As crianças que não conseguem pararjogo raloim caça niquelcomer:jogo raloim caça niquel
"Me lembrojogo raloim caça niquelver uma cenoura enorme no bolso da saia dela no primeiro dia da aulajogo raloim caça niquelteatro", contou. "Ela me disse que (a cenoura) era para o caso dela ficar com fome. É curioso e complicado ser mãejogo raloim caça niqueluma criança que tem compulsão por comida."
Problema global
Os índicesjogo raloim caça niquelobesidade infantil estão aumentandojogo raloim caça niqueltodo o mundo. Segundo estimativas feitas pela Organização Mundialjogo raloim caça niquelSaúde (OMS)jogo raloim caça niquel2010, o númerojogo raloim caça niquelcrianças obesas com menosjogo raloim caça niquelcinco anosjogo raloim caça niquelidade seriajogo raloim caça niquelcercajogo raloim caça niquel42 milhões. Dessas, 35 milhões estariamjogo raloim caça niquelpaísesjogo raloim caça niqueldesenvolvimento.
Só na África, o númerojogo raloim caça niquelcrianças com menosjogo raloim caça niquelcinco anos que têm peso acima do recomendado triplicou nas últimas duas décadas.
Em países ricos, como a Grã-Bretanha, os hábitos alimentares das crianças são presença constante na mídia. Recentemente, os jornais do país noticiaram que quadruplicou na última década o númerojogo raloim caça niquelcrianças e adolescentes atendidosjogo raloim caça niquelhospitais da Inglaterra e Paísjogo raloim caça niquelGales com problemasjogo raloim caça niquelsaúde associados à obesidade.
Especialistas apontam para alimentação ruim (por exemplo, ênfasejogo raloim caça niquelalimentos pobresjogo raloim caça niquelnutrientes e ricosjogo raloim caça niquelgordura e açúcar), baixos índicesjogo raloim caça niquelamamentação e estilosjogo raloim caça niquelvida sedentários como as principais causas do problema.
Temendo que o casojogo raloim caça niquelsua filha venha a contribuir para estatísticas alarmantes como essas, Emily busca maneirasjogo raloim caça niqueladministrar o apetite voraz da filha.
E apetite, dizem os especialistas, é algo que variajogo raloim caça niquelpessoa para pessoa.
"Somos programados para ser diferentes", disse o especialistajogo raloim caça niquelobesidade Stephen Bloom, do Imperial College,jogo raloim caça niquelLondres.
Bloom, que estuda os sistemasjogo raloim caça niquelcontrole do apetite no corpo humano, disse que, assim como somos diferentes na aparência, também somos internamente.
Cansativo
Em um extremo, estão as crianças que comem feito passarinhos, no outro, as que comem quase constantemente.
Apesar do que muitos dizem, comer demais não é sempre uma questãojogo raloim caça niquelmau hábito, disse outra mãe, Michelle (nome fictício), à BBC. Seu filho,jogo raloim caça niquel11 anos, está sempre com fome e ela disse que é complicado e cansativo controlar a dieta dele.
"Você com frequência fica frustrado e bravo com seu filho por estar tão faminto o tempo todo, e eles também ficam frustrados e bravos com você. Mas não acho que seja culpajogo raloim caça niquelninguém. Não tem nadajogo raloim caça niquelerrado com meu filho, nenhum quadro médico ou questões (emocionais)jogo raloim caça niquelrelação a comida", diz.
"Ele sente fome genuína, não é gulodice. Não me culpo, já que faço tudo o que posso para que ele tenha uma dieta saudável. É cansativo, você sempre temjogo raloim caça niquelser organizado. E você tenta não fazer muito alarde, porque não quer que seu filho desenvolva transtornos alimentares".
"Ele não está obeso no momento porque controlo a dieta dele. Também estou tentando ensiná-lo sobre alimentação e sobre as consequênciasjogo raloim caça niquelse fazer escolhas ruins. Mas ele não vai morar semprejogo raloim caça niquelcasa comigo e me preocupo sobre o que vai acontecer no futuro".
