Como a China gasta suas reservas bilionárias?:estrelabet bonus

AFP
Legenda da foto, China detém títulosestrelabet bonusdívidas americanas e europeias

O conteúdo das reservas é um segredoestrelabet bonusEstado, mas um relatório divulgado anos atrás no periódico China Securities Journal revelou que 65% delas consistemestrelabet bonusdólares, 26%estrelabet bonuseuros, 5%estrelabet bonuslibras e 3%estrelabet bonusienes.

A China é a maior detentoraestrelabet bonustítulos da dívida do governo americano, depois do Fed (banco central americano). Também tem títulos da dívidaestrelabet bonusgovernos europeus, mas não tantos títulosestrelabet bonuspaíses periféricos endividados - pelo menos não tantos quanto a zona do euro gostaria.

No pico da crise do euro, a moeda comum europeia subia a cada sinalestrelabet bonusque a China planejava comprar títulos europeus.

Você pode achar que ter um superavit comercial como o chinês seja uma boa notícia. Mas, segundo autoridades do banco central da China, a situação acabou causando um problema, por causa do câmbio fixo chinês.

Desafios

As reservas internacionais ajudam a proteger a moedaestrelabet bonusum paísestrelabet bonusataques, já que a vendaestrelabet bonusmoedas estrangeiras ajuda a sustentar o valor da moeda local. Os bancos centrais aprenderam essa lição após a crise financeira da Ásia,estrelabet bonus1997.

A China permite que o yuan flutue até 1% para mais ou menos, e as reservas ajudam nisso. Mas não está claro qual a quantidadeestrelabet bonusreservas que um país realmente precisa.

Não se trata apenas do temorestrelabet bonusque o dólar ou o euro se depreciem. A preocupação é tambémestrelabet bonusque as reservas contribuam para um excessoestrelabet bonusdinheiro na economia. Isso tem levado ao aumentoestrelabet bonuspreços, inclusiveestrelabet bonushabitação.

Coreia do Sul
Legenda da foto, A China almeja criar marcas globais, como a sul-coreana Samsung

Quando um banco central acumula reservas, ele imprime dinheiro (yuan) para comprar os dólares, euros, libras e ienes que acrescenta a essas reservas. Para impedir que isso gere inflação (imagine o que aconteceria se a China imprimisse US$ 3,4 trilhões àestrelabet bonuseconomia, que movimenta US$ 8 trilhões), o BC "esteriliza" suas ações tirando a quantidadeestrelabet bonusdinheiro equivalente da economia.

A China faz isso pagando juros ao dinheiro que bancos comerciais depositam no Banco Central, para incentivar os bancos a deixar seu dinheiro ali.

A esterilização tende a ser incompleta, já que os bancos buscam taxasestrelabet bonusremuneração maioresestrelabet bonusoutros investimentos,estrelabet bonusvezestrelabet bonusdeixar todo seu dinheiro no BC.

Além disso, há a preocupaçãoestrelabet bonusque o BC não esteja obtendo um grande retorno nessas reservas, já que os yields (taxasestrelabet bonusjuros)estrelabet bonustítulos das dívidas europeias e americanas são baixos.

Então, a China usa essas reservas para financiar investimentos no exterior. Pequim quer comprar ativos reais - como portos, recursos naturais, tecnologia e companhias financeiras.

Isso contribui para seu objetivoestrelabet bonuscriar multinacionais chinesas.

Políticaestrelabet bonusexpansão

Ter empresas competitivas globalmente poderia ajudar a China a aumentarestrelabet bonuscapacidade tecnológica eestrelabet bonusprodutividade, algo crucial para sustentar seu crescimento. A China gostariaestrelabet bonusseguir o exemploestrelabet bonusoutros que enriqueceram - como a Coreia do Sul ou Taiwan - e desenvolver marcas internacionais, como Samsung e HTC.

Essa era a meta quando Pequim lançouestrelabet bonuspolítica global,estrelabet bonus2000. O primeiro investimento comercial no exterior foiestrelabet bonus2003-04, na Europa, quando a empresa chinesa TCL comprou a marca francesa Thomson.

Desde então, seus investimentos estrangeiros aumentaram exponencialmente e atingiram níveis recordes, superando os internos - dado que geralmente indica que um país está chegando ao nívelestrelabet bonusdesenvolvimento econômico.

Faltaestrelabet bonustransparência quanto à origemestrelabet bonusrecursos chineses gera incômodos no exterior
Legenda da foto, Faltaestrelabet bonustransparência quanto à origemestrelabet bonusrecursos chineses gera incômodos no exterior

A maioria desses investimentos chineses tem ido para outras partes da Ásia, para a América Latina e a Europa.

Para investir no exterior, as empresas chinesas necessitamestrelabet bonusautorização oficial, já que o governo do país é o controladorestrelabet bonusmovimentosestrelabet bonuscapitais. Sendo assim, os investimentos chineses vão para onde a China tem interesseestrelabet bonuscrescer - não apenas recursos naturais, mas também tecnologia e serviços com valor agregado. É por isso que os países que mais recebem esses investimentos (com exceçãoestrelabet bonusHong Kong e Ilhas Cayman) são Austrália, Cingapura e EUA.

Política

No entanto, o capital chinês nem sempre é bem recebido. Investimentosestrelabet bonusorigem estatal podem gerar desavenças políticas, como já ocorreu nos EUA e na Austrália.

E empresas privadas chinesas têm dificuldadesestrelabet bonusoperar, por conta da faltaestrelabet bonustransparência quanto ao que é privado e o que é ordenado pelo Estado. Isso indica uma necessidadeestrelabet bonusreformas na China, para deixar claras as fontesestrelabet bonusfinanciamentoestrelabet bonusseus negócios internacionais e a real posseestrelabet bonusempresas chinesas.

Ao mesmo tempo, a China não deve continuar tendo os grandes superavit comerciais do passado.

Em 2012, o superavit caiu para menosestrelabet bonus3% do PIB - chegara a 10% antes da criseestrelabet bonus2008. Os chineses não estão exportando tanto por conta da menor demanda externa, então é improvável que acumulem tantas reservas quanto antes.

Isso também significa que será mais importante que os investimentos chineses no exterior sejam bem vistos, já que a China dependerá maisestrelabet bonusmultinacionais produtivas e competitivas para continuar crescendo. E essas empresas precisarão cada vez mais se financiarestrelabet bonusmaneira competitiva.

Certamente veremos mais empresas chinesas disputando terreno global. Seu sucesso será importante não apenas para as próprias empresas, mas para o próprio futuro da China.