Nós atualizamos nossa Políticaaposta gaPrivacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termosaposta ganossa Políticaaposta gaPrivacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
Inflação da ganância: como algumas empresas usam altasaposta gapreços para gerar lucros excessivos:aposta ga
A gigante do petróleo defendeu-se, explicando que, nos últimos cinco anos, investiu a nível mundial o dobro dos seus lucros.
"Nós investimos durante a recessão para aumentar a capacidadeaposta garefino nos Estados Unidos, mesmo durante a pandemia, quando registramos prejuízosaposta gamaisaposta gaUS$ 20 bilhões [cercaaposta gaR$ 104 bilhões]", segundo a empresa.
Mas não foram só a gasolina e o gás. Os alimentos, grande parte dos serviços e uma longa listaaposta gamatérias-primas industriais ficaram muito mais caros.
Por isso, começou-se a questionar se as empresas estariam aproveitando o ambiente econômico e a inflação para aumentar seus preços e colher lucros mais elevadosaposta gaum contextoaposta gadesaceleração econômica. E, sobretudo,aposta gaque forma os aumentosaposta gapreços estão também elevando o custoaposta gavida.
Dados reveladosaposta gamarço indicam que, nos Estados Unidos, os lucros das empresas foram mais altosaposta ga2021 queaposta gaqualquer outro ano desde a décadaaposta ga1950.
"Infelizmente, existem setores que aumentaram seu poderaposta gafixaçãoaposta gapreços e margensaposta galucro, superando o argumentoaposta gaque a inflação era transitória", segundo Paul Donovan, economista-chefe do UBS Global Wealth Management.
Nos Estados Unidos, este fenômeno recebeu o nomeaposta ga"greedflation" - a inflação da ganância. Significa a ampliação das margensaposta galucros com aumentosaposta gapreços desnecessários e enganosos.
Os usuários da expressão acusam as empresasaposta gaterem se tornado muito avarentas, praticando aumentos exorbitantesaposta gapreços. Mas há quem não estejaaposta gaacordo e acredite que a expressão tenha sido politizada para culpar os grandes conglomerados pela inflação.
Os culpados
"As empresas passaram a ser um conveniente bode expiatório para a inflação", segundo Tsai Wan-Tsai, professoraposta gamarketing do Penn Wharton China Centeraposta gaPequim, na China.
Ele acredita que os conglomerados empresariais estão reagindo adequadamente às pressões inflacionárias fora do seu controle. E menciona como culpados a guerra na Ucrânia, o aumento dos preços do petróleo, os problemasaposta galogística e cadeiasaposta gafornecimento e as mudançasaposta gapadrõesaposta gaconsumo durante a pandemia.
"Os políticos sempre encontram um culpado pelos males econômicos que surgem na formaaposta gainflação", concorda David Fernández, professoraposta gaeconomia da Universidade Francisco Marroquín, na Guatemala.
Parece haver consenso entre os economistas consultados pela BBCaposta gaque, por trás deste fenômeno, existe um aumento dos monopólios e do seu poderaposta gafixar os preços.
'Desculpa'
"Os preços estão subindo porque as empresas têm o poderaposta gaaumentá-los", escreve no seu blog o ex-secretárioaposta gaTrabalho dos Estados Unidos, Robert Reich, e professoraposta gapolíticas públicas da Universidade da Califórniaaposta gaBerkeley, nos Estados Unidos.
Para ele, "estão usando a inflação como desculpa" para que seus lucros sejam "os mais altos possíveis". Para o economista, os trabalhadores estão sendo castigados pela inflação e o verdadeiro culpado é a avareza empresarial.
Reich menciona como exemplo o anúncio da Procter & Gamble,aposta gaque começaria a cobrar mais pelos produtos básicosaposta gaconsumo, ao mesmo tempoaposta gaque a empresa registra enorme rentabilidade. Como justificativa, a multinacional mencionou "o aumento dos custos das matérias-primas, como a resina e a polpa, e os maiores gastosaposta gatransporte das mercadorias".
"Cinquenta por cento do aumento recente dos preços dos alimentos provêmaposta gaprodutosaposta gacarne: carneaposta gaboi, porco e aves. Apenas quatro grandes conglomerados controlam a maior parte do processamentoaposta gacarne nos Estados Unidos", prossegue o economista.
Segundo ele, essas empresas "estão aumentando seus preçosaposta gaforma coordenada, mesmo quando atingem recordesaposta galucros. Aqui, novamente, estão usando a inflação como desculpa."
Energia e saúde
Para o pesquisador sobre desigualdade Brian Wakamo, do Institutoaposta gaEstudos Políticos, com sede nos Estados Unidos, o que acontece no setoraposta gapetróleo e gás é o exemplo mais notório da inflação da ganância.
Wakamo declarou à BBC News Mundo - o serviçoaposta gaespanhol da BBC - que "empresas como a BP podem ter precisado mudar a produção da Rússia para outro país com custosaposta gaprodução mais altos, ou podem ter custos mais altosaposta gatransporte dos seus produtos, mas o dinheiro que vêm cobrando pelos seus produtos é significativamente mais alto que o necessário".
Wakamo também menciona a indústria da saúde, que, "especialmente nos Estados Unidos, cobra preços ao consumidor muito mais altos que o custo dos medicamentos ou dos procedimentos propriamente ditos".
