais na região, afetando até 50 mil pessoas.
Na época, o presidente-executivo da empresa Paul Anderson admitiu que, diante das conclusõescasina onlineum estudo feito por uma comissão científica sobre os danos no local, “a mina não é compatível com nossos valores ambientais e a companhia nunca deveria ter se envolvido”.
Em 2002 a companhia se retirou inteiramente do projeto, transferindocasina onlineposição acionária (52% da mina) para um fundocasina onlinedesenvolvimento do governo, que deveria revertercasina onlinebenefícios para a população do país.
Porém, segundo pesquisadores, apenas uma pequena porção dos recursos beneficiou as pessoas impactadas pela poluição do rio e pelo desmatamento na área.
À BBC Brasil, a BHP Billiton afirma quecasina online“prioridade imediata” é o bem-estar dos funcionários da Samarco e das comunidades locais, bem como ocasina onlineprestar apoio à Samarcocasina onlineseus esforçoscasina onlineresposta à tragédia.