Moratóriab1 bet siteexecuções cria angústia e superlotaçãob1 bet sitecorredor da morte na Califórnia:b1 bet site
Neste ano, 2006, um juiz determinou que o métodob1 bet siteinjeção letal utilizado no Estado violava os direitos constitucionais dos condenados, devido ao sofrimento que poderia causar.
Desde então as autoridades não entraramb1 bet siteacordo para escolher um novo método e permitir a retomada das execuções.
<link type="page"><caption> Leia mais: Brasileirob1 bet sitecorredor da morte na Indonésia vê execução como 'mentira', dizem parentes</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/03/150311_brasileiro_indonesia_condenado_perfil_fd.shtml" platform="highweb"/></link>
Em 2014, outro magistrado decretou que a própria penab1 bet sitemorte, tal como era aplicada na Califórnia, seria "inconstitucional" devido ao "atraso imprevisível" das execuções por causa do complicado sistemab1 bet siteapelações das sentenças.
Mais celas
A suspensãob1 bet sitequase uma década das execuções na prisãob1 bet siteSan Quentin - que abriga os maisb1 bet site700 homens condenados à morte na Califórnia (20 mulheres aguardam a execuçãob1 bet siteoutro local) - contribuiu para o aperto nas instalações do corredor da morte.
Por isso, há algumas semanas, o governador do Estado, Jerry Brown, pediu a liberaçãob1 bet siteuma verbab1 bet siteUS$ 3 milhões para construir outras cem celas para acomodar os condenados.
A Califórnia é o Estado com mais condenados à morteb1 bet sitetodos os Estados Unidos. Mas,b1 bet site1976 - quando a Suprema Corte dos EUA reinstaurou as execuções no país - até 2006, foram executados "apenas" 13 presos.
Em comparação, cercab1 bet siteuma centenab1 bet sitepresos no corredor da morte morreram devido a causas naturais ou suicídio.
Segundo a mulherb1 bet siteJarvis Masters, a incerteza do sistema atual tem um impacto "enorme" nas famílias dos condenados.
<link type="page"><caption> Leia mais: ‘Estou vivendo um minuto por vez’, diz inocentado após 30 anos no corredor da morte</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/04/150407_inocentado_racismo_eua_rm.shtml" platform="highweb"/></link>
"É um castigo desmedido. Acredito que é parecida com a situação que experimentam aqueles que tem um ente querido que sofreb1 bet sitealguma doença terminal. Sabem que vai morrer, mas não sabem quando. Estãob1 bet siteum leitob1 bet sitemorte há décadas", disse.
"A vida para. É uma situação extrema. Toda semana ouvimos informações diferentes: que sim, vão retomar as execuções, que querem acabar com a penab1 bet sitemorte, que vão construir mais celas... É uma montanha-russab1 bet siteemoções."
A esposab1 bet siteMaster afirma que a situação também é muito difícil para os detentos.
"É um inferno. Alguns tentam o suicídio. Outros estão doentes. Muitos perderam a esperança", afirmou
Frustração
Nos últimos anos, as famíliasb1 bet sitevítimas dos crimes cometidos pelos condenados à morte também demonstraram publicamenteb1 bet sitefrustração pela forma com que a pena capital é administrada na Califórnia.
Os que são a favor das execuções acreditam que esta grande espera que enfrentam não permite curar as feridas causadas pela perda violentab1 bet siteum ente querido e os impedeb1 bet sitepoder seguir adiante com a própria vida.
Outros familiaresb1 bet sitevítimas, contra a penab1 bet sitemorte, reconhecem também o "sofrimento desnecessário" que enfrentam os réus e suas famílias.
Este é o casob1 bet siteAba Gayle, cuja filha morreu assassinadab1 bet site1980 e que há anos faz campanha pelo fim da penab1 bet sitemorte nos Estados Unidos.
"Quando minha filha morreu, tentaram me convencer que quando executassem o culpado, tudo melhoraria e ninguém me deu uma alternativa para curar minhas feridas", explicou a americanab1 bet siteentrevista à BBC Mundo.
Gayle deixoub1 bet siteser partidária da penab1 bet sitemorte depoisb1 bet siteanosb1 bet site"angústia e sofrimento". Ela se encontrou várias vezes com o assassinob1 bet sitesua filha, que está no corredor da morteb1 bet siteSan Quentin.
<link type="page"><caption> Leia mais: Anistia: Execuções caem, mas condenações à morte crescem no mundo</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/03/150331_relatorio_anistia_pena_morte_pai.shtml" platform="highweb"/></link>
"Há muitos familiares das vítimasb1 bet sitecrimes que não querem a penab1 bet sitemorte, entre outras coisas, pela quantidadeb1 bet sitedinheiro que se gasta para julgar e prender os criminosos."
"Além disso, os condenados são tratados como se não fossem seres humanos e isso me parece terrível. (...) Conheci muitas pessoas que têm familiares no corredor da morte e isso fez com que eu percebesse que eles também são vítimasb1 bet sitenosso sistema penal", disse Gayle, que colabora com a organização Death Penalty Focus, que luta para a acabar com a penab1 bet sitemorte nos EUA.
Preconceito
Matt Cherry, diretor-executivo da organização, garante que o limbob1 bet siteque se encontram as execuções na Califórnia "causa um enorme sofrimento para os condenados e suas famílias".
"Os condenados vivemb1 bet sitecondições terríveisb1 bet siteisolamento, passando 23 horas por diab1 bet sitesuas celas, sem que seja permitido que eles trabalhem", disse.
"Os familiares precisam também enfrentar o preconceitob1 bet siteter um ente querido no corredor da morte, a incertezab1 bet sitenão saber quando eles serão executados, se (a execução) chegar a acontecer", acrescentou.
Em 2012, os eleitores do Estado rejeitaram, por uma pequena margem (52% contra 48%) a abolição da penab1 bet sitemorte. Mas Matt Cherry acredita queb1 bet sitebreve pode haver um novo referendo sobre este tema.
No meiob1 bet sitetoda esta indefinição, o Departamentob1 bet sitePrisões da Califórnia (CDCR, na siglab1 bet siteinglês) afirma que a eles cabe apenas fazer cumprir as condenações decretadas pelos tribunais do Estado e que não podem analisar as condições dos presos eb1 bet sitesuas famílias.
<link type="page"><caption> Leia mais: 'Todo dia acordava e pensava: vou morrerb1 bet sitepoucos dias'</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/01/150121_entrevista_ex_condenado_fn.shtml" platform="highweb"/></link>
"Por lei, os homens condenados à morte devem ser abrigadosb1 bet siteSan Quentin. O corredor da morte está preparado para abrigar 690 presos, mas há 734 réus sentenciados à pena capital, então as instalações estão acimab1 bet sitesua capacidade", disse à BBC Mundo Terry Thornton, porta-voz do CDCR.
"O númerob1 bet sitecondenados à morte aumenta a cada ano (cercab1 bet site13 anualmente), por isso, a ampliação do númerob1 bet sitecelas disponíveis é a solução mais adequada", acrescentou Thornton.