Impasse na Síria se aprofunda e ameaça tomar região:roleta ao vivo brasileira
- Author, Jim Muir
- Role, Da BBC Newsroleta ao vivo brasileiraBeirute
roleta ao vivo brasileira Envoltaroleta ao vivo brasileiraum sangrento conflito, a Síria caminharoleta ao vivo brasileiradireção ao precipício - e leva consigo os países vizinhos.
Uma sérieroleta ao vivo brasileiraataques e revides entre as facções sunita e xiita da população deixou o país - e toda a região - à beiraroleta ao vivo brasileirauma guerra sectária que pode fragmentar seu território e colocarroleta ao vivo brasileiraxeque, pela primeira vezroleta ao vivo brasileiraquase um século, suas fronteiras. O conflito também tem o potencialroleta ao vivo brasileiragerar confrontos entre poderes internacionais e locais.
Os protestos iniciadosroleta ao vivo brasileiramarçoroleta ao vivo brasileira2011 foram reprimidos com tamanha violência pelo Estado que manifestações pacíficas gradualmente se transformaramroleta ao vivo brasileiraresistência armada.
O levante na Síria temroleta ao vivo brasileiraraiz na comunidade sunita, maioria descontente que se ressente contra um governo dominado pela minoria alauíta (grupo étnico religioso do islã xiita).
Sem armas suficientes, os sunitas pediram ajuda aos irmãos na vizinhança - por exemplo, no Líbano e no Iraque.
Outros poderes sunitas, como Arábia Saudita e Qatar, também começaram a fornecer armas e financiar os rebeldes. E vizinhos sunitas como Turquia e Jordânia tornaram-se importantes corredores para o escoamentoroleta ao vivo brasileirarecursos e ajuda à oposição.
Inevitavelmente, extremistas sunitasroleta ao vivo brasileiratoda a região também aderiram à luta. Do Iraque, fragmentado pela invasão liderada pelos EUAroleta ao vivo brasileira2003, vieram militantes islâmicos da al-Qaeda, que assumiram a liderançaroleta ao vivo brasileiravários dos bem-sucedidos avanços rebeldes.
Dimensão sectária
No final do ano passado, com os rebeldes se aproximando do centroroleta ao vivo brasileiraDamasco, o governo do presidente Bashar al-Assad parecia próximo do fim. Foi a vezroleta ao vivo brasileiraAssad pedir ajuda no exterior, aos poderosos aliados Rússia e Irã.
A maré mudou. Isso foi claramente demonstrado na derrota dos rebeldesroleta ao vivo brasileiraQusair eroleta ao vivo brasileiramuitos subúrbiosroleta ao vivo brasileiraDamasco. Com rotasroleta ao vivo brasileirasuprimento cortadas ou ameaçacas, já não estãoroleta ao vivo brasileiraposiçãoroleta ao vivo brasileiraocupar a capital e estão sob pressãoroleta ao vivo brasileiraoutras frentes.
Teerã foi fundamental nessa virada. E militantes xiitas libaneses do Hezbollah, apoiados pelo Irã, lideraram a ofensivaroleta ao vivo brasileiraQusair.
Aliados a colegas militantes xiitas do Iraque - também organizada pelo Irã - eles estão defendendo o templo Sayyida Zeina, no lado sulroleta ao vivo brasileiraDamasco.
O Irã ainda está cumprindo um papel-chaveroleta ao vivo brasileiraconstruir a Defesa Nacional, uma milíciaroleta ao vivo brasileiramaioria alauíta que está aliviando a pressão sobre o Exército.
A resposta regionalroleta ao vivo brasileiraapoio ao governoroleta ao vivo brasileiraal-Assad, financiada pelo Irã, está sendo feita exclusivamente pela via xiita, provocando ultraje entre clérigos sunitas locais. Isso reforça a dimensão sectária do conflito e aumenta seu impacto corrosivo sobre toda a região.
Impasse mortal
A intervenção iraniana também levou a Arábia Saudita a tomar posiçãoroleta ao vivo brasileiraforma mais ativa, aumentando suprimentosroleta ao vivo brasileiraarmas aos rebeldes.
Enquanto Teerã parece ter assegurado Assadroleta ao vivo brasileiraque fará o necessário para evitar um colapso no regime, líderes no ocidente agora parecem dispostos a fazer o que for possível para impedir um fracasso rebelde.
Existe uma lógica nisso tudo.
Quase todo mundo (à exceção dos militantes islâmicos) concorda que um acordo político é a única maneiraroleta ao vivo brasileiraevitar um banhoroleta ao vivo brasileirasangue.
Então a palavraroleta ao vivo brasileiraordem é, restabeleçamos o equilíbrioroleta ao vivo brasileiranome da paz. E por que isso funcionaria, se não funcionou seis meses atrás?
