Vídeos da CIA mostrariam suspeito 'vomitando'grupo pixbetinterrogatório controverso:grupo pixbet
- Author, Peter Taylor
- Role, BBC Newsnight
grupo pixbet Fitas secretasgrupo pixbetvídeo da CIA mostram um suposto membro da Al-Qaeda, Abu Zubaydah, vomitando e gritando enquanto é submetido a sessõesgrupo pixbetinterrogatório com simulaçãogrupo pixbetafogamento (waterboarding,grupo pixbetinglês), segundo informações obtidas pela BBC.
As fitas foram destruídas pelo chefe do Centrogrupo pixbetContraterrorismo da CIA, Jose Rodriguez.
Em entrevista exclusiva para o programa da BBC Newsnight, Rodriguez defendeu a destruição das fitas e negou que a simulaçãogrupo pixbetafogamento e outras técnicasgrupo pixbetinterrogatório fossem "tortura".
Acredita-se que as fitas da CIA venham a exercer um papelgrupo pixbetpeso no julgamentogrupo pixbetKhalid Sheikh Mohammed, outro membro da Al-Qaeda e suposto mentor dos ataquesgrupo pixbet11grupo pixbetSetembro nos Estados Unidos, que está sendo realizadogrupo pixbetum tribunal militar na prisão militargrupo pixbetGuantánamo.
Quando Mohammed compareceu perante o tribunal no último sábado, ele se recusou a colocar os fonesgrupo pixbetouvido que lhe permitiriam ouvir o tradutor.
Seu advogado civil, David Nevin, disse que ele não os usariagrupo pixbetrepresália à "tortura" que sofreu durante seu interrogatório.
A técnicagrupo pixbetsimulaçãogrupo pixbetafogamento foi praticada no interrogatóriogrupo pixbetao menos três suspeitos da Al-Qaeda
Os interrogatórios foram feitos nos "buracos negros", locais secretos usados como prisões ielgais pela CIA,grupo pixbetdiversos países. Mohammed teria sido privadogrupo pixbetsono por maisgrupo pixbetuma semana, permanecido nu ou vestindo apenas uma fralda, e sido afogado 183 vezes, segundogrupo pixbetdefesa.
A CIA e o Departamentogrupo pixbetJustiça dos EUA, que autorizou o programa secretogrupo pixbetinterrogatórios após os ataquesgrupo pixbet11grupo pixbetsetembro, eufemisticamente classificaram o conteúdo das fitas como "técnicas avançadasgrupo pixbetinterrogatório".
Tortura
A maioria das pessoas provavelmente as chamariagrupo pixbet"tortura", mas José Rodriguez contestou este termo.
Ele escreveu um livro, Hard Measures (algo como Medidas Duras) no qual defende o usogrupo pixbettais técnicas, e me disse não há dúvidagrupo pixbetque elas são eficazes.
"Khalid Sheikh Mohammed foi provavelmente o mais difícil prisioneiro que já tivemos e ele resistiria até o fimgrupo pixbetsuas forças", disse Rodriguez ao BBC Newsnight.
No afogamento simulado, o detido é despido e amarradogrupo pixbetuma placa na posição horizontal, com os pés mais elevados que a cabeça.
A água é então gotejada sobre um pano cobrindo o nariz e a boca o que faz o detento engasgar e parar temporariamente a respiração.
"Não é uma visão bonita quando você a está aplicandogrupo pixbetalguém, vamos ser honestos", disse Rodriguez.
A CIA disse que a técnica foi usadagrupo pixbetapenas três "alvosgrupo pixbetalto valor".
As outras duas vítimas desse tipogrupo pixbettortura foram Abd al-Rahim al-Nashiri, o suposto arquiteto do ataque no ano 2.000 ao naviogrupo pixbetguerra americano USS Cole (que provocou a mortegrupo pixbet17 pessoas) e Abu Zubaydah, suposto agentegrupo pixbetBin Laden. Al-Nashiri teria sido afogado duas vezes e Zubaydah 83.
A simulaçãogrupo pixbetafogamentogrupo pixbetZubaydah se tornou o centro da polêmica desencadeada por uma investigação da BBC.
A CIA registrou os interrogatóriosgrupo pixbetZubaydah e osgrupo pixbetoutros presosgrupo pixbet92 fitasgrupo pixbetvídeo.
Em 12 delas são aplicadas as "técnicas avançadasgrupo pixbetinterrogatório", incluindo a simulaçãogrupo pixbetafogamento.