Em situações como essa, o peso da criança sempre é uma preocupação para os pais. Emily comenta que a filha sempre foi maior do que os irmãos - e mais faminta.
"Ela mamava bem quando bebê e estava sempre no topo da escalajogo raloim caça niquelmatériajogo raloim caça niquelpeso quando bebê, enquanto seu irmão mais velho é pequeno".
(A questão) "não é o que ela come - ela ficaria satisfeitajogo raloim caça niquelcomer ervilhas enquanto outra criança comeria um biscoito. Sou firme e às vezes ela grita e reclama, mas ela já aprendeu o que pode comer. Ela simplesmente adora comida".
À medida que a criança fica mais velha, controlarjogo raloim caça niqueldieta fica ainda mais difícil.
"Na primeira semana dela na escola, ela repetiu o prato todos os dias", disse Emily. "Então tivejogo raloim caça niqueloptar por mandar o lanchejogo raloim caça niquelcasa porque era a única formajogo raloim caça niquelcontrolar a quantidade e o tipojogo raloim caça niquelcomida que ela come".
Culpa dos pais?
Cientistas vêm estudando formasjogo raloim caça niquelse controlar o apetite.
"Sabemos muito pouco, o apetite é uma coisa tão complexa", disse Sadaf Farooqi, professorajogo raloim caça niquelmetabolismo e medicina da Universidadejogo raloim caça niquelCambridge.
Ela comanda um grande estudo sobre obesidade e genética,jogo raloim caça niquelque médicos, enfermeiras, cientistas e pesquisadores trabalham juntos para tentar entender por que algumas pessoas engordam mais facilmente do que outras.
"O que sabemos é que há um fator genético, herdado (dos pais) para o apetite mas ele também é regulado pelo ambiente e comportamento, entre outras coisas".
Gostos pessoais também interferem. Os cientistas sabem, por exemplo, que a experiência do paladar variajogo raloim caça niquelpessoa para pessoa e o que tem sabor delicioso para uns pode ser absolutamente desagradável para outros.
Profissionais que trabalham com nutrição infantil dizem que, com frequência, são procurados por pais preocupados com o que parece ser um apetite excessivo por parte dos filhos.
Muitos desses especialistas, no entanto, são da opiniãojogo raloim caça niquelque a causa do problema seriam comportamentos inconscientes dos pais. Por exemplo, servir porçõesjogo raloim caça niqueladultos,jogo raloim caça niquelpratosjogo raloim caça niqueladultos, para as crianças.
Alguns aconselham deixar as crianças comerem o que quiserem - desde que seja saudável. Esse tipojogo raloim caça niquelorientação se baseiajogo raloim caça niquelestudos que indicam que crianças naturalmente tendem a comer o necessário para saciarjogo raloim caça niquelfome.
"Crianças geralmente não comem mais do que precisam", disse Tam Fry, porta-voz do National Obesity Forum, o Fórum Nacional da Obesidade na Grã-Bretanha.
"Se você deixa que as crianças façam suas próprias decisões, aprendem a regularjogo raloim caça niquelalimentação. Se estão engordando, você aumenta a quantidadejogo raloim caça niquelexercício que estão fazendo. É uma questãojogo raloim caça niquelequilibrar a energia que entra e a energia que sai".
Mas alguns pais negam que estejam contribuindo para o problema e dizem que essas afirmações fazem com que se sintam isolados.
"Já me disseram isso antes", disse Michelle. "Em relação ao meu filho, eu simplesmente não concordo que seja o caso, ele é assim".
Qualquer que seja a opinião dos profissionais, os pais têmjogo raloim caça niqueladotar estratégias próprias para lidar com o problema.
"Conversei com meu marido. Criamos regras claras e as explicamos para a nossa filha", disse Emily. "Estamos conseguindo controlar a situação no momento, mas sabemos que conforme ela fica mais velha, haverá outros desafios".