Como a China está redefinindo a arquitetura financeira global:bet na veia
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Qual o futuro?
As ações chinesas levaram muitos a questionar na reuniãobet na veiaprimavera do Banco Mundial e do FMI o que ocorrerá com essas organizações e outros bancos multilaterais quando as novas instituições amparadas por Pequim começarem a operar.
Em público, tanto o Banco Mundial, quanto o FMI deram as boas vindas às iniciativas chinesas. Mas os gestosbet na veiaPequim também reforçaram os apelos por reformas nessas instituições, para que se tornem menos burocráticas e cedam mais espaço para nações emergentesbet na veiaseus círculosbet na veiadecisão.
"É uma ótima notícia que um país como a China, sentadabet na veiamaisbet na veiaUS$ 4 trilhões (R$ 12,1 trilhões)bet na veiareservas, ponha esses recursos a serviço do financiamentobet na veiainfraestrutura e desenvolvimentobet na veiavezbet na veiainvestirbet na veiafundosbet na veiapaíses ricos", diz à BBC Brasil Luis Alberto Moreno, presidente do Banco Interamericanobet na veiaDesenvolvimento (BID), outra organização multilateral sediadabet na veiaWashington.
Moreno afirma, porém, que a entrada da China nessa arena "força uma conversa sobre como nossas instituições, que têm muita experiência, podem ser mais ágeis e eficientes, e como podemos corrigir nossos processos".
Nos últimos anos, muitos países emergentes têm deixadobet na veiaprocurar bancos multilaterais para financiar obrasbet na veiainfraestrutura por causa das rígidas regras dessas organizações ebet na veiasua aversão a riscos.
Paralelamente, bancos estatais da China passaram a conceder empréstimos bilionários a operações chinesas no exterior. A estratégia é mais visível na África, onde chineses têm financiado e realizado uma sériebet na veiaobras - entre as quais estradas, ferrovias e conjuntos habitacionais -bet na veiatrocabet na veiamatérias-primas.
Para os governos africanos, a parceria com os chineses se mostrou uma alternativa às lentas e complexas negociações com bancos multilaterais e países desenvolvidos, que costumam fazer uma sériebet na veiaexigências para liberar seus recursos.
Já críticos ao modelo chinês dizem que os empréstimosbet na veiaPequim são mais sujeitos a desvios e ignoram boas práticas trabalhistas e ambientais.
<link type="page"><caption> Leia mais: Em reunião nos EUA, Brics aceleram criaçãobet na veiabanco</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/04/150416_brics_eua_banco_jf_rm" platform="highweb"/></link>
'Dos bilhões aos trilhões'
Sob a presidência do coreano-americano Jim Yong Kim, o Banco Mundial parece disposto a ampliar seu quinhão no financiamentobet na veiagrandes obras mundo afora. A organização aprovoubet na veia2014 um financiamento para que a República Democrática do Congo conduza os estudos para erguer oito hidrelétricas no país.
Estima-se que a obra custará ao menos US$ 50 bilhões (R$ 152 bilhões), o que a tornaria um dos maiores projetos já financiados pelo Banco Mundial.
Aumentar o volume dos empréstimos é um dos maiores desafios da instituição. O Banco Mundial calcula quebet na veia2014 os financiamentos do órgão ebet na veiaoutras agências multilaterais somaram US$ 135 bilhões, enquanto todas as formasbet na veiainvestimentos entre países - como as que a China realiza na África - atingiram US$ 1 trilhão.
O presidente do banco tem dito que é preciso passar "dos bilhões aos trilhões", e para isso defende que as organizações multilaterais se aproximembet na veiabancos privados.
Reforma atrasada
O avanço chinês também tem reforçado as cobranças para que o FMI conclua a reforma do seu sistemabet na veiacotas para dar mais poder a Pequim e outras potências emergentes.
O processo se inicioubet na veia2010, mas para ser postobet na veiaprática ainda precisa ser ratificado pelo Congresso dos Estados Unidos, maior acionista do fundo e onde muitos legisladores temem que a reforma enfraqueça Washington perante os rivais russos e chineses.
Em entrevista durante o encontrobet na veiaWashington, a diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, cobrou os legisladores americanos a acelerar a aprovação para que "a instituição possa continuar a representar a comunidade inteira à medida que ela evolui".
O Brasil é um dos principais interessados na reforma. Em discurso à plenária do FMI no sábado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a demorabet na veiaconcluir o processo não só frustra os membros do fundo, como ameaçabet na veiaa capacidadebet na veiaoperar.
<link type="page"><caption> Leia mais: Brasil tem terceiro pior crescimento econômico do G20bet na veia2014</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/03/150326_pib_brasil_comparacao_fd" platform="highweb"/></link>
Apagando o fogo
O surgimento do BAII, o novo banco chinêsbet na veiadesenvolvimento, foi um dos principais temas discutidos nos corredores do evento da última semanabet na veiaWashington.
Os Estados Unidos tentaram até a última hora enfraquecer a adesãobet na veiaoutros países ao banco, levantando dúvidas sobre a disposição chinesabet na veiaseguir padrões internacionais sobre a concessãobet na veiacrédito.
Mesmo assim, até mesmo aliados próximos dos americanos - como Grã Bretanha, Coreia do Sul e Alemanha - decidiram integrar a organização, que deverá começar a operar até o fim deste ano.
Em Washington, o ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, tratoubet na veiaacalmar os ânimos americanos.
Em evento no Atlantic Council, ele afirmou que o BAII não substituirá o Banco Mundial, mas sim o complementará.
Ele disse ainda que a China está empenhadabet na veiafortalecer o FMI e o Banco Mundial, mas que os órgãos precisambet na veiareformas para melhor assistir paísesbet na veiadesenvolvimento.
Entre os bancos multilateraisbet na veiaWashington, o discurso também é conciliatório. Os líderes do BID, do FMI e do Banco Mundial já disseram querer cooperar com as novas instituições chinesas.
O governo chinês também deverá buscar a aproximação. Observadores avaliam que Pequim está interessada na vasta expertise dessas instituições, o que tornaria a relação vantajosa para os dois lados.