"Como vimos ao longo da pandemia, as empresas aproveitaram todas as oportunidades para preservar seus ganhos. Elas usaram empréstimos e subvenções do governo e demitiram funcionários, entre outras medidas, para manter os lucros. A riqueza dos executivos também disparou", afirma Wakamo.
Faltaaposta gaconcorrência
Para muitos economistas, o que há por trás da inflação é o processoaposta gaconcentração geradoaposta gaconsequência da pandemia.
Durante 2020 e 2021, empresasaposta gatodos os setores fecharam ou ficaramaposta gasituação muito ruim e foram vendidas. "Esta concentração levou a uma redução da oferta e, portanto, a um aumentoaposta gapreços", segundo David Fernández.
Podemos ver esta situação, segundo ele, no setor aéreo. Nos Estados Unidos e na Europa, foram formados conglomerados importantes, como o grupo Lufthansa, o grupo International Airlines e a Delta, que integram diversas linhas aéreas ou compraram os concorrentes.
Wakamo e Reich concordam que, por trás deste fenômeno, estão os monopólios.
"Os monopólios corporativos alimentaram a inflação por muito tempo", afirma Wakamo. "A existênciaaposta gamenos opções no mercado para a compraaposta gaum produto ou serviço permite que a empresa que é o seu principal produtor determine os seus preços."
"E, quando são uma ou duas empresas que controlam os preços, elas podem aumentar o custo conforme quiserem. Vimos issoaposta gamuitos setores da economia global", acrescenta ele.
Para Reich, "o problema latente não é a inflação. É a faltaaposta gaconcorrência." O ex-secretário norte-americano do Trabalho recorda que, desde a décadaaposta ga1980, aumentou a concentraçãoaposta gadois terçosaposta gatodas as indústrias dos Estados Unidos.
"A Monsanto agora estabelece os preços da maior parte das sementesaposta gamilho dos Estados Unidos. Wall Street foi consolidadaaposta gacinco bancos gigantescos", afirma ele.
Reich acrescenta: "as linhas aéreas se fundiram - eram 12aposta ga1980 e, atualmente, são 4. Três companhias gigantesaposta gacabos dominam a banda larga: Comcast, AT&T e Verizon. Um punhadoaposta gacompanhias controla a indústria farmacêutica: Pfizer, Eli Lilly, Johnson & Johnson, Bristol-Myers Squibb e Merck."
E, como a maioria destes gigantes está presenteaposta gamercadosaposta gatodo o mundo, o problema não se restringe ao território dos Estados Unidos.
E também os diretores
Outra parcela das pessoas que apoiam a teoria da inflação da ganância indica os salários dos executivos como uma amostra da avareza empresarial.
Um relatório da Federação Norte-Americana do Trabalho e do Congressoaposta gaOrganizações Industriais (AFL-CIO, na siglaaposta gainglês), publicadoaposta gajulhoaposta ga2022, revelou que os CEOs (diretores-executivos) das 500 empresas que compõem o índice S&P 500 tiveram seus salários aumentadosaposta ga18,2%aposta ga2021. Vale lembrar que a inflação nos Estados Unidos, na época, eraaposta ga7,1% e o salário dos trabalhadores aumentouaposta ga4,7%.
O relatório revela que os diretores gerais das empresas do índice S&P 500 tiveram rendimento médioaposta gaUS$ 18,3 milhões (cercaaposta gaR$ 95,2 milhões) naquele ano, que representa 324 vezes mais que a remuneração média dos trabalhadores.
"Em vezaposta gainvestir no seu pessoal, aumentando os salários e mantendo sob controle os preços dos bens e serviços,aposta gaestratégia consisteaposta gaoferecer um recordeaposta galucros graças ao aumentoaposta gapreços, provocando uma recessão que deixará muitos trabalhadoresaposta gasituaçãoaposta gadesemprego", afirma o secretário da AFL-CIO, Fred Redmond.
Altos lucros, baixos salários
"Os lucros das empresas e os salários dos executivos estão atualmente nas nuvens, enquanto os salários da maioria dos trabalhadores norte-americanos mantêm-se baixos e inalterados nas últimas décadas", segundo Redmond.
A entidade afirma que a economia atualaposta gaaltos lucros e baixos salários,aposta gaparte, é resultadoaposta garegras e políticas que formam a tomadaaposta gadecisões corporativas.
"Essas regras permitiram que os diretores executivos, acionistas e executivos retirassem cada vez mais lucros das empresas norte-americanas, às custas dos trabalhadores, do investimento empresarial e do crescimento econômicoaposta galongo prazo", explica Redmond.
- Este texto foi publicado originalmenteaposta gawww.bbc.comhttp://vesser.net/internacional-62839025
aposta ga Sabia que a BBC está também no Telegram? Inscreva-se no canal aposta ga .
aposta ga Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube aposta ga ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosaposta gaautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaaposta gausoaposta gacookies e os termosaposta gaprivacidade do Google YouTube antesaposta gaconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueaposta ga"aceitar e continuar".
Finalaposta gaYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosaposta gaautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaaposta gausoaposta gacookies e os termosaposta gaprivacidade do Google YouTube antesaposta gaconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueaposta ga"aceitar e continuar".
Finalaposta gaYouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosaposta gaautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaaposta gausoaposta gacookies e os termosaposta gaprivacidade do Google YouTube antesaposta gaconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueaposta ga"aceitar e continuar".
Finalaposta gaYouTube post, 3
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível