Paes pede punição a empresa que usou trabalho escravo na Vila dos Atletas:bet 365 não carrega

Vila dos atletasbet 365 não carregajulhobet 365 não carrega2015 | Foto: Prefeitura do Rio

Crédito, Prefeitura do Rio

Legenda da foto, Odebrecht e Carvalho Hosken administravam obras onde foram encontrados 11 trabalhadoresbet 365 não carregacondição análoga à escravidão

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Questionado sobre o que a prefeitura poderia fazer para impedir que a exploraçãobet 365 não carregatrabalho escravo ocorra nas obras olímpicas, Paes disse que deve apoiar a intensificação das fiscalizações.

"Vamos apoiar todo esforçobet 365 não carregafiscalização possível. Seja do Ministério Público do Trabalho ou do Ministério do Trabalho e Emprego. Já fiscalizaram o Parque Olímpico diversas vezes, e eles têm que continuar fazendo isso. Vamos colaborar com eles, sempre", indicou.

Embora a operação do Ministério Público do Trabalho no Riobet 365 não carregaJaneiro (MPT-RJ) na Vila dos Atletas – obra tocada pelas empreiteiras Odebrecht e Carvalho Hosken por meio do Consórcio Ilha Pura – tenha ocorrido no fimbet 365 não carregajulho, a notícia só veio à tona na última sexta-feira.

O esquema, segundo o órgão, incluía o aliciamentobet 365 não carregatrabalhadoresbet 365 não carregaoutros Estados, com promessasbet 365 não carregaressarcimento das passagens, alojamento, salários e direitos trabalhistas, o que na prática não acontecia.

Após denúncias dos próprios trabalhadores, uma açãobet 365 não carregafiscalização do MPT-RJ verificou que um grupobet 365 não carrega11 deles não havia recebido o pagamentobet 365 não carregasuas passagens, nem as horas extras além da jornadabet 365 não carregaoito horas diárias.

Além disso, os salários estavam atrasados e as condiçõesbet 365 não carregaalojamento eram degradantes,bet 365 não carregapequenas quitinetes numa favela. Alguns relataram dormir do ladobet 365 não carregafora das casas, tamanha a sujeira.

"As condições eram terríveis. Dormiambet 365 não carregacolchões horríveis, desumanos. Havia ratos por todo lado, e baratas até dentro da geladeira. O quarto tinha um ralo aberto com cheirobet 365 não carregaesgoto. Eles estavam sendo tratados como animais mesmo", diz Guadalupe Turos Couto, procuradora do MPT-RJ que dará prosseguimento à investigação.

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Ações judiciais e inquérito

Segundo a procuradora, os trabalhadores resolveram procurar o Ministério Público quando alémbet 365 não carregatodas as violações trabalhistas a empresa Brasil Global Serviços, que contratava os operáriosbet 365 não carregaforma terceirizada, anunciou que não pagaria mais pelo alojamento.

"Levandobet 365 não carregaconta as condições degradantes do alojamento e que houve uma alteração unilateral do contrato, quando a empresa resolveu não mais pagar os aluguéis, estão presentes os elementos caracterizadores da existênciabet 365 não carregatrabalhadoresbet 365 não carregacondições análogas abet 365 não carregaescravo", diz Valéria Correa, procuradora que recebeu a denúncia inicialmente.

Eduardo Paes | Foto: BBC Brasil

Crédito, BBC Brasil

Legenda da foto, Paes diz não querer que episódio "danifique a imagem do Rio"

Com a ação do MPT-RJ, a Brasil Global Serviços teve que pagar R$ 70 milbet 365 não carregaverbas rescisórias, que incluíram férias, 13º salário e FGTS, alémbet 365 não carregaressarcir as passagensbet 365 não carregavinda para o Rio e custear asbet 365 não carregavolta para o Maranhão, Paraíba, Bahia e Espírito Santo,bet 365 não carregaonde os 11 trabalhadores saíram meses atrásbet 365 não carregabuscabet 365 não carregaemprego.

A Brasil Global Serviços fornece mãobet 365 não carregaobra para o Consórcio Ilha Pura, que constrói a Vila dos Atletas, onde competidores e comissões técnicas se hospedarão durante os Jogos. Formado pelas empreiteiras Odebrecht e Carvalho Hosken, o consórcio se pronunciou conjuntamente, mas o MPT-RJ diz que ainda não está claro se os trabalhadores atuavam para as duas empresas ou apenas para a Odebrecht.

"O próximo passo é prosseguir com o inquérito para apurar a cadeia produtiva. Vamos entrar com duas açõesbet 365 não carregadanos morais contra a Brasil Global Serviços e as empreiteiras podem vir a responder por responsabilidade solidária", disse a procuradora Guadalupe Turos Couto.

"É lamentável. Trata-sebet 365 não carregaum grande evento, com pessoas do mundo inteiro comprando ingressos, e explora-se o trabalhador deste jeito, visando a vantagem e o enriquecimento ilícito através da exploração da mãobet 365 não carregaobra. Os bastidores dessas obras mostram condições degradantes", complementa.

<link type="page"><caption> Leia mais: Brasil tem 155 mil pessoasbet 365 não carregasituaçãobet 365 não carregaescravidão, diz ONG</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2014/11/141117_escravidao_brasil_mundo_pai.shtml" platform="highweb"/></link>

Outro lado

Em resposta às revelações, o Comitê Rio 2016 disse à imprensa local que não tem qualquer participação na construção do empreendimento, que será alugado para hospedar os maisbet 365 não carrega17 mil atletas olímpicos e paraolímpicos no ano que vem, e que as responsabilidades trabalhistas são inteiramente do Consórcio Ilha Pura.

A Empresa Olímpica Municipal (EOM), responsável por grande parte das obras na cidade, ressaltou que a Vila dos Atletas é um empreendimento 100% privado.

Em nota enviada à BBC Brasil, as empreiteiras Odebrecht e Carvalho Hosken, que formam o Consórcio Ilha Pura, afirmou seguir procedimentos rigorososbet 365 não carregaquestões trabalhistas.

"A Ilha Pura ressalta que mantém procedimentos rigorososbet 365 não carregaquaisquerbet 365 não carregasuas relações trabalhistas, assegurando o atendimento às leis vigentes inclusive no que se refere às condiçõesbet 365 não carregatrabalhobet 365 não carregaprofissionais contratados por prestadorasbet 365 não carregaserviço que atuam no empreendimento", diz a nota, acrescentando que o consórcio colabora com as autoridades.

Em declarações à imprensa local, o advogado da Brasil Global Serviços, Rômulobet 365 não carregaOliveira Nascimento, rejeitou as acusações do MPT-RJ. De acordo com ele, não houve a busca por operáriosbet 365 não carregaoutros Estados e a empresa não seria responsável pela hospedagem dos trabalhadores.

"Houve um ato arbitrário do Ministério Público (do Trabalho). Vamos rebater todas as alegações. As provas foram descaracterizadas. E não é política da empresa trazer trabalhadoresbet 365 não carregaoutros Estados. Na ficha cadastral dos funcionários, há informaçõesbet 365 não carregaendereços do Riobet 365 não carregaJaneiro", disse.