Em um ou mais desses registros, Zubaydah é mostrado vomitando e gritando.
John Rizzo, alto conselheiro legal da CIA, supervisionou a legalização das técnicasgrupo pixbetuma trocagrupo pixbetmemorandos com o Departamentogrupo pixbetJustiça. Ele queria ter certezagrupo pixbetque o que acontecia nos "buracos negros" estavagrupo pixbetacordo com o que tinha sido legalmente acordado.
Porém, ele não sabia que a simulaçãogrupo pixbetafogamento seria usada muitas vezes. Rizzo então enviou umgrupo pixbetseus colegas mais experientes para um dos buracos negros, acredita-se que na Tailândia, para investigar.
O colega viu todas as 92 horasgrupo pixbetvídeo e concluiu que as técnicas estavam sendo legalmente aplicadas, mas ele afirmou ter se sentido desconfortável com o que viu.
"Ele (Rizzo) disse que partes da fita, particularmente aquelasgrupo pixbetZubaydah sendo afogado, eram extraordinariamente difíceisgrupo pixbetassistir", disse.
"Ele (Zubaydah) estava visivelmente reagindogrupo pixbetforma muito preocupante. Estava passando por algumas dificuldades físicas, eu vou deixar por isso mesmo ... ‘durogrupo pixbetassistirgrupo pixbetalgumas partes’ foi o termo que ele (Rizzo) usou."
Decisão
Rodriguez negou ter visto as fitas e disse não estar cientegrupo pixbetque as imagens mostram Zubaydah vomitando e gritando.
"Eu não seigrupo pixbetonde você tirou isso tudo", disse ele. "Eu não sei nada sobre gritar e vomitar, digo apenas que não era uma visão bonita."
Rodriguez sabia que as fitas eram potencialmente explosivas e queria destruí-las. Ele esperou por três anos, cada vez mais preocupado com a aparente má vontadegrupo pixbetqualquer umgrupo pixbetesfera mais altagrupo pixbetassumir responsabilidade pela destruição.
Então, quando a notícia dos buracos negros da CIA vazou, a paciênciagrupo pixbetRodriguez se esgotou.
Acreditando ter autoridade para fazê-lo, ordenou que as 92 fitas fossem destruídasgrupo pixbetum triturador industrial.
"Nossos advogados disseram que era legal", disse ele.
Mas Rizzo não gostou da decisão. Afirmou que, junto com dois diretores da CIA, deixou claro para Rodriguez que ele não tinha autoridade para tomar a decisãogrupo pixbetdestruir as fitas. Ou seja, para Rizzo, Rodriguez desobedeceu ordens.
Proteção
Mas Rodriguez está convencidogrupo pixbetque agiugrupo pixbetforma legal e diz quegrupo pixbetmotivaçãogrupo pixbetordenar a destruição era proteger as identidades dos interrogadores da CIA para que estes não sofressem represálias.
Havia, no entanto, mais do que isso. Três dias depoisgrupo pixbetas fitas terem sido destruídas, um memorando da CIA, divulgado sob o Atogrupo pixbetLiberdadegrupo pixbetInformação, trouxe os comentáriosgrupo pixbetRodriguez:
"O calorgrupo pixbetdestruir as fitas não é nada comparado ao que aconteceria se as fitas entrassemgrupo pixbetdomínio público (...) fora do contexto elas nos faria parecer terríveis - que seria devastador para nós. Todos na sala concordaram", afirma Rodrigues no memorando.
"Eu disse que sim. Se você está praticando a simulaçãogrupo pixbetafogamentogrupo pixbetalguém e esta pessoa está nua, é claro que era uma preocupação minha", disse ele ao Newsnight.
Apesargrupo pixbettodas as controvérsiasgrupo pixbettorno dos buracos negros da CIA e do seu programagrupo pixbetinterrogatório, Rodriguez disse estar satisfeito por tudo o que fez.
"Tive a honragrupo pixbetservir ao meu país depois dos atentadosgrupo pixbet11grupo pixbetsetembro. Tenho orgulho das decisões que tomei, incluindo a destruição das fitas para proteger as pessoas que trabalharam para mim. Eu não tenho arrependimentos."
Sem dúvida, os advogadosgrupo pixbetdefesa no julgamentogrupo pixbetKhalid Sheikh Mohammed vão tentar obter acesso aos registros escritos que existem do que estava nas fitas e questionar os advogados da CIA que os viram.
Mas sob as regras do tribunal militar que restringem qualquer discussão sobre a tortura, eles não devem ter muito sucesso nessa questão.