Protestos e passadojogos de caça nickglórias aumentam pressão sobre Seleção:jogos de caça nick
No início da semana passada, a seleção se apresentoujogos de caça nickmeio a um climajogos de caça nicktumulto e protestos no Riojogos de caça nickJaneiro. Ao contráriojogos de caça nickCopas anteriores, quando os jogadores eram recepcionados por torcedores eufóricos, o que se viajogos de caça nickfrente ao aeroporto internacional do Galeão eram faixas pedindo mais investimentosjogos de caça nickserviços públicos.
As cobranças sobre a equipe pentacampeã – dentro e fora dos estádios – é o principal tema do programajogos de caça nickrádio <italic>The Burden of Beauty</italic> (O Fardo da Beleza,jogos de caça nicktradução livre), cuja primeira parte foi ar na quarta-feira no <link type="page"><caption> Serviço Mundial da BBC</caption><url href="http://www.bbc.co.uk/programmes/p01zwmrk" platform="highweb"/></link>.
Duas Copas
Para o jornalista Juca Kfouri, que recebeu a equipe do programajogos de caça nickcasa,jogos de caça nickSão Paulo, o Brasil terá duas Copas do Mundo.
"Uma dentro dos estádios e que será uma grande festa. E a Copa das ruas, que será tensa. O governo deverá estar mais preparado para controlar as manifestações do que há um ano, quando foi pegojogos de caça nicksurpresa. Mas,jogos de caça nickqualquer jeito, vai ter protesto", avalia.
Ainda para Kfouri, as manifestações populares revelam uma mudança no comportamento do brasileiro, tradicionalmente mais apegado ao futebol do que à política.
"Brasileiros reclamam muito mais sobre seus times do que sobre seus políticos. E esta foi a grande revelação da Copa das Confederações, quando os manifestantes tomaram as ruas. Os protestos simbolizam um despertarjogos de caça nickconsciência que estava enterrado por causa dos anosjogos de caça nickditadura", afirma.
Mas a até que ponto o clima tenso das ruas pode aumentar ainda mais a cobrança sobre os jogadores e afetar seu desempenho dentrojogos de caça nickcampo?
Para Tim Vickery, especialista da BBCjogos de caça nickfutebol da América do Sul, a resposta pode estar no que aconteceu durante a Copa das Confederações, quando temia-se que os torcedores ficariam contra o time.
"Ao contrário, o que vimos foi um laço muito forte entre jogadores e torcedores. Aquele momento (na final contra a Espanha) quando os torcedores continuaram cantando o hino à capela e os jogadores acompanharam até o final foi muito forte", relembra.
"A equipe quase se tornou representante não apenas dos fãs, mas também dos protestos. Vai ser muito interessante observar se isso acontece novamente na Copa do Mundo", diz.
'Ficamos mais fortes'
O zagueiro da seleção David Luiz define aqueles dias como um momento que aproximou o jogadores do povo.
"Ficamos mais fortes", disse ele à BBC.
O jogador descarta que os protestos contra a Copa vão afetar a preparação psicológica da Seleção e faz elogios à forma como o técnico Luiz Felipe Scolari trabalha o emocional dos jogadores.
"Ele é muito transparente, sabe como falar com a gente e cria um clima bom na equipe, o melhor que eu já vivi como jogador", diz Luiz.
"Mas é claro que tem pressão, mas é uma pressão boa, aquela que faz a gente se sentir vivo."
Para Kfouri, Felipão é um "líder-psicólogo" com habilidades que ajudam o time a lidar com cobrançasjogos de caça nicktodos os lados. Exemplo disso, diz ele, é o apelido do time: "Família Scolari".
"Ele faz os jogadores morrerem por elejogos de caça nickuma partida. E, para isso, é capazjogos de caça nicksacrificar talentos, como fez com Romáriojogos de caça nick2002, porque ele não seguia isso. Romário era o diferente, e Scolari não queria alguém diferente. Queria um grupo homogêneo capazjogos de caça nickmorrer por ele".
Scolari, que conta com o aconselhamento da psicóloga esportiva Regina Brandão desde a Copajogos de caça nick2002, promove palestrasjogos de caça nickmotivação para os jogadores.
Oscar, camisa 11 da seleção e meia do Chelsea, contou à BBC que, durante as Confederações, o técnico trouxe ex-jogadores e ex-técnicos - entre os quais Evaristojogos de caça nickMacedo e Ricardo Rocha - para conversar com a Seleção.
"Eles nos diziam que a gente não era alvo dos protestos e que a paixão pelo futebol unia todos para torcer pela Seleção", relembra.
Fardo da beleza
Para o antropólogo e escritor Roberto DaMatta, o "fardo sobre os jogadores é incrível" porque eles carregam o Brasil nas costas, com todas suas esperanças e expectativas.
"O futebol se tornou um símbolo dos conflitos cotidianos que os brasileiros enfrentam na vida. O campojogos de caça nickfutebol é um palcojogos de caça nickmuitos dramas", compara DaMatta.
Segundo ele, o futebol é o esporte que mais une a nação, porque, apesarjogos de caça nickter sido "roubado" dos ingleses, os brasileiros são os "mestres" do esporte.
E essa sensaçãojogos de caça nickestar no topo faz os brasileiros se sentirem como parte do "Primeiro Mundo", algo que eleva a autoestima do povo.
O jornalista e historiador Celso Unzelte concorda. Para ele, o futebol simboliza a única atividadejogos de caça nickque os brasileiros realmente se sentem capazesjogos de caça nickvencer.
E mais do que isso:jogos de caça nickvencer dando um espetáculojogos de caça nickcampo.
"Somos cobrados por isso como nenhum outro país", afirma Unzelte, enquanto guia a equipejogos de caça nickreportagemjogos de caça nickuma visita ao Museu do Futebol,jogos de caça nickSão Paulo.
Mas, para ele, o futebol atual oferece cada vez menos espaço para o jogo bonito, o que aumenta ainda mais a cobrança sobre a Seleção atual.
"A pressão é enorme, mas é a pressão sobre o único país do mundo que ganhou jogando futebol-arte várias vezes", diz.
"É o fardo da beleza,jogos de caça nickter tido jogadores como Pelé, Seleções como asjogos de caça nick58 e 70 ejogos de caça nickquase ter atingido a perfeição. Agora, sentimos a obrigaçãojogos de caça nickbuscá-la indefinidamente."