Inflação acelerada aproxima Argentina da Venezuela:baixar aplicativo 1xbet

A BBC News Brasil entrevistou economistas e moradores da Argentina e da Venezuela, onde a queda nos preços, dizem, é notória, mas a qualidadebaixar aplicativo 1xbetvida ainda é complicadíssima.

A Argentina entrou neste ano com a escalada nos preços, iniciada antes mesmo da invasão da Rússia na Ucrânia, que gerou efeitos para a economia global, pressionando a inflaçãobaixar aplicativo 1xbetvários países.

Em janeiro, a inflação argentina foibaixar aplicativo 1xbet3,9%,baixar aplicativo 1xbetfevereiro,baixar aplicativo 1xbet4,7% ebaixar aplicativo 1xbetmarçobaixar aplicativo 1xbet6,7%,baixar aplicativo 1xbetacordo com dados oficiais.

Nos três primeiros meses deste ano, o índice chegou a 16,1%.

Para efeitosbaixar aplicativo 1xbetcomparação: na Venezuela, a inflaçãobaixar aplicativo 1xbetjaneiro foi superior a da Argentina (6,7%). Masbaixar aplicativo 1xbetfevereiro (2,9%) ebaixar aplicativo 1xbetmarço (1,4%), o índice venezuelano foi inferior ao argentino, segundo o Banco Central da Venezuela (BCV).

No primeiro trimestre deste ano, a alta nos preços no país caribenho estábaixar aplicativo 1xbettornobaixar aplicativo 1xbet11%. Ou seja, menor que o da Argentina.

Sobram números e análises que indicam que a Venezuela teria saídobaixar aplicativo 1xbetquatro anos seguidosbaixar aplicativo 1xbethiperinflação, a partirbaixar aplicativo 1xbet2017, superando os quatro dígitos anuais ou maisbaixar aplicativo 1xbetinflação para entrar nos três dígitos ou até nos dois dígitos.

E a partirbaixar aplicativo 1xbetsetembro passado, o país registra inflação mensalbaixar aplicativo 1xbetum digito, segundo o BCV. Este quadro levou o banco Credit Suisse a reduzir, no início deste mêsbaixar aplicativo 1xbetabrilbaixar aplicativo 1xbetprevisãobaixar aplicativo 1xbetinflação para a Venezuelabaixar aplicativo 1xbet150% para 70%, influenciada também pela expectativabaixar aplicativo 1xbetmaior crescimento com suas vendasbaixar aplicativo 1xbetpetróleobaixar aplicativo 1xbettemposbaixar aplicativo 1xbetguerra na Ucrânia, segundo informou a agênciabaixar aplicativo 1xbetnotícias Bloomberg.

Se a previsãobaixar aplicativo 1xbet70% anualbaixar aplicativo 1xbetinflação for confirmada para a economia venezuelana e se as estimativas mais pessimistas para a Argentina também virarem realidade, o pódio da inflação estaria, no mínimo, empatado.

Dolarização venezuelana

Por que a inflação na Venezuela estaria caindo?

"A Venezuela fez uma sériebaixar aplicativo 1xbetmudanças embaixar aplicativo 1xbetpolítica monetária incluindo o uso do dólar para pagamentos internos. A inflação na Venezuela está caindo e, paradoxalmente, a da Argentina está subindo", disse o economista argentino Marcelo Elizondo.

A consultoria econômica Ecoanalítica,baixar aplicativo 1xbetCaracas, estima que o dólar é usadobaixar aplicativo 1xbetmaisbaixar aplicativo 1xbet70% dos pagamentos gerais no país presidido por Nicolás Maduro.

Venezuelanos contaram à reportagem que o bolívar, a moeda local, está praticamente limitada ao uso nas transações digitais.

"Hoje, todos temos mais dólares do que bolívares no banco e quase ninguém tem bolívares na mão. Mas sim dólares e euros", contou a professorabaixar aplicativo 1xbetmúsica Adriana Virguez Cruz, que mora na Venezuela.

O uso do dólar e a abertura do mercado teriam sido decisivos para esfriar a agressiva e recordista inflação venezuelana,baixar aplicativo 1xbetacordo com economistas.

