Japão eleva gravidadewalter betesportevazamento radioativowalter betesporteFukushima; entenda:walter betesporte
walter betesporte A agência nuclear do Japão elevou nesta quarta-feira o nívelwalter betesportegravidadewalter betesporteum vazamentowalter betesporteágua com radioatividade na usina nuclearwalter betesporteFukushima, atingida pelo terremoto e pelo tsunami que causaram grande destruição no paíswalter betesporte2011.
O nível foiwalter betesporteum para três na chamada Escala Internacionalwalter betesporteEventos Nucleares (Ines, na siglawalter betesporteingês), que vai até sete, por causa do vazamentowalter betesporteágua radioativa usada no resfriamento do reator danificado.
Esta é a primeira vez que o país anuncia um incidente com gravidade medida pela escala Ines desde o terremoto e o tsunamiwalter betesporte2011. O incidente havia sido qualificado comowalter betesportecategoria 1 nesta semana.
O derretimentowalter betesportetrês reatoreswalter betesporteFukushima cercawalter betesportedois anos atrás foi classificado como categoria sete – antes do ocorrido, apenas o acidentewalter betesporte1986 na usina atômicawalter betesporteChernobyl, na então URSS, foi considerado igualmente grave.
A BBC preparou uma sériewalter betesporteperguntas e respostas para ajudar você a entender o que está ocorrendo no Japão.
É o primeiro vazamentowalter betesporteFukushima desde o tsunami? Por que eles acontecem?
Já houve pelo menos quatro vazamentos similares. A raiz do problema, ao que tudo indica, são os problemas na estrutura dos tanqueswalter betesportearmazenamento.
A Tepco, empresa que administra Fukushima, usa diariamente um grande volumewalter betesporteágua para refrigerar os reatores desativados da usina após o acidente.
Em contato com as varetaswalter betesportecombustível nuclear, a água se torna altamente radioativa e precisa ser amarzenadawalter betesportegrandes tanques, onde passa por um processowalter betesportepurificação.
São produzidas 400 toneladaswalter betesporteágua radioativa a cada dia, que acabam armazenadas nos maiswalter betesportemil tanques já construídos no local.
Para Neil Hyatt, professor da Universidadewalter betesporteSheffield, no Reino Unido, os tanques são o problema.
"Para manter o ritmowalter betesportearmazenamento da água radioativa, a Tepco optou por usar tanques com vedação plástica. Rachaduras nessas vedações foram as causas no vazamento", disse.
Acredita-se que um terço dos tanques tenha sido construído dessa forma.
Qual é o perigo que a radioatividade da água representa?
Segundo as autoridades japonesas, o nívelwalter betesporteradiação da águawalter betesporteFukushima é extremamente alto, cercawalter betesporte8 milhõeswalter betesportevezes acima do nível normal para água potável.
Paddy Regan, da Universidadewalter betesporteSurrey, diz que não é seguro para ninguém “ficar mais que alguns minutos no local”. Ela diz que a área precisa ser monitorada.
Ken Buesseler, pesquisador do Woods Hole Oceanographic Institution, dos Estados Unidos, diz que o vazamentowalter betesporteFukushima deve ser analisado com cautela.
Nas medições médias, o nívelwalter betesportecésio radioativowalter betesporteFukushima chegou a no máximo um terço do nível do mesmo elemento durante o acidente radioativowalter betesporteChernobyl.
A elevação do alertawalter betesportenível um para nível três signifca que o vazamento é pior do que se imaginava?
A elevação para o nível três na escala Ines faz do atual vazamento o mais sério incidente nuclear desde o colapsowalter betesportesi dos reatoreswalter betesporteFukushima, logo após o tsunamiwalter betesporte2011.
Na escala que vai até sete, o estágio três significa que o perigo está restrito à área e não é uma ameaça iminente ao público.
O problemawalter betesporteFukushima está exclusivamente no armazenamento da água?
Há outros problemas. Um deles é a contaminação da água das chuvas, que desce das encostas, já recebendo então um baixo grauwalter betesportecontaminação. Ao fim, essa água acaba nos arredores da usina.
A Tepco planeja desviar essa água das encostas diretamente para o mar, mas encontra resistência dos pescadores.
A Tepco também está construíndo barreiraswalter betesporteaço para evitar o vazamento da água no mar e injetando produtos químicos no solo a fimwalter betesporteimpermeabilizá-lo.
Como a área é sujeita a tremores, há sempre o perigowalter betesportea água armazenada vazar para o marwalter betesportecasowalter betesportesismo.
Outro grande problema é o que fazer com o núcleos dos reatores nucleares danificados durante o tsunami. A Tepco planeja remover 400 toneladaswalter betesportecombustível altamente radioativo do reator quatro ainda neste ano.
"É uma outra escala (de problema), um pesadelo, na verdade", diz o professor Hyatt.
Como o governo japonês tem atuado?
O governo interveio e já injetou maiswalter betesporteUS$ 12 bilhões na Tepcowalter betesportevirtude do acidentewalter betesporteFukushima.
Segundo o ministrowalter betesporteIndústria e Comércio, Yukio Edano, a injeçãowalter betesportecapital foi necessária para garantir que a Tepco não quebrasse e pudesse seguir fornecendo eletricidade e pagando as indenizações às vítimas.
Onde tudo isso vai parar?
No curto prazo, a Tepco teráwalter betesporteconstruir tanques mais seguros e lidar com o problema da água das chuvas. A empresa espera conseguir tratar a água para jogá-la então ao mar.
A Tepco terá aindawalter betesportelidar com as varetas radioativas, o que é um desafio mais complicado. A AIEA (Agência Internacionalwalter betesporteEnergia Atômica) prevê que o trabalho para neutralisar o perigo representado pelas varetas dure até 40 anos, mas alguns especialistas disseram que a limpeza total levaria maiswalter betesporteum século.