Consultoria atribui ausênciasbet365vleilão do pré-sal a restrições à operação:bet365v
- Author, Alessandra Corrêa
- Role, De Nova York, para a BBC Brasil
bet365v A ausência das gigantes petrolíferas ExxonMobil, Chevron, BP e BG no leilão do campobet365vLibra foi recebida com surpresa pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), mas não por analistas internacionais.
Segundo o analista T J Conway, da consultoria Energy Intelligence Group, as novas regras adotadas pelo Brasilbet365v2010, que determinam que Petrobras será operadora obrigatória da área e deverá ter pelo menos 30%bet365vparticipaçãobet365vqualquer consórcio vencedor, acabam afastando grandes empresas.
"Não estou surpreso com o resultado", disse Conway à BBC Brasil.
"Grandes empresas como Chevron, BP e ExxonMobil, estão particularmente interessadas nos direitosbet365voperar campos tão grandes como este. Mas o fatobet365va Petrobras ser a operadora obrigatória limita a competição significativamente."
Marcado para 21bet365voutubro, o leilão será o primeirobet365vexploraçãobet365vpetróleo na região do pré-sal realizado sob o regimebet365vpartilhabet365vprodução, aprovadobet365v2010.
Acredita-se que o Campobet365vLibra, localizado na Baciabet365vCampos, represente a maior descobertabet365vpetróleo do Brasil, capazbet365vproduzirbet365v8 bilhões a 12 bilhõesbet365vbarrisbet365vpetróleo.
A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse que esperava a participaçãobet365vpelo menos 40 empresas no leilão.
No entanto, apenas 11 pagaram a taxabet365vinscriçãobet365vR$ 2 milhões até o fim do prazo, na quinta-feira.
Além da Petrobras, participam do leilão Shell (anglo-holandesa), Total (francesa), Repsol/Sinopec (hispano-chinesa), Ecopetrol (colombiana), Petrogal (portuguesa), Petronas (malaia), ONGC Videsh (indiana), Mitsui (japonesa), CNOOC e CNPC (chinesas).
Espionagem
O fatobet365vnenhuma empresa americana ter participado do leilão, realizado poucas semanas após a divulgaçãobet365vdenúnciasbet365vque os EUA estariam espionando a Petrobras, chamou a atenção.
Parlamentares brasileiros chegaram a apresentar projetos pedindo a suspensão do leilão.
No entanto, Conway diz não considerar este aspecto.
"Se observamos a decisão das empresas (de ficarbet365vfora da disputa) apenas do pontobet365vvista puramente estratégico, veremos que faz sentido", afirma.
Conway observa que, além da questão da operação do campo, há vários custos extras.
As novas regras determinam que o governo brasileiro terá participação totalbet365v75% na receita do projeto, o que inclui 40% do lucro do petróleo e R$ 15 bilhõesbet365vbônus que o vencedor do leilão terábet365vpagar pelo direitobet365vexploração, alémbet365vimpostos e contribuições sociais.
As regras também estabelecem restrições como um percentual mínimobet365vcomponentes nacionais na operação.
Conway observa ainda que a operação no setorbet365vhidrocarbonetos no Brasil envolve desafios importantes, como capital humano e infra-estrutura.
"Isso tudo,bet365vcombinação, levanta questões sobre como os custos vão aumentar no futuro, sobre o ritmo do desenvolvimento que é possível. São questões que podem gerar preocupação para as empresas", diz.
O analista ressalta, porém, que o leião terá a participaçãobet365valgumas grandes empresas, como Shell e Total.
Segundo Conway, o fatobet365vas gigantes americanas e britânicas não participarem do leilão abre oportunidades para outras empresas.
"Entre as 11 empresas que se inscreveram, vemos grande participaçãobet365vestatais", observa.
"Ebet365vmuitos casos são empresas que não têm capacidadebet365voperar um projeto tão grande ou, pelo menos, não estão preocupadas com a impossibilidadebet365voperar esses projetos (já que a Petrobras é a operadora única). O que querem é acesso a grandes volumes", afirma.