Brasil é cobrado na OEA por violência contra índios :cassino jogo de cartas

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Legenda da foto, Quase 400 índios guarani kaiowá foram assassinados no Mato Grosso do Sul nos últimos 12 anos, segundo dados do Cimi

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As cobranças ocorrem num momentocassino jogo de cartasque o Brasil se reaproxima da OEA, após quatro anoscassino jogo de cartasrelações estremecidas por uma decisão que também envolvia índios.

Em 2011, após indígenas denunciarem irregularidades na construção da usina hidrelétricacassino jogo de cartasBelo Monte, no Pará, a CIDH cobrou que o Brasil suspendesse o licenciamento da obra. Em resposta à decisão, a presidente Dilma Rousseff retirou o representante máximo do Brasil na organização.

O cargo só voltou a ser ocupado nas últimas semanas com a nomeação do embaixador José Luiz Machado e Costa.

'Processocassino jogo de cartasgenocídio'

Na sessão desta terça que tratou, entre outros temas, do assassinatocassino jogo de cartasíndios guarani kaiowá no Mato Grosso do Sul, o comissário da CIDH Felipe Gonzalez perguntou a representantes do governo brasileiro que ações poderiam ser tomadas para fortalecer as investigações desses crimes.

Requerida por ONGs e associaçõescassino jogo de cartasindígenas, a audiência contou com a presença dos líderes Lindomar Terena e Eliseu Lopes (guarani kaiowá), ambos do Mato Grosso do Sul.

Lopes afirmou que seu povo vive um "processocassino jogo de cartasgenocídio". Citando dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ele disse que 390 índios guarani kaiowá foram assassinados no Estado nos últimos 12 anos, e outros 777 se mataram desde 2000 "pela faltacassino jogo de cartasperspectivascassino jogo de cartasfuturo e pelos conflitos decorrentes da insuficiênciacassino jogo de cartasterras".

Embora o Mato Grosso do Sul concentre 9% dos índios brasileiros, as terras demarcadas no Estado correspondem a menoscassino jogo de cartas1% das áreas indígenas no Brasil.

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Lopes se queixou da paralisação das demarcações no Estado e afirmou que fazendeiros criaram "milícias paramilitares" para atacar as comunidades.

A última vítimacassino jogo de cartasataques, diz ele, foi o líder Semião Vilhalva, morto no fimcassino jogo de cartasagostocassino jogo de cartasterritório disputado por índios e fazendeiros no municípiocassino jogo de cartasAntônio João. O caso está sendo investigado.

"Imploramos pelo apoio dos comissionados a fimcassino jogo de cartasque o Estado brasileiro reconheça e demarque nossas terras", afirmou Lopes.

Após ouvir os depoimentos, a comissária Tracy Robinson se disse "profundamente perturbada" pela quantidadecassino jogo de cartassuicídios entre os guarani kaiowá e perguntou se o governo reconhecia a relação entre essas mortes e os conflitos agrários no Mato Grosso do Sul.

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Legenda da foto, Na OEA, representante disse que governo tem "consciência"cassino jogo de cartasligação entre suicídios dos guarani kaiowá e disputacassino jogo de cartasterras

Segundo o assessor sobre povos e comunidades da Secretaria Nacionalcassino jogo de cartasPromoção e Defesa dos Direitos Humanos, Thiago Garcia, o governo tem "plena consciência" do vínculo entre os suicídios e a faltacassino jogo de cartasterras.

Já o assessor do Ministério da Justiça Flávio Chiarelli deu a entender que não é possível associar o grande númerocassino jogo de cartashomicídioscassino jogo de cartasindígenascassino jogo de cartasMato Grosso do Sul às disputas agrárias, atribuindo parte dos casos a crimes passionais.

Ele afirmou que forças policiais federais e estaduais atuamcassino jogo de cartasconjunto para evitar conflitos envolvendo indígenas e assegurar a vigência do Estadocassino jogo de cartasDireito. Segundo Chiarelli, 11 líderes indígenas brasileiros integram um programa governamentalcassino jogo de cartasproteçãocassino jogo de cartasdefensores direitos humanos.

O assessor afirmou ainda que o Brasil já demarcou maiscassino jogo de cartas680 terras indígenas, que cobrem 12,6% do território nacional, e disse que,cassino jogo de cartasáreascassino jogo de cartas"colonização mais antiga" (como Mato Grosso do Sul) as demarcações foram travadas por processos judiciais.<link type="page"><caption> </caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/10/151020_nobel_felicidade_gch_tg" platform="highweb"/></link>

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Para avançar com as demarcações, diz que o governo criou um grupocassino jogo de cartastrabalho que apresentará propostascassino jogo de cartassoluções até 10cassino jogo de cartasdezembro.

Após a apresentação da defesa, a relatora da CIDH para os Direitoscassino jogo de cartasPovos Indígenas, Rose-Marie Belle Antoine, perguntou às autoridades se havia algum "esforço consistente" do governo para analisar o porquê dos altos índicescassino jogo de cartashomicídios entre os guarani kaiowá.

Ela afirmou ainda que, enquanto investigaçõescassino jogo de cartascrimes contra indígenas se desenrolam com lentidão no Brasil, crimes que têm índios como réus costumam avançar rapidamente.

A audiência também tratoucassino jogo de cartasmoradores da comunidade Pequiá,cassino jogo de cartasAçailândia (MA), que cobram o governo a realocá-los após terem seu território contaminado por mineradoras e siderúrgicas que operam na cidade.

Em outra audiência, os comissários ouviram governo e ONGs sobre denúnciascassino jogo de cartasviolaçõescassino jogo de cartasdireitos humanoscassino jogo de cartasmoradores da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol,cassino jogo de cartasRoraima.

Questionamentos que não foram abordados pelos representantes do governo durante as audiências poderão ser respondidos por escrito. Alémcassino jogo de cartascitar os processoscassino jogo de cartasseu relatório anual, a CIDH pode recomendar que casos graves e que não tenham sido solucionados sejam julgados pela Corte Interamericanacassino jogo de cartasDireitos Humanos, com sedecassino jogo de cartasSan José, na Costa Rica.

Conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o Brasil é obrigado a cumprir decisões da corte.