Passaporte falso pode ajudar a manter Pizzolato na Itália:cassino enjoy
Já para Luiz Fernando Kuyven, professorcassino enjoydireito internacional da Universidade Mackenzie, apesar da forte possibilidadecassino enjoyRoma recusar um eventual pedidocassino enjoyextradição – que o Brasil já afirmou que pretende fazer – a questão estácassino enjoyaberto.
Segundo Kuyven, se a Itália decidir não extraditar Pizzolato pode usar também como argumento para julgá-lo no país o fatocassino enjoyter cometido um crime na Itália: ele portava um documento falso quando foi detido.
"Eles (a Itália) podem usar esse delito para exercercassino enjoyjurisdição sobre o caso", afirmou.
Futuro
Por outro lado, o adido policial italianocassino enjoyBrasília Roberto Donati afirmou nesta quarta-feiracassino enjoyentrevista à imprensa que, caso seu país decida por enviar o suspeito ao Brasil, um crimecassino enjoymenor potencial, como ocassino enjoyportecassino enjoydocumento falso, "pode ser deixadocassino enjoylado para facilitar a extradição".
Contudo, Donati afirmou que não cabe à polícia italiana decidir o futurocassino enjoyPizzolato: "o que vai acontecer depois não é mais nossa competência".
Portanto, segundo os especialistas ouvidos pela BBC Brasil,cassino enjoytese as autoridades italianas podem extraditar Pizzolato ou negar o pedido brasileiro e mantê-lo na Itália. Nesse caso, o Brasil poderia solicitar que ele seja julgadocassino enjoycortes italianas pelos crimes relacionados ao mensalão.
Outro fator que também pode dificultar a extradição é o princípio da reciprocidade na diplomacia. Ou seja, ao decidir não extraditarcassino enjoy2011 para a Itália o então prisioneiro Cesare Battisti, acusado pela Itália por quatro homicídios –cassino enjoyuma decisão política do Executivo –, o Brasil teria agora tratamento semelhante.
Kuyven afirmou porém não acreditar que isso aconteça. "A Justiça da Itália vem mostrando uma posição imparcial", disse.
Ele afirmou, porém, que se for julgado e eventualmente condenado por crimes relacionados ao mensalão – como lavagemcassino enjoydinheiro, corrupção passiva e peculato – pode ser submetido a penas mais duras na Itália do que teria no Brasil. "As penascassino enjoyprisão por causacassino enjoycorrupção podem ser até 50% maiores."
Prisão
Segundo o delegado da Polícia Federal do Brasil Rogério Galloro, a prisãocassino enjoyPizzolato na Itália aconteceu a pedido da polícia brasileira – por meiocassino enjoyum mandado internacionalcassino enjoyprisão da Interpol conhecido como difusão vermelha.
Ele negou que Pizzolato tenha sido detido pelo fatocassino enjoyestar usando um documento falso.
A PF disse ter indícioscassino enjoyque o ex-diretor do Banco do Brasil começou a prepararcassino enjoyfuga, como um plano B, muito antescassino enjoyser condenado a 12 anos e sete mesescassino enjoyprisão no processo do mensalão. Ele é um dos 12 réus condenados e era o único foragido.
Ele teria tirado um passaporte brasileiro falso (usando um RG também falso)cassino enjoy2008. O documento estavacassino enjoynome do irmão dele, Celso, mortocassino enjoy1978, mas tinhacassino enjoyfoto. Em 2010 ele teria obtido um passaporte italiano falso. Isso porque seus documentos originais haviam sido apreendidos pela Justiça brasileira.
Pizzolato estava foragido desde novembro do ano passado. A PF afirmou que dois meses antescassino enjoyter a prisão decretada, ele fugiu para a cidadecassino enjoyDionísio Cerqueira,cassino enjoySanta Catarina,cassino enjoyonde cruzou a fronteira da Argentina. De lá seguiucassino enjoycarro para Buenos Aires,cassino enjoyonde embarcoucassino enjoyum voo para a Espanha – movendo-se depois para a Itália.
Segundo Galloro, a PF teve notícia na terça-feira sobre o paradeirocassino enjoyPizzolarocassino enjoyMaranello e avisou autoridades italianas – que fizeram tocaiacassino enjoyfrente ao imóvelcassino enjoyum parente do suspeito, onde ele estaria escondido. Pizzolato foi preso quando deixou o imóvel pela manhã. Ao menos um dos passaportes falsos estava com ele.