O animal que é imune ao câncer:entrar na betano

Ratos-toupeiras-pelados nunca apresentaram tumoresentrar na betanodécadasentrar na betanoobservações
Legenda da foto, Ratos-toupeiras-pelados nunca apresentaram tumoresentrar na betanodécadasentrar na betanoobservações

No estuário do rio São Lourenço, no Canadá, o câncerentrar na betanointestino é a segunda causa mais comumentrar na betanomorteentrar na betanobelugas. E, apesar do mitoentrar na betanoque tubarões são imunes ao câncer, eles podem desenvolver o melanoma.

Mas há exceções. Alguns poucos animais não apresentam câncer com frequência – e outros, nunca. Entender por que isso acontece pode nos ajudar na prevenção e no tratamento dessa doença.

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Apesarentrar na betanoterem trilhõesentrar na betanocélulas, apenas 5% dos elefantes morrementrar na betanocâncer

Crédito, AP

Legenda da foto, Apesarentrar na betanoterem trilhõesentrar na betanocélulas, apenas 5% dos elefantes morrementrar na betanocâncer

O câncer ocorre quando uma célula aparentemente normal cresce descontroladamente. Normalmente, células velhas ou danificadas são destruídas. Mas às vezes uma delas continua a se reproduzir, criando cada vez mais células “ruins”. O resultado disso é um tumor.

Em tese, trata-seentrar na betanoum simples jogoentrar na betanonúmeros: quanto mais célulasentrar na betanoum organismo e quanto mais ele vive, mais chancesentrar na betanoque uma dessas células acabe sucumbindo a alguma mutação aleatória.

Mas nem todas as células são igualmente sujeitas ao câncer. Os elefantes, por exemplo, têm trilhõesentrar na betanocélulas a mais do que nós e vivem muito. Mas apresentam uma baixa incidênciaentrar na betanocâncer – apenas 5% deles morrem da doença, enquanto ela mata umaentrar na betanocada cinco pessoas.

Parte da explicação para isso acabaentrar na betanovir à tona. Cientistas revelaram que o genoma do elefante contêm várias cópiasentrar na betanoum gene conhecido por combater o câncer – enquanto temos apenas um exemplar desse gene, os elefantes têm 20.

Segundo Vincent Lynch, da Universidadeentrar na betanoChicago, esse gene atuaentrar na betanoduas frentes: primeiro, impedindo que uma célula defeituosa se multiplique, dando a ela tempo para se “consertar”; segundo, se isso não ocorrer, o gene a impele a se auto-destruir.

“Em teoria, poderíamos desenvolver medicamentos que imitam esse processo dos elefantes”, afirma Lynch. Um desses remédios, chamado Nutlin, está sendo testado atualmente.

A incidênciaentrar na betanocâncer é surpreendentemente menor ainda entre populações da chamada baleia-da-Groenlândia, um dos maiores e mais longevos animais do mundo.

Cientistas que analisaram o genoma dessa espécie descobriram mutações que ajudam a impedir danos no DNA, protegendo-as do câncer.<bold><link type="page"><caption> </caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151105_matematica_eua_mdb.shtml" platform="highweb"/></link></bold>

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Imune a tumores

Mas talvez seja o casoentrar na betanoum roedor o que mais surpreendeu os cientistas. Em geral, os ratos são extremamente suscetíveis à doença, apesarentrar na betanoviverem pouco tempo e terem menos células do que nós.

Mas o rato-toupeira-pelado (Heterocephalus glabe) oferece esperança para futuros tratamentos para o câncer.

Trata-seentrar na betanoum animal estranho, com a pele enrugada, sem pelos e com dentes incisivos enormes. Eles vivem até os 30 anos, muito mais que outros bichos do mesmo porte.

Além disso, eles são dotadosentrar na betanoum mecanismo naturalentrar na betanodefesa contra o câncer. Em décadasentrar na betanoobservações, nunca um desses roedores foi vítimaentrar na betanoum tumor.

Em 2013, a equipeentrar na betanoVera Gorbunova, da Universidadeentrar na betanoRochester, nos Estados Unidos, descobriu que o rato-toupeira-pelado produz uma molécula especial que o impedeentrar na betanodesenvolver tumores.

Trata-seentrar na betanouma substância espessa e açucarada chamada ácido hialurônico, encontrada nos espaços entre as células do animal.

Mesmo se essas células sofrerem mutações, a susbtância impede que elas se multipliquem, como um escudo protetor.

Segundo Gorbunova, o ser humano também produz o ácido hialurônico, masentrar na betanouma versão ligeiramente diferente. “Estamos explorando novas maneirasentrar na betanoregular a produção dessa molécula e estimulá-laentrar na betanohumanos”.

Mas, por enquanto, ainda não se sabe se esses tratamentos vão funcionar bem entre seres humanos.

Para o oncologista David Vail, da Universidadeentrar na betanoWisconsin, deve haver um motivo para apresentarmos menos ácido hialurônico do que os ratos-toupeiras-pelados. “Pode ser que um alto nível dele seja tóxico para nós, por exemplo”, afirma.

O mesmo vale para a manipulação genética, pois um gene que ajuda um animal a combater o câncer pode causar outras doençasentrar na betanohumanos.

Mesmo assim, pesquisadores continuam com seus trabalhos na esperançaentrar na betanoencontrar soluções para a doença. “Precisamos entender a biologia básica, senão não há maneiraentrar na betanointervir quando as coisas derem errado”, diz Lynch.

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