Por que Rússia cortou gás da Polônia e da Bulgária — e quais as consequências disso:bet pix 360

1. Por que esses países tiveram seu suprimento cortado?

A recusabet pix 360ambas as naçõesbet pix 360pagar à Gazprombet pix 360rublosbet pix 360vezbet pix 360dólares ou euros as colocou na mira do Kremlin, que fechará a torneira dos gasodutos que transportam seu combustível.

A Rússia mudou o métodobet pix 360pagamento para seus clientes após as sanções econômicas impostas pela Europa.

Desde 1ºbet pix 360abril, as empresas europeias são obrigadas a abrir uma contabet pix 360moeda local no Gazprombank.

Os pagamentosbet pix 360rublos beneficiariam a economia russa e melhorariam a cotação dabet pix 360moeda.

Especialistas acreditam que, com essa medida, Moscou está tentando frear a desvalorização da moeda russa, que perdeu cercabet pix 36040%bet pix 360seu valorbet pix 360relação ao dólar desde o início do ano.

"Por que a Rússia quer receber rublos, quando pode imprimir quantos rublos quiser?", pergunta Paul Donovan, economista-chefe do banco suíço UBS Global Wealth Management.

"Evitar sanções financeiras é mais fácil com o rublo, que faz do rublo o Bitcoin do mundo das moedas (embora obviamente o rublo seja menos volátil e tenha um valor intrínseco)", responde ele.

Mas os Estados-membros da UE alegam que a mudança é uma "grave violaçãobet pix 360contrato".

Na terça-feira (26/4), a Polônia, que durante a guerra recebeu maisbet pix 360um milhãobet pix 360refugiados ucranianos, anunciou sanções contra grandes empresas russas e contra 50 oligarcas cujos ativos no país serão congelados.

Segundo a Bloomberg, algumas empresas europeias já pagaram pelo sistema novo da Rússia, embora o nome das companhias não tenha sido divulgado.

Nathan Piper, chefebet pix 360pesquisabet pix 360petróleo e gás da Investec, disse à BBC que a interrupção do fornecimento para Polônia e Bulgária foi o "início da pressão econômica da Rússia sobre a Europa" e um movimento que pode "escalar" com outros países da UE.

2. O plano europeu para reduzir a dependência do gás russo é viável?

A Rússia atualmente fornece à Europa entre 35% e 40%bet pix 360suas necessidadesbet pix 360gás.

Muito antes da guerra na Ucrânia, vários países europeus começaram a avaliar como reduzirbet pix 360dependência energéticabet pix 360Moscou.

O primeiro país a alcançar a independência total foi a Lituânia. Em 2015, quase 100% do fornecimentobet pix 360gás vinhabet pix 360importações russas.

Mas a situação mudou drasticamente nos últimos anos depois que o país construiu um terminalbet pix 360importaçãobet pix 360gás natural liquefeito (GNL) offshore na cidade portuáriabet pix 360Klaipeda.

Agora, a buscabet pix 360alternativas viáveis ​​ao gás russo tornou-se uma prioridade para a Europa, que lançou o plano conjunto "REPowerEU".

O objetivo é reduzir as importações europeiasbet pix 360gás russobet pix 360dois terços no próximo ano.

"A guerra na Ucrânia destacou a necessidade urgentebet pix 360a Europa diversificar suas fontesbet pix 360gás, bem como o objetivobet pix 360longo prazobet pix 360transição para fontesbet pix 360energia limpa", disseram Mark Lacey, Alexander Monk e Felix Odey, analistas globais da Schroders.

"O plano europeu REPowerEU é extraordinariamente ambicioso", acrescentam.

No finalbet pix 360março, a UE assinou um importante acordo com os EUA sobre gás natural liquefeito (GNL) segundo o qual os EUA fornecerão à Europa, até o final do ano, um volumebet pix 360gás natural equivalente a aproximadamente 10% do que recebe da Rússia.

"O problema é que os EUA não podem abastecer uma demanda tão grande, e a Europa está competindo com outros países por embarquesbet pix 360GNL importado", dizem os especialistas da Schroders sobre o aumento das necessidades da Índia e da China.

"Outro obstáculo é que o GNL, como o próprio nome diz, é líquido e para usá-lo é preciso transformá-lo novamentebet pix 360gás. Este é um processo chamadobet pix 360regaseificação, e a Europa tem pouca capacidadebet pix 360regaseificaçãobet pix 360GNL."

Para John Kemp, analistabet pix 360mercado da Reuters, "cortar o fornecimentobet pix 360gás pode abalar os mercadosbet pix 360energia e aumentar ainda mais os preços do gás e as contas domésticas e comerciais, quando o custobet pix 360vida já está nas alturas".

3. Que consequências globais terá a decisão da Rússia?

"Cortar o fornecimentobet pix 360gás tem menos impacto na Europa durante a primavera, e a Polônia diz que possui reservas suficientes. No entanto, os mercados provavelmente verão isso como o iníciobet pix 360uma militarização geral da energia", explicou Donovanbet pix 360um comentário ao mercado.

No entanto, se o fornecimentobet pix 360gás russo terminasse, a Europa poderia recorrer aos exportadoresbet pix 360gás existentes, como Catar, Argélia ou Nigéria.

Espera-se também que um novo gasoduto da Noruega comece a operarbet pix 360outubro próximo.

Mesmo assim, os preços do gás na Europa após o anúnciobet pix 360Moscou dispararam cercabet pix 36020%.

Os preços mais altos da energia decorrentes da guerra russo-ucraniana significam que a probabilidadebet pix 360uma desaceleração ou recessão significativa é maior, principalmente na Europa.

"Em paísesbet pix 360baixa renda da Ásia, África e América Latina, o aumento dos custos com alimentos e combustíveis afetará ainda mais os gastos com bens duráveis" que são mais caros, como carros, móveis, geladeiras, fogões, televisores ou computadores, acredita o analistabet pix 360mercado.

"Com os consumidores sob pressãobet pix 360todas as principais economias, a probabilidadebet pix 360uma recessão ou pelo menos uma desaceleração significativabet pix 360uma ou mais regiões é muito alta e começou a pesar nos preços das commodities industriais e da energia", acrescentou.

bet pix 360 Sabia que a BBC está também no Telegram? Inscreva-se no canal bet pix 360 .

bet pix 360 Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube bet pix 360 ? Inscreva-se no nosso canal!