Olhar o Facebook dos outros pode nos deixar mais tristes?:brazino777 é
"Sabemos que a vida nos traz dificuldades; nos sentimos bem e nos sentimos mal. Se você está constantemente vendo como a vida das outras pessoas vai bem, vai se sentir pior quanto abrazino777 évida (porque),brazino777 écomparação, ela parece não ir tão bem", explica à BBC Brasil o professor associadobrazino777 épsicologia Ethan Kross, coautor do estudo na Universidadebrazino777 éMichigan.
O jornal The New York Times chamou atenção para o fenômeno no recém-terminado verão americano,brazino777 émeio às milharesbrazino777 épostagensbrazino777 écelebridades nas redes sociais exibindo suas glamourosas rotinas,brazino777 éfotosbrazino777 écorpos perfeitos, cenários deslumbrantes e companhias igualmente famosas.
A pontobrazino777 éter sido popularizada a hashtag "medobrazino777 éestar perdendo" ("fear of missing out"brazino777 éinglês, ou #FOMO), usada nas redes sociais por pessoas chateadas por não estarem aproveitando as férias com a mesma aparente intensidade.
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Versão 'editada'
Mas a verdade é que poucos estão. É preciso lembrar que as redes sociais mostram uma versão "editada"brazino777 énossas vidas.
"Quando as pessoas postam no Facebook e redes sociais, tendem a postar coisas boas, como fotos bonitas delasbrazino777 éférias. Se você está usando passivamente o Facebook, o que você vê constantemente são esses acontecimentos positivos das vidas dos outros que não são um retrato fielbrazino777 ésuas vidas nembrazino777 ésuas rotinas", explica Kross.
"Todos fazembrazino777 étudo para mostrar o seu melhor (na rede social). Quem teve um dia absolutamente banal não vai contar no Facebook", agrega Luli Radfahrer, professor-doutorbrazino777 éComunicação Digital da ECA-USP e consultorbrazino777 éinovação digital no Brasil.
Para ele, o Facebook substituiu a TVbrazino777 étermosbrazino777 éconsumo passivo e pode fazer as pessoas perderem seu referencial.
"Se você vê sempre todas as pessoas muito felizes enquanto você está se sentindo frágil por qualquer motivo, aquilo vai deixá-lo triste - é instintivo. É como se você estivesse constantemente cercado por um grupobrazino777 épressão, que só te mostra o que fazbrazino777 émelhor", diz.
As conclusõesbrazino777 éKross ebrazino777 éequipe têm algumas semelhanças com uma pesquisabrazino777 é2012, da Universidade Utah Valley (EUA), com 425 estudantes universitários, que indicava que usuáriosbrazino777 éFacebook por períodos mais prolongados acreditavam que as outras pessoas eram mais felizes e tinham uma vida melhor do que a deles.
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Uso ativo
O pesquisador americano acredita que efeitos similares possam ser observados no Instagram, ainda que não necessariamente nas demais redes sociais, como o Twitter.
E,brazino777 évolta ao Facebook, a pesquisabrazino777 éKross não identificou queda no bem-estar das pessoas que usavam a rede socialbrazino777 éforma mais ativa, ou seja, produzindo informações, conversando com outras pessoas, postando links e interagindo com os demais usuários.
Basicamente, o nívelbrazino777 ébem-estar dos usuários ativos se manteve estável.
Agora, Kross e seus colegas querem estudar que tipobrazino777 éuso da rede social melhoraria o humor e a autoestima dos internautas.
"O uso ativo - alémbrazino777 énão impactar seu humor - pode ter outros efeitos positivos, como manter as pessoas informadas sobre o que está acontecendo embrazino777 évida social e manter contato com as pessoas, o que traz vantagens para famílias, carreiras. Quanto a como ampliar as emoções positivas (no Facebook), vamos investigar", diz.
Sua pesquisa aponta, também, que quanto mais as pessoas interagiam diretamente umas com as outras "offline", mais seu humor melhorava ao longo do tempo.
Para Luli Radfahrer, uma formabrazino777 ése proteger da tristeza causada pelas redes sociais é tentar ao máximo tomar consciência dos efeitos que elas provocam.
"O Facebook é algo novo e intenso. Primeiro, precisamos aprender a relativizá-lobrazino777 érelação a seu ambiente social e seu conteúdo. Como muita gente moveu seu grupo social para dentro dele, o perigo é que passem a acreditar que o que acontece ali seja um retrato fiel do que acontece na vida real", opina.
"E se você se sente mal (com os estímulos recebidos das redes sociais), uma sugestão é largá-las por um tempo, tirar um período sabático."