Guerra na Ucrânia: criançasbets 159Mariupol tomaram águabets 159poças para sobreviver:bets 159
"Tínhamos uma pequena tigela [de sopa] para três crianças uma vez por dia", explica Yuliia. "E um copobets 159água para três crianças se limparem."
Depois quebets 159casa foi destruída por bombas russas, Yuliia e suas filhas —bets 15911, seis e três anos — tiveram que buscar refúgiobets 159um porão comunitário que oferecia algum abrigo, mas ela mal tinha comida para alimentar as crianças.
"As crianças pediam comida, por isso ela passou a alimentá-las na horabets 159ir para cama, para que elas pudessem se sentir cheias antesbets 159dormir", conta Nataliiabets 159sua casa no norte do Paísbets 159Gales.
"Quando começou a chover, primeiro elas beberam água da poça. Em seguida, acharam algumas panelas para encherbets 159água."
'Não havia nada'
Yuliia acabou tendo que deixar suas filhas sozinhas no abrigo enquanto ia buscar água fresca.
"Havia um poço a três quilômetrosbets 159distância. Tive que correr para lá sob tiros, sob bombas", lembra Yuliia ao relatar seu dia a diabets 159vídeo para o programa BBC Wales Investigates, da BBC.
E quando a filha do meio ficou doente, não havia remédios.
"Eu tinha dinheiro, mas não podia comprar nada porque não havia nadabets 159lugar nenhum, tudo estava quebrado, tudo foi saqueado e destruído", diz ela.
Yuliia e Nataliia são amigas próximas desde a escola e sempre mantiveram contato — até que a guerra estourou na Ucrâniabets 159fevereiro.
Por dias, às vezes semanas, não era seguro para Yuliia mandar uma mensagem ou ligar parabets 159amiga a 3,2 mil quilômetrosbets 159distância.
Nataliia teve que se contentar com as atualizações intermitentes dos relatos diáriosbets 159vídeobets 159Yuliia e das meninas do bunker subterrâneo, enquanto seu marido lutava contra os russos na linhabets 159frente.
Nataliia conseguiu tirarbets 159mãe e seu padrasto do leste da Ucrânia quando a situação começou a piorar, e Liudmyla e Sasha agora moram com ela, o marido Dewi, Julia,bets 159quatro anos, e Jacob,bets 159um,bets 159Caernarfon, no Paísbets 159Gales.
Agora, a contadorabets 15932 anos está fazendo tudo o que pode para ajudarbets 159amiga, Yuliia, e a família dela a se tornarem refugiados ucranianos no Reino Unido.
Yuliia e suas filhas estão entre os 11 milhõesbets 159ucranianos forçados a fugirbets 159suas casas — semanas antes do início da evacuaçãobets 159Mariupol liderada pelas Nações Unidas.
A cidade é estragicamente importante pois a partir dela os russos conseguem controlar toda a porção leste da costa da Ucrânia.
Mariupol, sitiada desde o iníciobets 159março, está agora principalmente sob o comando das forças russas — embora várias centenasbets 159soldados ucranianos permaneçam na fábrica metalúrgica Azovstal, no sul da cidade.
As forças russas bloquearam o extenso complexo industrial e continuam seu bombardeio aéreo, mas nenhuma tentativa foi feita ainda para retirar as tropas ucranianasbets 159uma redebets 159túneis sob a fábrica.
A Rússia foi acusadabets 159crimesbets 159guerra por seu intenso bombardeio da cidade. Segundo o prefeito local, pelo menos 20 mil civis foram mortos. Maisbets 159100 mil pessoas permanecem presas ali.
De trem e depoisbets 159micro-ônibus, Yuliia seguiu rumo à Polônia com as três filhas, sem saber quando veria o marido novamente, ou se poderia se juntar a Nataliia e a família dela no Paísbets 159Gales.
Mas são as cenas da guerra que estão mais afetando Yuliia.
"Ela viu pessoasbets 159Mariupol sendo mortas por mísseis e que não tinham mãos, nem pernas, cujos corpos foram destruídos", diz Nataliia.
"Adoraria que Yuliia estivesse conosco aqui, no Paísbets 159Gales. Sonho que um dia vamos tomar uma xícarabets 159chábets 159nossa salabets 159jantar e que ela e as meninas possam ter uma vida mais feliz. Adoraria isso."
Cercabets 15927 mil refugiados ucranianos — dos 86 mil vistos aprovados — vieram para o Reino Unido e o Paísbets 159Gales disse que quer ser um "paísbets 159refúgio" para aqueles que fogem dos horrores da guerra embets 159terra natal.
E 10 mil famílias galesas ofereceram casas para refugiados ucranianos, mas, até o final do mês passado, o Ministério do Interior britânico emitiu apenas 2,3 mil vistos àqueles que desejam vir para o Paísbets 159Gales.
O governo galês aprovou quase 700 pedidosbets 159visto até agora, mas não soube informar à BBC quantos refugiados chegarambets 159fato ao país, insistindo que pediu ao governo do Reino Unido os dados, mas foi informadobets 159que eles não estão disponíveis.
O Ministério do Interior britânico disse que está trabalhando "o mais rápido possível" para fornecer as informações aos governos locais, acrescentando que maisbets 15986 mil vistos foram concedidos sob vários esquemas. Também informou que está simplificando formulários e aumentando o númerobets 159funcionários para acelerar as autorizações.
O Reino Unido é formado por quatro países: Inglaterra, Paísbets 159Gales, Escócia e Irlanda do Norte.
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