Novas evidências provarão que o Catar comproupokerameleição para a Copa?:pokeram

Mohammed Bin Hammam (AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Bin Hammam, do Catar, estaria por tráspokeramcompra da eleição do país para a Copa, diz jornal inglês

A primeira reportagem publicada pelo jornal trouxe fortes evidências que sugerem que o diretorpokeraminvestigação da Fifa, o advogado americano Michael Garcia, terápokeramincluir a vitória do Catar na longa listapokeramsuspeitaspokeramtorno da escolha do país pela entidade.

Suborno a autoridades

No centro destas alegações, está o ex-vice-presidente da Fifa Mohamed Bid Hammam, um catari que já foi um dos homem mais poderosos do futebol mundial.

Ele foi expulso da Fifa depoispokeramter sido flagrado,pokeramjunhopokeram2011, seis meses após a escolha do Catar, oferecendo suborno a autoridades da entidade para conseguir apoio para tirar Joseph Blatter da presidência da Fifa.

O Sunday Times diz ter descoberto uma campanha secreta liderada por Bin Hammam para garantir o apoio à eleição do Catar para a Copapokeram2022.

Usando uma construtora como empresapokeramfechada, ele teria pago propinaspokeram5 milhõespokeramdólares para membros da Fifa na África, Austrália-Ásia e Caribe.

Bin Hammam sempre disse que não havia feito campanha por seu país. Como presidente da entidade para a Ásia, ele tinha que manter-se neutro, porque Japão, Coreia do Sul e Austrália também estavam na disputa.

Até o momento, ele não retornou os pedidospokeramentrevista feitos pela BBC. Mas seu filho, Hamad Al Abdulla, entroupokeramcontato com o Sunday Times para dizer que seu pai epokeramfamília não responderiam às acusações feitas pelo jornal.

A organização da Copa do Mundo no Catar também afirmou que Bin Hammam não fazia partepokeramsua equipe durante a campanha.

Ainda assim, muitos emails e registrospokeramtransferências bancárias obtidos pelo jornal britânico - alguns deles lidos por mim - parecem mostrar que Bin Hammam não só fez campanha ativamentepokeramnome do Catar como pagou subornos para obter a vitória.

Planopokeramlongo prazo

Eleição do Catar (AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Desdepokerameleição como sede da Copapokeram2022, o Catar vem enfrentando críticas

Uma das questões levantadas pelas novas provas é se estes supostos pagamentos, caso sejam comprovados, poderiam ser partepokeramum planopokeramlongo prazopokeramBin Hammam para chegar à presidência da Fifa.

No entanto, muitos dos emails enviados por delegados da Fifa na África, indicam que Bin Hammam tentava obter seu apoio para o Catar, mas não tratavam dos planos presidenciais do dirigente.

Na segunda-feira, o presidente da ConfederaçãopokeramFutebol Africano, Issa Hayatou, divulgou um comunicadopokeramque nega veementemente as alegações publicadas pelo Sunday Times dizendo que elas são partepokeramuma campanha para desacreditar não só a ele "como a todo um continente".

Então, o ponto central é se as novas evidências fornecerão as provas definitivas aos críticos da escolha do Catar.

Os documentos levantam questões sérias sobre a condutapokeramBin Hammam e seu apoio à campanha do Catar, mas não há um único email, tranferência bancária ou carta que mostrepokeramforma inequívoca que a equipepokeramcampanha do país estava envolvida no pagamentopokerampropinas por meiopokeramBin Hammam.

E o Catar diz legitimamente que, como Bin Hammam nunca ocupou um cargo oficial na equipe da campanha, seja o que for que o dirigente tenha feito, ele o fez por conta própria.

Parte do problema para a Fifa é que, enquanto as equipespokeramcampanha devem seguir normas rígidas, os membrospokeramum país concorrente no comitê executivo da entidade, como Bin Hammam, não estavam sujeitos a estas regras.

Mesmo que seja provado que Bin Hammam usou seu dinheiro para garantir o apoio ao Catar, a equipe da campanha do país poderia argumentar que não quebrou nenhuma regra.

Aliados

Entre as alegações publicadas pelo Sunday Times, estavam acusaçõespokeramque um antigo aliadopokeramBin Hammam, Jack Warner - seu cúmplice no planopokeramcomprapokeramapoio no Caribe parapokeramtentativapokeramchegar à presidência da Fifa - recebeu 1,6 milhãopokeramdólares, um quarto disso no período que precedia a escolha da sedepokeram2022. Até o momento, Warner não se pronunciou.

E ainda há a acusação feita pelo jornal britânicopokeramque o ex-dirigente da Fifa no Taiti Reynald Temarii foi financiado por Bin Hammam para impedirpokeramsuspensão do comitê da entidade na véspera da votação.

Segundo o Sunday Times, isso impediu que outro membro da Oceania estivesse entre os eleitores da próximo país-sede, desta forma negando à Austrália (e à Inglaterra) um provável voto na eleição. Assim como Warner, Temarii não comentou as acusações.

Tudo isso é fascinante, mas o que os observadores querem ver é provas claras e contundentespokeramque membros do comitê executivo que apoiaram o Catar com seus votos receberam dinheiro ou presentes para fazer isso.

Agora, os desdobramentos do caso estão nas mãospokeramGarcia, que trabalha há dois anospokeramuma investigação sobre as muitas acusaçõespokeramfraude.

Nesta semana, ele deve se encontrar com representantes da Copa do Mundo no Catar, inclusive seu diretor, Hassan Al Thawadi. Esta reunião estava marcada bem antes das últimas alegações virem à tona, mas agora ele com certeza pedirá ao jornal para ver os documentos.

Poder limitado

Taça da Copa (Getty)

Crédito, Getty

Legenda da foto, Alegaçõespokeramcorrupção na eleição do Catar ganharam força com denúncia do Sunday Times

Mas é bom ressaltar o quão limitado é o poderpokeramGarcia.

Ele não pode pedir uma nova votação. E nem interrogar Bin Hammam sobre as recentes alegações porque o dirigente já foi banido do futebol pelo restopokeramsua vida.

Ninguém espera que Garcia tome alguma medida definitiva com base nos documentos vazados. Na verdade, seu relatório final só deve sairpokeramalguns meses e provavelmente se concentrarápokeramcomo a Fifa pode melhorar o processopokeramescolha da sede do Mundial no futuro.

O que ainda pode mudar nesta história é o tamanho e o peso das evidências do Sunday Times, que tempokerammãos uma sériepokeramdocumentos secretos e pode ainda não saber exatamente o que eles contêm.

Se o jornal conseguir produzir uma sériepokeramalegações que levem a sérios questionamentos sobre o processopokeramescolha do país-sede e a condutapokeramseus dirigentes, a Fifa não poderá se manter impassível - especialmente se seus patrocinadores multimilionários começaram a demonstrar incômodo com isso.