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Gravidade
Legenda da foto, Cena365 bet cassinoGravidade;365 bet cassinomuitos filmes, autores se valem365 bet cassinolicença poética para deixar histórias mais palatáveis
  • Author, Peter Ray Allison
  • Role, BBC Magazine

365 bet cassino O filme Gravidade 365 bet cassino , que estreou recentemente no Brasil, está reacendendo o debate sobre quão realista deve ser a ficção científica.

E cientistas ouvidos pela BBC apontam erros e acertos365 bet cassinograndes produções do cinema do gênero.

Comecemos pelo cabelo365 bet cassinoSandra Bullock365 bet cassinoGravidade. Contracenando com George Clooney, ela interpreta uma cientista que fica presa no espaço após o ônibus espacial365 bet cassinoque os dois viajavam ter sido destruído.

Muitos críticos vêm elogiando a produção por365 bet cassinoprecisão e verossimilhança científica, mas o renomado astrofísico Neil365 bet cassinoGrasse Tyson, diretor do Hayden Planetarium do American Museum of Natural History,365 bet cassinoNova York, disse que o filme tem várias "falhas" científicas.

Em gravidade zero, o cabelo365 bet cassinoBullock flutuaria livremente - o que não ocorre no filme.

Também há problemas na forma como o espaço é representado.

Em uma série365 bet cassinocomentários publicados no Twitter, Tyson - que também declarou ter gostado muito do filme - destacou vários erros.

Por exemplo, ele observou que o telescópio Hubble (que orbita 560 km acima do nível do mar), a Estação Espacial Internacional (400 km acima do nível do mar) e a estação espacial chinesa jamais poderiam ser vistas juntas.

Além disso, a maioria dos satélites orbita do oeste para o leste. No filme, porém, destroços365 bet cassinosatélites são vistos flutuando do leste para o oeste.

'Armageddon'

Na literatura365 bet cassinoficção cientítica, especialmente no subgênero conhecido como "hard science fiction", o respeito ao espírito científico tem sido uma preocupação constante. Mas no cinema, diretores tendem a valorizar o impacto visual365 bet cassinodetrimento do realismo.

Gravidade, com Sandra Bullock
Legenda da foto, No filme Gravidade, os cabelos365 bet cassinoSandra Bullock não obedecem às leis da física

O filme Armageddon,365 bet cassinoMichael Bay, é famoso por seus inúmeros absurdos científicos. Por exemplo, a separação dos propulsores365 bet cassinofoguete e tanques365 bet cassinocombustível do ônibus espacial acontece365 bet cassinogrande proximidade física, o que seria extremamente arriscado na realidade, por causa dos perigos365 bet cassinocolisões e explosões.

Em outra cena, objetos caem sobre um asteroide, atraídos por uma força gravitacional aparentemente tão forte como a da Terra.

Segundo relatos, a agência espacial americana, Nasa, teria até usado o filme Armageddon365 bet cassinoseu programa365 bet cassinotreinamento como parte365 bet cassinoum teste, pedindo a candidatos que identificassem todas as impossibilidades científicas presentes no filme.

Para dirigir o filme Sunshine: Missão Solar, o diretor britânico Danny Boyle contratou os serviços365 bet cassinoconsultoria do físico britânico Brian Cox. Ainda assim, não houve como evitar uma certa dose365 bet cassino"licença poética".

'Licença póetica'

O filme fala365 bet cassinouma "zona morta"365 bet cassinocomunicações365 bet cassinotorno do sol, algo que não poderia ser explicado com base365 bet cassinoleis naturais.

Outro filme, Planeta Vermelho, reúne várias incompatibilidades científicas, como a compatibilidade365 bet cassinoum equipamento atual com a teconologia russa365 bet cassinohá 30 anos atrás.

Mas os principais exemplos365 bet cassino"licença poética" ocorrem365 bet cassinofilmes que exploram histórias no espaço.

"O exemplo mais comum365 bet cassino'ciência ruim', intencionalmente colocado como ficção científica, é o uso do som", diz Ed Trollope, engenheiro aereoespacial da empresa Telespazio VEGA Deutschland.

"Por causa do vácuo, não há som no espaço. Ou seja, todas aquelas explosões e ronco365 bet cassinomotores não deveriam estar lá", afirma.

Há uma razão simples atrás da decisão365 bet cassinomostrar o barulho da explosão - é importante para quem está assistindo. Mas outras coisas são duras365 bet cassinoengolir por parte dos cientistas.

"Há muitas boas razões para manter os motores ligados no espaço, só que manter a velocidade não é uma delas. Se você desligar o motor, não vai parar", diz Trollope.

Futurologia

Mas nem tudo são erros. No filme Contact, a comunicação feita com os aliens está dentro da linha trabalhada por cientistas que trabalham com o assunto, como os do Seti (Search for Extra Terrestrial Intelligence). Não é365 bet cassinoestranhar que o roteiro tenha sido escrito por um ex-astrônomo, Carl Sagan. A transmissão365 bet cassinomensagens usando códigos matemáticos parece razoável.

A questão é que da ficção científica não se espera apenas um retrato absolutamente preciso, mas que antecipe descobertas tecnológicas. E muitas produções são exitosas sob esse aspecto.

O consultor Richard Blott cita um episódio de Star Trek - Jornada nas Estrelas,365 bet cassino1968, que mostrava uma nave espacial movida por um propulsor365 bet cassinoíons.

"Hoje a maioria dos novos satélites tem motores movidos a íons", diz Blott.

"No fim", conclui Asher, "a ficção científica não é para fazer previsões certeiras sobre o futuro. Sua função é entreter e estimular a imaginação. Não há nenhuma dúvida365 bet cassinoque muito da nossa imaginação é estimulada pelos cientistas. Até certo ponto, a ficção acaba impulsionando e direcionando a ciência".