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Guerra na Ucrânia: 6 gráficos mostram impacto devastador6 mesesconflito:
No Dia da Independência da Ucrânia e sem um fim à vista para a guerra, analisamos seu impacto atravésseis gráficos, seis meses depois - desde o avanço russo até o númeropessoas mortas e deslocadas.
1. A Ucrânia antes da invasão
Antes da invasão, separatistas apoiados pela Rússia detinham uma quantidade significativaterritórioDonbas, no leste da Ucrânia.
Em 21fevereiro, o presidente russo Putin anunciou que estava reconhecendo a independênciaduas regiões separatistas - a autoproclamada República PopularDonetsk e a República PopularLuhansk.
Foi uma medida condenada pela Ucrânia, pela Otan e por países ocidentais - e mais tarde permitiu que Putin enviasse tropas para a Ucrânia.
A essa altura, a Rússia já havia anexado a Crimeia2014, embora a maioria dos países ainda reconhecesse a península como parte da Ucrânia.
2. A Ucrânia seis meses depois
Seis meses após a invasão, é possível ver o avanço da Rússia, ganhando terreno no leste.
Mas Moscou foi forçada a sairenormes extensõesterra pertoKiev eoutras grandes cidades ucranianas no norte, tomadas nos primeiros dias da guerra.
As forças russas agora controlam toda a regiãoLuhansk e continuam a fazer pequenos avanços na regiãoDonetsk.
A cidadeCarcóvia (ou Kharkiv) está sob forte bombardeio há meses.
A saída das tropas ucranianas da siderúrgica AzovstalMariupolmaio, após um longo e sangrento cerco, deu à Rússia uma ponte terrestre para a Crimeia e controle total do MarAzov, incluindo a tomadatoda a costa sudeste da Ucrânia.
A Rússia ainda tem o controle militar da Crimeia, emboraagosto tenha sido atacada, com explosões sentidas perto da base aéreaBelbek, nos arredoresSebastopol, que foi usada para ataques contra a Ucrânia.
No sul, Kherson foi a primeira cidade na Ucrânia a ser tomada pelas forças russas após a invasão, mas a Ucrânia está tentando recuperar território usando nova artilharialongo alcance para atingir pontes sobre o rio Dnipro.
3. Númeromortes
Registrar o númeropessoas mortasum conflito é complicado.
Análise da BBC Newsdados do Armed Conflict Location and Event Data Project (Acled) - um grupo sem fins lucrativos com sede nos EUA que registra a violência política - coloca o númeromortes desde o início da guerra até 10agostomais13 mil.
Mas especialistas dizem que o número totalmortes registradas provavelmente está fortemente subestimado.
Ucrânia e Rússia afirmam que o número chega a dezenasmilhares - mas suas alegações não coincidem e não podem ser verificadas independentemente.
A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que não considera confiáveis os números divulgados pelos envolvidos no conflito.
4. Númeropessoas refugiadas
Pelo menos 12 milhõespessoas fugiramsuas casas desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, diz a ONU.
Maiscinco milhões partiram para os países vizinhos, enquanto sete milhõespessoas ainda são consideradas como deslocadas dentro da própria Ucrânia.
No entanto, centenasmilharesrefugiados retornaram ao seu paísorigem - especialmente para cidades como Kiev.
Estima-se que mais6,4 milhõesrefugiados fugiram da Ucrânia para a Europa desde o início da invasão até 17agosto, segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
Alguns ucranianos viajaram para a Rússia, das regiõesLuhansk e Donetsk. O presidente Putin disse que suas forças evacuaram 140.000 civisMariupol e insistiu que nenhum deles foi forçado a ir para a Rússia. No entanto, gruposvoluntários dizem que ajudaram milharesucranianos a deixar a Rússia.
Muitos refugiados deixaram a Ucrânia para ir para Polônia ou Alemanha.
5. Os danos causados
Seis meses depois, os danos físicos da guerra na Ucrânia são visíveis.
Onde antes ficavam as casas das pessoas e os grandes edifícios, estão apenas restosdestroçosblocosapartamentos inteiros explodidos.
A perda estimadamoradias durante a guerra,8junho, eraUS$ 39 bilhões,acordo com a Kyiv School of Economics.
A equipe calcula um totalUS$ 104 bilhões (maisR$ 500 bi)perdasinfraestrutura causadas durante a guerra, e esse número deve aumentar.
6. O impacto global na alimentação
A guerra contribuiu para uma crise alimentar global. Muitos países dependem das exportaçõestrigo da Ucrânia, mas a Rússia está bloqueando os portos ucranianos desde fevereiro.
Seis meses depois, foi acordado um acordo que permite à Ucrânia retomar suas exportações. Sob os termos do acordo, a Rússia concordounão atacar portos enquanto os carregamentos estiveremtrânsito e a Ucrânia concordou que suas embarcações navais guiarão navioscarga.
Vários navios que transportam grãos deixaram os portos ucranianos do Mar Negro, mas os críticos estão preocupados que muitos não consigam obter o seguro necessário para retornar.
A ONU e a Turquia ajudaram a intermediar o acordo - um dos poucos avanços diplomáticos nesta guerra até agora.
Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, que esteve pessoalmente envolvido nas negociações, pediu a todos os lados que continuem trabalhando "de boa fé" para que o acordo se mantenha.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, disse que o acordogrãos pode formar a base para as negociaçõespaz entre a Ucrânia e a Rússia. Mas poucos compartilham o entusiasmo. O presidente Zelensky disse que as negociações só podem começar depois que a Rússia deixar o território que invadiu.
- Este texto foi publicado originalmentehttp://vesser.net/internacional-62657362
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