Na Argentina, proximidade entre Lula e candidato governista causa ‘surpresa’ na oposição:betano paga na hora
Lula também apareceu ao lado da presidente Cristina Kirchnerbetano paga na horaduas ocasiões – na primeira, na quarta-feira, com o presidenciávelbetano paga na horaum atobetano paga na horacampanha na periferiabetano paga na horaBuenos Aires e nesta quinta-feira ao ser recebido por ela na Casa Rosada, sede da Presidência argentina.
Cristina passará a faixa presidencial no dia 10betano paga na horadezembro e tem defendido publicamente a candidaturabetano paga na horaScioli.
Torcida
Também nesta quinta, Lula discursoubetano paga na horauma universidade, abetano paga na horaLa Matanza, com o candidato.
Dias antes da viagembetano paga na horatrês dias à capital argentina, que termina nesta sexta-feira, Lula dissebetano paga na horaentrevista ao jornal Página 12,betano paga na horaBuenos Aires, que "torce" para que Scioli seja o sucessorbetano paga na horaCristina.
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Scioli, da Frente para a Vitória, é governador da provínciabetano paga na horaBuenos Aires e seu principal concorrente na corrida presidencial é o prefeitobetano paga na horaBuenos Aires, Mauricio Macri, da aliança Cambiemos.
"Eu torço para que Cristina consiga que seja eleito o sucessor que ela quer ver na Presidência. E ainda mais quando o sucessor é Scioli. Eu torço para que Scioli ganhe as eleições", disse Lula, segundo o jornal.
Na entrevista, o brasileiro disse ainda que quer que o vencedor das urnas argentinas seja "alguém que queira manter uma boa relação com o Brasil, que veja o Brasil como sócio e não como adversário".
No ato na terça-feira, quando estava com Cristina e Scioli, na localidadebetano paga na horaJosé C. Paz, Lula participou da inauguraçãobetano paga na horauma Unidadebetano paga na horaPronto Atendimento (UPA), inspirada no modelo brasileiro e batizada com o seu nome.
E disse, diante dos políticos e dos populares na tarde chuvosa: "Eu espero, Cristina, que o projeto que começou a ser construídobetano paga na hora2003 com a eleição do (ex-presidente Néstor) Kirchner e com as tuas duas eleições, possa ser concluído elegendo outra vez o projeto que mudou a história da Argentina, que fez pela primeira vez a Argentina e o Brasil compreenderem que os dois países são inseparáveis e que um precisa do outro".
Surpresa
Em entrevista à BBC Brasil por telefone, o subsecretáriobetano paga na horaRelações Internacionais do governobetano paga na horaMacri, Fulvio Pompeo, disse estar "surpreso" com as declarações e a atitudebetano paga na horaapoio do ex-presidente a Scioli. Ele indicou surpresa porque "não tinha visto um apoio explícitobetano paga na horaum político brasileiro a um candidato argentino" quando "esse político é ligado ao governo atual do Brasil".
Entre políticos argentinos, o Brasil costuma ser lembrado por "não interferir" nas campanhas eleitoraisbetano paga na horaoutros países, afirmou Pompeo. "Nos causa profunda surpresa que um brasileiro, um ex-presidente do Brasil, que é o país que é nosso sócio estratégico, faça essas declarações."
Segundo ele, o Brasil "é fundamental para a Argentina", a qual estábetano paga na horacampanha para eleger a continuidade da gestão atual ou uma administração que "quer relançar a relação com o Brasil", "de forma mais transparente e resolvendo problemas como as barreiras comerciais e fortalecendo o Mercosul".
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"Nós pensamos a Argentina associada ao Brasil e ao Mercosul", acrescentou Pompeo. "Tentamos separar Lula do governo (Dilma), mas a verdade é que esse apoio não partiu do Aécio (Neves) oubetano paga na horaoutro opositor mas simbetano paga na horaalguém ligado ao governo", disse.
Procurados pela BBC Brasil, o governo brasileiro e o Itamaraty disseram que não se manifestariam sobre os questionamentos da oposição argentina ou a presença do ex-presidente na Argentina.
Corrupção
O economista Rogerio Frigelio, presidente do Banco Ciudad e aliadobetano paga na horaMacri, também fez críticas ao ex-presidente. "Não me surpreende que alguém como Lula, que apoia e compartilha o que Dilma está fazendo na economia brasileira, respalde Cristina e Scioli, que são da era do ajuste e da desvalorização. O próximo governo (argentino) deve ser do crescimento e do emprego", disse, segundo o site do jornal argentino El Cronista.
A presençabetano paga na horaLula foi temabetano paga na horacoluna no jornal La Nación, que também traçou um paralelo entre os dois países vizinhos, mas na área política. "Somar Lula (à campanhabetano paga na horaScioli) parece um blooper. Refletindo neste espelho, o oficialismo piora suas feições. Com o brasileiro ao lado se acentua um traço que deveria dissimular: a corrupção", escreveu, nesta quinta, o colunista Carlos Pagni, crítico ao kirchnerismo.
De acordo com o colunista, Lula teria tentado um encontro com Macri, que não será realizado. Segundo fontes ligadas ao candidato opositor, esse encontro chegou a ser estudado, mas teria sido cancelado "provavelmente após o apoio" do ex-presidente a Scioli.