Meninajogo grátis para jogar agoratrês anos viaja o mundojogo grátis para jogar agorabicicleta com pais e já fala cinco idiomas:jogo grátis para jogar agora

Christian, Olga e Naila na Nova Zelândia (foto: arquivo pessoal)
Legenda da foto, A família já percorreu 40 países espalhados por todos os continentes
  • Author, Tiago Novaes
  • Role, De Bangcoc para a BBC Brasil

jogo grátis para jogar agora O matemático alemão Christian Riedke ejogo grátis para jogar agoramulher, a turismóloga espanhola Olga Avila Martorell, passaram seis dos últimos nove anos na estrada, ao longojogo grátis para jogar agoraduas grandes viagensjogo grátis para jogar agoracimajogo grátis para jogar agorabicicletas.

"Pedalar é um jeitojogo grátis para jogar agoraconhecerjogo grátis para jogar agoraperto os lugares que visitamos", dizem Christian e Olga, que já passaram ao todo por 40 países,jogo grátis para jogar agoratodos os continentes.

Entre as duas viagens, nasceu Naila, a filha do casal, que aos três anos, passou a maior partejogo grátis para jogar agorasua vida na estrada e já é capazjogo grátis para jogar agoraconversarjogo grátis para jogar agoracinco idiomas diferentes.

Ela fala o espanhol e o catalão maternos, o alemão paterno, alémjogo grátis para jogar agoraum significativo repertório da língua portuguesa.

"Às vezes ela pede que conversemosjogo grátis para jogar agorainglês, que é o idioma que usamos com a maioria dos viajantes que encontramos. Outro dia, ensaiou algumas expressõesjogo grátis para jogar agoratailandês. Como não entendemos nada, ela não insistiu", diz o pai.

A última descoberta da pequena nômade é ajogo grátis para jogar agoraque a variedadejogo grátis para jogar agoraexpressões que aprendeu integra idiomas diferentes, e que nem todos compreendem todos os conjuntos lexicais que ela aos poucos domina.

"Ela ainda mistura bastante, mas já está começando a diferenciar as línguas", observa Christian.

Mas como é viajar com uma criançajogo grátis para jogar agoratrês anos? "Antes arriscávamos mais. Hoje maneiramos um pouco". O casal procura passar apenas algumas horas do dia pedalando, para que a filha não se canse.

"Não é qualquer criança que toparia; Naila é tranquila e paciente", comenta Olga. "Ainda assim, não podemos passar horas contemplando uma paisagem. Naila não se interessa por paisagens."

Relatosjogo grátis para jogar agoraviagem

Naila (foto: Tiago Novaes / BBC Brasil)
Legenda da foto, Para os pais, viagem é a melhor educação possível para Naila

Carregadosjogo grátis para jogar agoraroupas, fogareiro, sacosjogo grátis para jogar agoradormir e uma tenda, o casal atravessou a Áfricajogo grátis para jogar agoranorte a sul, pernoitando nas savanas e povoados e banhando-se nos riachos que cortavam a paisagem.

Na América do Sul, visitaram quase todos os países, incluindo as pouco conhecidas Guianas e o Suriname. Na Bolívia, acamparam no maior desertojogo grátis para jogar agorasal do mundo, as Salinas Uyuni, dentre uma infinidadejogo grátis para jogar agoraoutras paisagens.

Depoisjogo grátis para jogar agoracruzarem alguns países europeus, voltaram para a América do Sul, regressando à Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil, cruzaram o Pantanal e parte do litoral sul do país.

De lá, rumaram à Nova Zelândia, exploraram a Tailândia e preparavam-se para adentrar a conturbada Mianmar.

A família acumula memóriasjogo grátis para jogar agoraviagem. Certa vez, no Peru, após percorrerem uma larga extensão da costa sul totalmente desabitada, encontraram um pescador solitário. "Parecia louco", recorda Olga.

Perguntaram se podiam acampar ao ladojogo grátis para jogar agoraseu casebrejogo grátis para jogar agoramadeira. O homem, um tanto desconfiado, aceitou. Algumas horas depois, nos fundos da casa, acharam uma cesta repletajogo grátis para jogar agoracrânios humanos. "Não tivemos coragemjogo grátis para jogar agoraperguntar o que era aquilo."

No interior da Guiné, na África Ocidental,jogo grátis para jogar agorauma das extremidadesjogo grátis para jogar agorauma antiga ponte, toparam com um sujeito armadojogo grátis para jogar agorauma espingarda, guardando uma enorme máquina enferrujada. Uma companhia que se instalara na região o contratara anos antes para vigiar o equipamento desativado.

Ao final do dia, o homem voltava para casa, deixando a máquina desprotegida. "Não fazia sentido algum. Devia ser mais caro mandar trazerjogo grátis para jogar agoravolta aquele motor quebrado do que pagar US$ 30 (R$ 70) mensais ao pobre homem por tanto tempo", diverte-se Olga.

Blog abandonado

Crhistian, Olga e Naila (foto: arquivo pessoal)
Legenda da foto, Família coleciona histórias curiosasjogo grátis para jogar agoravários dos países pelos quais passou

Logo no início da viagem, tentaram manter um blog com seus relatos, mas por conta da baixa velocidade da conexão à internetjogo grátis para jogar agoraalguns países, acabaram desistindo. "Não queríamos esse tipojogo grátis para jogar agorarotina", dizem. "Enviar um e-mail às vezes levava 20 minutos".

O Brasil foi um destino recorrente do casal. Das Guianas desceram o litoral do Nordeste até Salvador. Pedalar na areia custava um pouco, mas a paisagem compensava. O ritmo das pedaladas, contudo, dependia mais do nível do mar do que da firmeza do solo arenoso.

"Precisávamos aguardar as marés baixas para atravessar os rios que desaguavam no mar", lembra Christian.

Certa vez, para cruzar o deltajogo grátis para jogar agoraum rio, aceitaram a ajudajogo grátis para jogar agoraum homem que se prontificou a levar à outra margem as bicicletas e o equipamento a bordojogo grátis para jogar agorauma canoa.

Foi apenas depois, quando tinham as pernas mergulhadas na lama até os joelhos, que se deram contajogo grátis para jogar agoraque haviam deixado documentos e todo o dinheiro que possuíam com o desconhecido. "Viajar muitas vezes nos obriga a confiar nas pessoas. É algo muito positivo", reflete Christian. Ao chegarem à outra margem, o barqueiro os aguardava.

Diversidade

A jornada se aproximajogo grátis para jogar agoraum fim, ao menos por enquanto. Em julho deste ano, o casal regressa à pequena cidadejogo grátis para jogar agoraFriburgo, Alemanha, onde Christian retomará seu trabalho como professorjogo grátis para jogar agoramatemática.

"Estamos receosos. Será difícil enfrentar a rotina", resigna-se Christian.

"As prioridadesjogo grátis para jogar agoraquase todos os que conhecemos por lá são o trabalho, a estabilidade e a segurança. Qualquer estilojogo grátis para jogar agoravida diferente do deles é visto com ceticismo, como se estilos distintos não pudessem conviver", comenta Olga, que também se prepara para ouvir críticas acerca dos cuidados e da criação da filha.

Os dois estão certos, contudo,jogo grátis para jogar agoraque a experiência foi a melhor educação possível para Naila. "Ela poderá não se lembrar do que viveu, mas, sem dúvida, se sentirájogo grátis para jogar agoracasa quando estiverjogo grátis para jogar agorameio à diversidade", conclui Christian.