Polícia usa violênciapixbet promoçãoprotesto e fere ao menos 10 jornalistas no Rio :pixbet promoção

Polícia reprime protesto no Rio | Crédito: AP

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Legenda da foto, Polícia usa violência para reprimir protesto no Riopixbet promoçãoJaneiro
  • Author, Jefferson Puff e Luís Kawaguti
  • Role, Da BBC Brasil no Riopixbet promoçãoJaneiro

pixbet promoção Ao menos dez jornalistas ficaram feridos por estilhaçospixbet promoçãobombaspixbet promoçãogás lacrimogênio e golpespixbet promoçãocassetete durante uma manifestação no Riopixbet promoçãoJaneiro marcada para coincidir com a final da Copa do Mundo. O protesto, que reuniu cercapixbet promoção300 pessoas neste domingo na Zona Norte da cidade, foi duramente reprimido pela Polícia Militar.

Criticada por entidades, a operação da PM contou ainda com tropaspixbet promoçãochoque e cavalaria.

A estratégia dos policiais, conhecida no exterior como "kettling", foi apixbet promoçãocercar totalmente os manifestantes e impedir que saíssem da Praça Saens Peña, na Tijuca, a menospixbet promoçãodois quilômetros do estádio do Maracanã, para onde queriam marchar.

Desde o início dos jogos da Copa do Mundo, autoridades estaduais têm autorizado o usopixbet promoçãoviolência para evitar que manifestantes se aproximassempixbet promoçãoestádios ou instalações da Fifa.

A Polícia Militar afirmou à BBC Brasil que encaminhará à Corregedoria denúnciaspixbet promoçãoabusospixbet promoçãopoliciais.

"Foi necessário usar bombaspixbet promoçãogás também para dispersar, inclusive alguns manifestantes que arrombaram as portas do Metrô", afirmou a instituiçãopixbet promoçãonota.

Questionado sobre o objetivo da operação, o coronel Cristiano Luiz Gaspar, comandante do Regimentopixbet promoçãoPolícia Montada, disse ainda no local da manifestação que a operação "servia para garantir a segurança das próprias pessoas".

Para André Mendes, advogado ativista que acompanhava o protesto ao ladopixbet promoçãoenviados da OAB do Estado do Riopixbet promoçãoJaneiro, no entanto, a interpretação do que ocorreu na praça é outra.

"Traçaram um perímetro urbano e fizeram cárcere privado. Quando alguém tenta sair, eles (policiais militares) forçam a situação e há confronto. E se a pessoa insiste, levam para a delegacia e detêm alegando desacato ou desobediência. É totalmente inconstitucional, estão violando muitos direitospixbet promoçãouma vez só", diz.

Jornalistas e violência

Polícia reprime protesto no Rio | Crédito: AFP

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Legenda da foto, Reportagem da BBC Brasil testemunhou cenaspixbet promoçãoviolência da polícia contra ativistas e jornalistas

A BBC Brasil e o restante da imprensa nacional e internacional presentes à manifestação testemunharam cenaspixbet promoçãoviolência contra ativistas e jornalistas.

Mauro Pimentel, fotógrafo do sitepixbet promoçãonotícias Terra, teve a lente da câmera quebrada e levou um soco no rosto. "Eu estavapixbet promoçãomáscarapixbet promoçãogás, que foi quebrada com o soco. Foi isso que me salvou, senão teria ficado muito mais ferido", disse.

"Na confusão das bombaspixbet promoçãogás eu caí e a tropapixbet promoçãochoque começou a passar por cimapixbet promoçãomim. Aí veio um policial e se abaixou; eu achei que ele ia me ajudar mas ele abriu a minha máscarapixbet promoçãogás e jogou spraypixbet promoçãopimenta no meu olho", disse Ana Carolina Fernandes, freelancerpixbet promoçãoagênciaspixbet promoçãonotícias.

Outros nove jornalistas foram alvos da polícia, que num dado momento focoupixbet promoçãoprofissionais com câmeras.

Entre eles o documentarista canadense Jason O'Hara, que teria sido hospitalizado após ser agredido por policiais. "Showpixbet promoçãohorror nas ruas do Rio. Amigo e cineasta Jason O'Hara brutalizado pela polícia, levou chutes na cabeça", disse empixbet promoçãoconta no Twitter o geógrafo americano Christopher Gaffney, professor-visitante da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Confrontos

Os confrontos entre policiais e manifestantes começaram quando os participantes do protesto tentaram passar à força pelas barreiras policiais que cercavam a praça.

A BBC Brasil ouviu os policiais gritando "360, 360!" e logo depois disso foi possível ouvir explosõespixbet promoçãobombaspixbet promoçãoefeito moral. Epixbet promoçãofato, nas horas que se seguiram, os 360 grauspixbet promoçãotorno do local ficaram totalmente isolados, e nem mesmo moradores ou jornalistas puderam entrar ou sair dali.

Protesto no Rio | Crédito: AFP

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Legenda da foto, Manifestação reuniu cercapixbet promoção500 pessoas na Tijuca, zona norte do Rio.

O protesto seguiu a estratégia que vinha sendo adotada por autoridades estaduais desde o início dos jogos do mundial –pixbet promoçãoimpedir com violência o acessopixbet promoçãomanifestantes a estádios e instalações da Fifa

Para afastar os policiais das barreiras, as forçaspixbet promoçãosegurança então lançaram bombaspixbet promoçãogás lacrimogênio e fumaça, grandes quantidadespixbet promoçãogás pimenta e alguns disparospixbet promoçãobalaspixbet promoçãoborracha.

Estavam presentes centenaspixbet promoçãopoliciaispixbet promoçãochoque e forças especiais da PM. Nas proximidades da praça, policiais da Força Nacional formavam uma segunda linhapixbet promoçãocontenção para impedir a passagempixbet promoçãomanifestantes.

Como os confrontos não cessaram, os policiais passaram a usar cassetetespixbet promoçãolarga escala e determinaram até uma cargapixbet promoçãocavalaria contra os manifestantes. Diversos participantes foram detidos.

No final do protesto, a polícia, que vinha permitindo aos manifestantes deixar o local apenas individualmente (nuncapixbet promoçãograndes grupos), decidiu isolar a praça completamente, impedindo a entrada ou saída atépixbet promoçãoprofissionaispixbet promoçãoimprensa e socorristas.

Ana Carolina Fernandes | Crédito: BBC Brasil

Crédito, BBC Brasil

Legenda da foto, Fotógrafa Ana Carolina Fernandes ficou ferida durante ação da PM para reprimir protesto no Rio

Os ânimos começaram a se acalmar apenas no início da noite, depois que boa parte dos manifestantes resolveu sair da praça, desistindo do protesto.

Porém os manifestantes voltaram a se concentrar dessa vezpixbet promoçãoCopacabana, onde fizeram novo atopixbet promoçãofrente ao hotel onde se hospedam autoridades da Fifa. A polícia foi ao local e mais pessoas foram detidas.

Segundo um balanço da PM, seis pessoas foram detidas durante todo o protesto. A corporação disse que o objetivo da operação era "garantir a segurançapixbet promoçãoquem quer ir e vir pela cidade, inclusive à final da Copa do Mundo".

"Também tem como meta garantir o direito à manifestação, sem contudo permitir excesso como vandalismo, violência e desacato".

Prisões

Um dia antes do protesto, a polícia civil deteve 37 pessoas –pixbet promoçãouma ação considerada por ativistas como uma tentativapixbet promoçãodificultar a realização do ato do domingo.

Segundo a Polícia Civil, dos 37 detidos inicialmente, 16 foram liberados após prestar depoimento.