Para analista, não dá para esperar saída perfeita para a Síria:arbety double pro histórico
- Author, Phillip J. Crowley*
- Role, Especial para a BBC
arbety double pro histórico Em três anos da brutal guerra civil na Síria, a única coisa com que as potências estrangeiras concordam é que não há solução puramente militar para a tragédia que já matou cercaarbety double pro histórico120 mil pessoas, gerou três milhõesarbety double pro históricorefugiados e deixou o país quebrado, se é que tenha conserto, pelos próximos 25 ou 50 anos.
Sem ninguém no horizonte para impor uma solução para a Síria, qual seria a melhor opção diplomática possível? Como implementá-la? Em quanto tempo?
Conflito geracional
O jogoarbety double pro históricoguerra da Síria tem maisarbety double pro histórico20 atores,arbety double pro históricopotências estrangeiras como os Estados Unidos, a Europa, a Rússia, a ONU e alguns vizinhos chaves, até grupos nacionais sírios. Entre esses, o próprio regimearbety double pro históricoBashar al-Assad, o Exército Livre da Síria, o grupo xiita libanês Hezbollah, alémarbety double pro históricovários gruposarbety double pro históricoextremistas islâmicos e da sociedade civil síria.
O equilíbrioarbety double pro históricoforças funciona assim: grupos pró-regime prevalecem sobre os que querem uma Síria totalmente distinta. E não há solução à vista.
A revolta na Síria representa um conflito geracional. A guerra pode durar mais uma década, com partes da Síria estabilizando, cedo ou tarde, dependendo dos cáculos políticos e militaresarbety double pro históricovários grupos.
Embora os grupos que atuam no conflito sírio acreditem que o país sobreviva com o território intacto, enclaves para grupos étnicos como os alauistas, os curdos e a oposição sunita devem ser necessários.
Assad
Havia pouca confiança que a segunda rodadaarbety double pro históriconegociaçõesarbety double pro históricoGenebra,arbety double pro históricojaneiro, iria levar a uma resolução. A Síria parece estar menos madura para uma solução do que há um ano. Assad acredita estar ganhando, principalmente após o acordo para destruiçãoarbety double pro históricoarmas químicas, que evitou uma intervenção americana.
A diplomacia deveria se empenhararbety double pro históricoencontrar um denominador comum entre os atores estrangeiros que atuam na crise síria - os Estados Unidos, a Turquia, a Rússia, a Arábia Saudita e o Irã. Cada um tem visões diferentes sobre um cenário ideal para a Síria. Ninguém quer a vizinhança desetabilizada ou grupos extremistas ganhando força e ditando as regrasarbety double pro históricoparte do território sírio.
As perspectivasarbety double pro históricouma maior cooperação foram fortalecidas pelo acordo nuclear temporário com o Irã. As atuais negociações entre o Irã e os poderes globais criaram um ambiente propício para discutir a Síria. Mais progresso no front nuclear poderia abrir portas na Síria também. O oposto também é verdadeiro.
Um grande obstáculo, no entanto, é o futuroarbety double pro históricoAssad.
Criatividade diplomática
Os Estados Unidos, a Arábia Saudita e a Turquia insistemarbety double pro históricotirar Assad do poder como partearbety double pro históricoqualquer solução. Por outro lado, a Rússia acredita que Assad pode manter a Síria intacta e derrotar os extremistas. O Irã vê Assad como um ativo regional importante e protetor das minorias xiita e alauíta da Síria, que poderiam ser perseguidas sob um eventual governo sunita.
É possível harmonizar tantas diferenças? Sim, mas isso requer ajustes na política síria, criatividade diplomática, vontade política e um maior compromisso da administração Obama para com a questão síria.
Primeiro, os Estados Unidos precisam ver a Síria sob a perspectiva da segurança internacional e do contraterrorismo. A governança representativa e inclusiva da Síria é objetivoarbety double pro históricolongo prazo, para a próxima década. O foco inicial deve ser conter o conflito, entregar ajuda humanitária e prevenir extremistas islâmicosarbety double pro históricoganhar mais território.
Segundo, cooperar com Assad não é um começo. É preciso convencer seus aliados (alauitas e cristãos) e o Irãarbety double pro históricoque presidente sírio deve sairarbety double pro históricocena, com garantias para o períodoarbety double pro históricotransição. É nesse ponto que pode ser necessário estabelecer enclaves étnicos na Síria, como um solução temporária. Se extremistas islâmicos tentarem tomar um assentamento, os Estados Unidos poderiam considerar uma operação área, munidosarbety double pro históricouma resolução do Conselhoarbety double pro históricoSegurança a fimarbety double pro históricoreduzir às ameaças à sociedade síria.
Oriente Médio e EUA
Finalmente, um grupoarbety double pro históricocontato político pode ser estabelecido para dar seguimento às negociaçõesarbety double pro históricopazarbety double pro históricoGenebra. Os países que desempenharão algum papel no futuro da Síria poderiam participar, incluindo o Irã. Essa proposta seria para assegurar que todas as fronterias da Síria estaria seguras. Também iria interromper o apoio estrangeiro a extremistas. Estabeleceria ainda corredores humanitarios para assegurar ajuda. Daria ainda apoio para o retornoarbety double pro históricorefugiados, assim como ajudaria o estabelecimentoarbety double pro históricogovernos locais.
O Oriente Médio tem responsabilidade primária na resolução da crise síria, mas nadaarbety double pro históricomais substantivo vai ocorrer sem o compromisso americano.
Assim, rivais histórios podem ajudar encontrar a “melhor saída possível” para a Síria. O primeiro passo é reconhecer que a situação na Síria pode ficar ainda mais horrenda do que é hoje. Não é possível esperar uma solução perfeita.
arbety double pro histórico *Phillip J. Crowley