''Quero mostrar outro Brasil', diz cientista que prepara chutefutebol ao vivo inparaplégico na Copa:futebol ao vivo in
- Author, Alejandra Martins
- Role, Da BBC Mundofutebol ao vivo inLondres
futebol ao vivo in No dia 12futebol ao vivo injunho, o Itaquerão será palcofutebol ao vivo indois eventos históricos – e não apenas um.
O primeiro deles será a abertura da Copa do Mundo, um evento que volta a ser sediado no Brasil depoisfutebol ao vivo in64 anos.
O outro é a estreiafutebol ao vivo inuma tecnologiafutebol ao vivo inponta que, segundo cientistas, pode ajudar a mudar a vidafutebol ao vivo inmilhõesfutebol ao vivo inpessoas pelo mundo.
Na abertura da Copa do Mundo com o jogo Brasil x Croácia, será feita a primeira demonstração públicafutebol ao vivo inum exoesqueleto controlado pela mente, que permite que pessoas paraplégicas caminhem.
Se tudo der certo, a roupa robótica será vista por 70 mil pessoas no estádio e por bilhõesfutebol ao vivo intodo o mundo, na televisão.
O exoesqueleto foi desenvolvido por um grupofutebol ao vivo incientistas que fazem parte do projeto Walk Again ("Caminharfutebol ao vivo inNovo"), e é o resultadofutebol ao vivo inanosfutebol ao vivo inpesquisafutebol ao vivo inMiguel Nicolelis, um neurocientista brasileiro que trabalha na universidadefutebol ao vivo inDuke, nos Estados Unidos.
Nicolelis acredita que a demonstração na Copa é uma formafutebol ao vivo inpromover também a imagem dos cientistas brasileiros.
"Também é a nossa intenção mostrar para o mundo um outro Brasil. Mostrar que aqui no Brasil também se pode fazer grandes projetos científicos com impacto humanitário e mostrar que existe um outro país, um país que cresceu muito nos últimos anos, melhorou a vidafutebol ao vivo inmuita gente, mas que ainda pode fazer coisas muito impressionantes não só para os brasileiros, mas para todo o mundo."
Exoesqueleto
Em 2003, Nicolelis mostrou que macacos conseguiam controlar os movimentosfutebol ao vivo inbraços virtuaisfutebol ao vivo inum avatar através da atividadefutebol ao vivo inseus cérebros.
Desde novembro, Nicolelis vem fazendo testes e treinamentos com oito pacientesfutebol ao vivo inum laboratóriofutebol ao vivo inSão Paulo. A imprensa especula que talvez um deles possa levantarfutebol ao vivo insua cadeirafutebol ao vivo inrodas e dar o pontapé inicial no jogo entre Brasil e Croácia, na estreia da Copa.
"Esse era o plano original", revelou Nicolelis à BBC. "Mas nem eu posso falar sobre detalhes específicosfutebol ao vivo incomo será esta demonstração. Tudo está sendo discutido neste momento."
Nicolelis explica que todos os pacientes têm maisfutebol ao vivo in20 anosfutebol ao vivo inidade. O mais velho tem cercafutebol ao vivo in35.
"Começamos treinandofutebol ao vivo inum ambiente virtual com simulador. Nos primeiros dias, quatro pacientes usaram o exoesqueleto para dar seus primeiros passos e um deles usou o controle mental para chutar uma bola."
"Agora aumentamos nossas metas. O exoesqueleto está sendo controlado por atividade cerebral e está enviando sinaisfutebol ao vivo inretorno para o paciente."
Um capacete vestido pelo paciente capta os sinais do cérebro e os repassa para um computador na mochila do exoesqueleto que decodifica os sinais e os envia para as pernas. O terno robótico usa pistões hidráulicos e uma bateria, que dura duas horas.
"A ideia básica é que estamos gravando os sinais do cérebro e que depois estes sinais estão sendo traduzidosfutebol ao vivo incomandos para que o robô comece a se mexer", explica Gordon Cheng, da Universidade Técnicafutebol ao vivo inMunique, que trabalhou com Nicolelis e pesquisadores na França para construir o exoesqueleto.
"Estou mais na partefutebol ao vivo inengenharia e técnica, e uma das tecnologias fundamentais com a qual estamos contribuindo é o sensor que éfutebol ao vivo inponta", disse Cheng à BBC.
O sensor na pele artificial do robô consegue captar o ambientefutebol ao vivo informa semelhante aos humanos.
"Quando o pé do exoesqueleto toca o chão, existe pressão e o sensor capta essa pressão. Antes que o pé toque o chão também existe um sensor pré-contato", explica ele.
"O sensor também registra a temperatura e informações sobre vibrações."
Nicolelis explicou que quando o exoesqueleto começa a se mexer e toca o chão, o sinal é transmitido para um vibrador eletrônico no braço do paciente.
"Quando você pratica por bastante tempo, o cérebro começa a associar esse movimento das pernas à vibração no braço. O paciente começa então a desenvolver uma sensaçãofutebol ao vivo inque possui pernas e é assim que ele começa a caminhar."
Os componentes são construídosfutebol ao vivo indiversos países.
"Estamos usando material feito com impressoras 3-D, a partirfutebol ao vivo inplástico resistente, alguns deles mais fortes que metal e muito leves. E, é claro, estamos usando alumínio."
Alguns críticos disseram que a apresentação pública na Copa poderá passar a impressão falsafutebol ao vivo inque esta tecnologia estará disponível a todosfutebol ao vivo inbreve.
Nicolelis faz questãofutebol ao vivo indeixar claro que isso é "só o começo". Cheng acredita que a tecnologia estará disponível pelo menos dentro dos próximos 20 anos.
"É assim que a ciência avança. Você precisa demonstrar e testar os conceitos. É uma formafutebol ao vivo indizer à sociedade civil, que paga pela ciência no mundo,futebol ao vivo inque temos a possibilidadefutebol ao vivo insonhar com esta realidade, porque ká estamos trabalhandofutebol ao vivo informa experimental."
O ideal da ciência como formafutebol ao vivo intransformação social é um dos princípios do centrofutebol ao vivo inpesquisas montado por Nicolelisfutebol ao vivo in2005futebol ao vivo inNatal – o Instituto Internacionalfutebol ao vivo inNeurociênciafutebol ao vivo inNatal Edmond e Lily Safra (ELS-IINN), com contribuição da milionária famíliafutebol ao vivo inbanqueiros.
O centro conta não só com laboratórios, mas também com uma escolafutebol ao vivo inciências que atende 1,5 mil crianças e uma clínica que faz atendimento pré-natal gratuito para 12 mil mulheres por ano.