Rodascomo nunca perder nas apostas esportivasbebês rejeitados ressurgem na Europa:como nunca perder nas apostas esportivas
A prática, entretanto, continua sendo duramente criticada pela ONU, uma vez que violaria os direitos das crianças.
Em Berlim, por exemplo, uma placa localizada ao finalcomo nunca perder nas apostas esportivasuma ruacomo nunca perder nas apostas esportivasum bairro tranquilo chama atençãocomo nunca perder nas apostas esportivasmoradores e visitantes, apontando para um caminho entre as árvores.
Na placa, lê-se a seguinte mensagem "Babywiege" (berço).
No final deste caminho, há uma escotilhacomo nunca perder nas apostas esportivasaço com uma alça. Dentro dela, uma espéciecomo nunca perder nas apostas esportivasberço, com cobertores para acomodar o recém-nascido, possivelmente indesejado pela família.
O local é seguro e a temperatura ideal para um bebê. Há também uma carta deixada pelos responsáveis pela instalação do berço, caso o depositante se arrependacomo nunca perder nas apostas esportivassua decisão e queira a criançacomo nunca perder nas apostas esportivasvolta.
Duas vezes por ano, alguém - possivelmente uma mulher - percorre tal trajeto até os fundos do Hospital Walfriede.
Para fontes ligadas ao tema, trata-se, normalmente,como nunca perder nas apostas esportivasum caminho sem volta. A criança indesejada crescerá sem nunca conhecer a mãe.
O processo é anônimo, ou seja, não se conhece a identidade do depositante, por mais que tal prática seja mais comum entre as mães.
Mas é justamente este argumento - ocomo nunca perder nas apostas esportivasconfidencialidade - que é criticado por quem condena a iniciativa.
Crítica
Críticos afirmam que a roda pode ser usada por pais inescrupulosos ou até cafetões para pressionar as mães a abandonar seus bebês.
"Estudos na Hungria mostram que não são necessariamente as mães que depositam seus filhos nessas caixas, mas, por outro lado, parentes, cafetões, padrastos e até mesmo os pais biológicos", dissecomo nunca perder nas apostas esportivasentrevista à BBC Kevin Browne, da Universidadecomo nunca perder nas apostas esportivasNottingham.
"Como o processo é realizado no anonimato e não inclui qualquer aconselhamento psicológico à mãe, cria um precedente perigoso tanto para a mulher como para a criança", acrescentou.
Para o estudioso, ao facilitar o processocomo nunca perder nas apostas esportivasabandonocomo nunca perder nas apostas esportivasum bebê, as mães ficam menos suscetíveis a receber a ajuda necessáriacomo nunca perder nas apostas esportivasuma situaçãocomo nunca perder nas apostas esportivasgrande trauma emocional e, até mesmo,como nunca perder nas apostas esportivasrisco paracomo nunca perder nas apostas esportivassaúde.
Não há consenso, contudo, sobre o argumento levantado por Browne. Partidários da medida afirmam que estão oferecendo a mães desesperadas uma maneira seguracomo nunca perder nas apostas esportivasabandonar filhos indesejados.
Recentemente, uma mãe alemã foi condenada por atirar seu filho recém-nascido da janela do quinto andarcomo nunca perder nas apostas esportivasum edifício.
Crescimento
Situações como essa impulsionaram a prática da "roda" moderna na Europa Central e Oriental, desde os países bálticos, passando por Alemanha, Áustria, Polônia, Hungria, República Tcheca até a Romênia.
A leicomo nunca perder nas apostas esportivasalguns desses países encoraja o sistema. Na Hungria, por exemplo, a legislação foi alterada para permitir que a iniciativa fosse considerada legal, nos mesmos padrões da adoção, enquanto que o abandonocomo nunca perder nas apostas esportivasum recém-nascido continua sendo considerado crime.
Kevin Browne, da Universidadecomo nunca perder nas apostas esportivasNothingham, acredita que a tendênciacomo nunca perder nas apostas esportivascrescimento é maiorcomo nunca perder nas apostas esportivaspaíses com passado comunista ou majoritariamente católicos, onde o estigma da mãe solteira ainda é muito forte.
Para Gabriele Stangl, do Hospital Waldfriedecomo nunca perder nas apostas esportivasBerlim, que recebe dezenascomo nunca perder nas apostas esportivasrecém-nascidos por ano, a prática moderna da "roda" salva vidas, e, diferentemente do que pensa Browne, também aumenta os direitos das crianças.
Segundo ela, o sistema conta com todas as facilidadescomo nunca perder nas apostas esportivasuma maternidade comum. Uma vez que o bebê é depositado no berço improvisado, um alarme soa e uma equipecomo nunca perder nas apostas esportivasmédicos chega para checar o estadocomo nunca perder nas apostas esportivassaúde do recém-nascido.
A criança, então, é tratada no hospital e nutrida até ser encaminhada ao sistema legalcomo nunca perder nas apostas esportivasadoção. Neste período inicial, as mães têm o direitocomo nunca perder nas apostas esportivasbuscaremcomo nunca perder nas apostas esportivasvolta seus filhos caso se arrependam. Porém, uma vez feita a adoção, não há mais recurso.
Arrependimento
Não são raros os casos das mães que decidem voltar atrás emcomo nunca perder nas apostas esportivasdecisão. Uma delas contou à BBC que, como engravidou muito jovem e não tinha o apoio do pai da criança, ficoucomo nunca perder nas apostas esportivasestadocomo nunca perder nas apostas esportivaschoque após o nascimento e decidiu colocar o filho na "roda". Ela, entretanto, se arrependeu uma semana depois.
Em uma única "roda"como nunca perder nas apostas esportivasHamburgo, no norte da Alemanha, 42 bebês foram abandonados na última década. Desse montante, 17 mães contataram os organizadores e 14 buscaramcomo nunca perder nas apostas esportivasvolta seus filhos.
"Em 1999, cinco bebês foram abandonados na cidade e três deles morreram", disse Steffanie Wolpert, uma das fundadoras do sistemacomo nunca perder nas apostas esportivasHamburgo. "Então, nós pensamoscomo nunca perder nas apostas esportivasum jeitocomo nunca perder nas apostas esportivascontornar essa situação e permitir a sobrevivência dessas crianças", acrescentou.
Mas os críticos, como o Comitê das Nações Unidas para os Direitos das Crianças, não estão convencidos dos benefícios do sistema. Eles alegam que a iniciativa é um retrocesso às práticas medievais.
Segundo Maria Herczog, uma psicóloga infantil que integra o comitê, uma alternativa mais eficiente à "roda" moderna seria entender e ajudar as mãescomo nunca perder nas apostas esportivascircunstâncias difíceis.
"Essa prática envia uma mensagem errada às mulherescomo nunca perder nas apostas esportivasque têm o direitocomo nunca perder nas apostas esportivascontinuar escondendo a gravidez, dando a luzcomo nunca perder nas apostas esportivascircunstâncias pouco conhecidas e abandonando seus bebês", disse Herczog.