Se "restabelecer o equilíbrio" significa criar equilíbrio - ou seja, um empate - por que o governo Assad iria a Genebra negociarroleta ao vivo brasileiraprópria derrota, quando está confianteroleta ao vivo brasileiraque pode sobreviver?
Muito mais provável é que, caso Damasco fique sob pressão, o Irã aumente seu apoio até onde necessário. Isso incluiria maior envolvimentoroleta ao vivo brasileiramilícias xiitas iraquianas e até da Guarda Revolucionária iraniana, que já está ativaroleta ao vivo brasileiramaneiras diferentes.
Tentativasroleta ao vivo brasileiraforçar uma vitória dos rebeldes - algo que os americanos e o Ocidente nunca quiseram, embora seus aliados no Golfo gostem da ideia - poderiam ter resultados cataclísmicos.
Igualmente, se o governo sírio quisesse realmente recuperar o controle sobre todo o país, teriaroleta ao vivo brasileiramobilizar muito mais apoio do Irã e outros aliados, ou correria o riscoroleta ao vivo brasileiraficar sobrecarregado.
Além disso, o regime sírio também bateriaroleta ao vivo brasileirafrente com o que parece ser uma determinação renovada, por parte do Ocidente,roleta ao vivo brasileiranão deixar os rebeldes fracassarem e o regime vencer, abrindo mais possibilidades para um dramático agravamento no conflito.
Tudo isso nos conduz a uma espécieroleta ao vivo brasileiraimpasse, porém com cada vez mais armas, violência, destruição e refugiados.
Mas impasse não quer dizer paralisia.
Separação à vista
O governo sírio tem mais condiçõesroleta ao vivo brasileirasobreviver a um períodoroleta ao vivo brasileiraequilíbrio estratégico do que a oposição.
A oposição está militarmente fragmentadaroleta ao vivo brasileiracentenasroleta ao vivo brasileiragrupos rivais, alguns agindo sem qualquer tiporoleta ao vivo brasileiracontrole. Sua liderança política é um caos completo, composta,roleta ao vivo brasileiragrande parte, por pessoasroleta ao vivo brasileirafora, com pouca ou nenhuma influência dentro do país.
Ciente desses problemas, e da infiltraçãoroleta ao vivo brasileiraextremistas islâmicos no camporoleta ao vivo brasileirabatalha, os aliados externos dos rebeldes hesitamroleta ao vivo brasileiraoferecer o tiporoleta ao vivo brasileiraapoio que Damasco receberoleta ao vivo brasileiraTeerã e Moscou.
A oposição também temroleta ao vivo brasileiralidar com as tendências separatistas das áreas curdas ao norte e com a presençaroleta ao vivo brasileiragrupos Salafi, vinculados à al-Qaeda, que efetivamente governam certas áreas, incluindo a única capitalroleta ao vivo brasileiraprovíncia "liberada" até agora - Raqqa, no nordeste do país.
Portanto, se houvesse uma divisão do território, as áreas controladas pelo governo seriam muito mais estáveis. Esse parece ser o cenário mais provável.
Alternativas
Apenas duas coisas poderiam salvar a Síria como Estado unificado: uma vitória completaroleta ao vivo brasileiraum dos lados ou um acordo político. Ambas as alternativas parecem pouco prováveis.
E à medida que a Síria se fragmenta, as interações entre as diversas partes do país e as regiões do outro lado da fronteira ameaçam rasgar os frágeis elos que mantêm inteiros o Líbano e o Iraque.
Assad concordou "em princípio" e sem ansiedade com a proposta da conferência Genebra 2. Mas são pequenas as chancesroleta ao vivo brasileiraque uma conferência como essa resulteroleta ao vivo brasileiraum acordo que devolva a unidade à Síria.
O consenso éroleta ao vivo brasileiraque deve haver uma transição - mas para quê?
O Ocidente insisteroleta ao vivo brasileiraum futuro sem Assad, mas parece reconhecer que o aparato militar eroleta ao vivo brasileirasegurança deve ficar intacto.
Já os russos rejeitam qualquer condição que predetermine o statusroleta ao vivo brasileiraAssad. E os iranianos já deixaram claro que não tolerarão interferências externas sobre seu aliado.
Com tantos temas enredados na trama desse conflito, é difícil imaginar como ele poderia ser acalmado sem algum tiporoleta ao vivo brasileiragrande novo entendimento entre Estados Unidos e Irã, envolvendo também Rússia, Israel e outros.
E as ramificaçõesroleta ao vivo brasileiraum "Novo Acordo" como esse - a questão nuclear iraniana, o conflito entre israelenses e palestinos - são tais que esperar que ele aconteça é pura fantasia.