Favoritos à Presidência na Argentina falamjogos de ioaproximação com Brasil:jogos de io
A menosjogos de io80 dias para o primeiro turno, no dia 25jogos de iooutubro, os dois candidatos à Casa Rosada planejam uma relação "mais fluida" com o Brasil, afirmaram assessores à BBC Brasil.
Durante a campanha, Scioli e Macri mostraram-se simpáticos à maior aproximação com o Brasil. No entanto, Scioli foi mais explícito ao aparecer abraçando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva emjogos de iocampanha televisiva, com o narrador dizendo: "Ele (Scioli) pode conseguir entendimentos fora e dentro do país".
Mais diálogo
Negociadores brasileiros reclamam nos bastidores da carênciajogos de ioum diálogo "mais intenso" entre os países,jogos de io"medidas unilaterais" do governo argentino – como barreiras comerciais – e da "faltajogos de iocontinuidade"jogos de iodecisões tomadas por ministros e que não são levadas adiante no nível técnico.
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Segundo analistas, a eleição presidencial deverá se polarizar entre Scioli, que é governador da provínciajogos de ioBuenos Aires e um aliado fiel do kirchnerismo, e Macri, prefeitojogos de ioBuenos Aires e um dos principais opositoresjogos de ioCristina.
Scioli foi vice-presidente no governo Néstor Kirchner (2003-2007) e governa desde 2007 a maior província do país. Neste período, alternou momentosjogos de ioaproximação e distanciamento do casal Kirchner. Macri é filhojogos de ioum dos empresários mais ricos da Argentina, presidiu o Boca Juniors, o clubejogos de iofutebol mais popular do país,jogos de io1995 a 2003.
Assessoresjogos de ioScioli dizem que ele pretende "intensificar" a relação com o Brasil. Mas afirmam que mudançasjogos de iopontos sensíveis, como as barreiras comerciais, seriam "gradativas".
"Existe total disposição para o diálogo permanente e para a maior aproximaçãojogos de iotodas as áreas com o Brasil. Mas há uma questãojogos de ioassimetrias (entre as duas economias)", disse um assessorjogos de ioScioli.
Mauricio Macri vê o Brasil como uma "prioridade estratégica",jogos de ioacordo com assessores.
Em meio ao freio econômico nas duas economias, a relação comercial bilateral registra maisjogos de io20 meses consecutivosjogos de ioqueda, o que torna o desafiojogos de ioaproximar os dois países ainda maior.
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Idioma e inspiração
Na definiçãojogos de ioumjogos de ioseus assessores, Scioli é um político que "não adere ao conflito". Tal estilo "paciente e ambicioso" costuma ser temajogos de ioanalistas, empresários ejogos de ioconversas entre políticos, sejajogos de iotomjogos de ioelogio ou crítica.
Scioli teria até dito a interlocutores que quer aprender português "para ser o primeiro presidente da Argentina a falar o idioma".
Ele esteve recentementejogos de ioSão Paulo com o ex-presidente Lula, com quem conversou sobre política, e planeja ser recebido pela presidente Dilma Rousseff,jogos de ioBrasília.
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Ex-campeãojogos de iocorridasjogos de iolanchasjogos de ioalta velocidade, Scioli perdeu um braçojogos de ioum acidentejogos de io1989. Casado com uma ex-modelo, ele entrou para a política com apoio do ex-presidente Carlos Menem (1989-1999).
O pré-candidato citou o Brasil também emjogos de iocampanha no rádio. Disse, por exemplo, que o modelo da UPA (Unidadejogos de ioPronto Atendimento) o inspirou a lançar um sistema semelhantejogos de ioBuenos Aires.
Cristina escolheu Scioli antes das primáriasjogos de ioagosto porque o governador contava com mais apoio popular do que outros possíveis adversários, na avaliação da analista política Mariel Fornoni, da consultoria Management&FIT (MyF).
Fornoni e o analista político Rosendo Fraga, do Centrojogos de ioEstudos Nova Mayoría, acham que as primárias mostram que a sucessãojogos de ioCristina Kirchner ainda está embolada, com eleitorado dividido. "Ainda não existe uma tendência eleitoral definida (para a eleição nacional)", disse Fraga.
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'Prioridade'
No campojogos de ioMauricio Macri, o discurso também é sobre priorizar o Brasil numa eventual gestão.
"O Brasil é uma prioridade estratégica que vai muito além do comércio", disse à BBC Brasil o subsecretáriojogos de ioRelações Internacionais e Institucionais do governo da capital argentina, Fulvio Pompeo.
Ele afirma que Macri, caso seja eleito, buscará "esclarecer" mecanismos aplicados hoje e que emperram a relação bilateral, como barreiras comerciais.
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"Queremos outra maneirajogos de ionos relacionarmos com o Brasil e evitar mais danos à relação bilateral", disse Pompeo.
Macri, críticojogos de ioCristina, defende que a Argentina esteja com o Brasil "nas discussões internacionais" e "siga no Mercosul", diz o assessor.
"Queremos resolver estes problemas (como barreiras comerciais). E queremos seguir no Mercosul e com o Brasil, mas trabalhando para que as coisas não fiquem estancadas como agora."
No entanto, o jornal Valor Econômico informou, na semana passada, que a equipejogos de ioMacri fez chegar ao governo brasileiro “mudanças radicais que ele pretende propor nas regras do Mercosul, caso vença as eleições.
O maior giro, segundo a reportagem, seria a ideiajogos de ioliberar os sócios do bloco para negociaçãojogos de ioacordos comerciais bilaterais, diretamente com outros países ou regiões, como a União Europeia, por exemplo.
Quedajogos de iobarreiras
Hoje a Argentina, presidida por Cristina, é criticada nos bastidores dos governos do Brasil, do Uruguai e do Paraguai por “dificultar”, afirmam negociadores, a aceleração das negociações do acordo com a União Europeia.
No caso das barreiras comerciais criticadas pelo Brasil, o trabalho poderá ficar mais fáciljogos de ioantemão.
Neste ano, a OMC (Organização Mundial do Comércio) atendeu a um pedido da União Europeia, dos Estados Unidos e do Japão e determinou que a Argentina "desative" as barreiras comerciais, chamadasjogos de ioDJAIs (Declarações Juradas Antecipadasjogos de ioImportação).
A medida, segundo afirmou o economista argentino Marcelo Elizondo, da consultoria DNI, afetará também a relação comercial da Argentina com o Brasil.
"O fim da DJAI permitirá que o comércio entre o Brasil e a Argentina tenha maior fluidez. É, sim, o fim desta barreira também para o Brasil", disse.
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Na opinião do analista econômico Dante Sica, da consultoria Abeceb,jogos de ioBuenos Aires, Brasil e Argentina vivem hoje o "maior distanciamento desde a fundação do Mercosul (em 1991)". Najogos de iovisão, "falta química entre as presidentes Dilma e Cristina", o que dificulta a "fluidez do diálogo".
Para um influente negociador brasileiro, o diálogo permitiu a recente renovação do acordo automotivo – o setor representa maisjogos de io50% do comércio bilateral.
"Mas faltam instituições e o compromisso para que acordos sejam levados adiante."
Além disso, dizem analistas, ambos países “estão muito voltados para seus próprios problemas internos” e “sem muito tempo para resolver as questões bilaterais”.