"O governo, finalmente, reduziu o financiamento do déficit das empresas públicas através da emissãobaixar aplicativo 1xbetdinheiro, sem respaldo. Reduziu o gasto público e antecipou uma políticabaixar aplicativo 1xbetabertura, com importações sem impostos e isso reduziu os custos", disse o economista Victor Alvarez, ex-ministro da Indústria ao jornal espanhol El País.

Por que inflação argentina disparou?

Ouvidos pela BBC News Brasil, os economistas Gustavo Perego, brasileiro da consultoria econômica Abeceb,baixar aplicativo 1xbetBuenos Aires, e Marcelo Elizondo, argentino e professorbaixar aplicativo 1xbetmestrado do Instituto Tecnológicobaixar aplicativo 1xbetBuenos Aires, entendem que a inflação argentina colocou o pé no acelerador a partir do segundo semestre do ano passado, quando o governo ampliou o gasto público após receber menos votos que a oposição nas eleições primáriasbaixar aplicativo 1xbetagosto e tentar vencer as eleições legislativasbaixar aplicativo 1xbetoutubro.

O cenáriobaixar aplicativo 1xbetpandemia e a guerra na Ucrânia acabaram complicando ainda mais a situação que já era difícil e gerando "desequilíbrios macroeconômicos", segundo eles.

"Quando há aumento do gasto publico, principalmente através da emissão monetária, não há impacto imediato na inflação. Mas com o tempo se percebe o aumento da inflação pela quantidadebaixar aplicativo 1xbetdinheiro que foi colocada no mercado. E é o que estamos vendo agora", disse Perego.

Briga interna no centro do poder

O economista brasileiro observou que as disputas internas no centro do poder, com a vice-presidente e ex-presidente Cristina Kirchner criticando abertamente os rumos do governo do presidente Alberto Fernández, também contribuem para gerar expectativas negativas e as remarcaçõesbaixar aplicativo 1xbetpreços.

"É cada vez é mais forte a briga dentro do governo entre a ala radicalizada do kirchnerismo e a ala mais moderada, digamos, do presidente."

Para Perego, da Abeceb, a emissão monetária junto com as incertezas políticas são os "motivos graves" da aceleração inflacionária na Argentina.

"Quando se tenta pensar numa lógicabaixar aplicativo 1xbetpolítica econômica, que tenha pilares fortes, o que se observa é que não existe estrutura política (para um rumo econômico e combate à inflação)", disse.

Ele lembrou que a Argentina acababaixar aplicativo 1xbetassinar um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para resolver uma dívidabaixar aplicativo 1xbetcercabaixar aplicativo 1xbetUS$ 44 bilhões contraída durante o governo anterior,baixar aplicativo 1xbetMauricio Macri, e que o entendimento prevê ajustesbaixar aplicativo 1xbettarifas dos serviços públicos.

Na visãobaixar aplicativo 1xbetElizondo, o economista argentino, os ajustes tarifários, com os quais o governo poderia reduzir os gastos com os subsídios tarifários, devem aumentar ainda mais a inflação.

Os dois entendem que o fatobaixar aplicativo 1xbeta Argentina ser exportadorabaixar aplicativo 1xbettrigo, afetado pela guerra na Ucrânia, e dependente da importaçãobaixar aplicativo 1xbetgás, também influenciado pelo cenário bélico, turbinou os preços dos alimentos ebaixar aplicativo 1xbetoutros setores no país.

América Latina x Venezuela

A inflação estábaixar aplicativo 1xbetaltabaixar aplicativo 1xbetvários países, incluindo Chile e Colômbia que há anos não sofriam problemas com a alta nos preços.

E na Venezuela? "A situação melhorou, com certeza. Mas o desemprego ainda é enorme e visível aqui, assim também como a pobreza. Os salários e as aposentadorias continuam miseráveis. Como professorabaixar aplicativo 1xbetmúsica, sobrevivo graças às aulas privadas, porque não tenho mais salário como antes da crise. É possível conseguir medicamentos, alimentos, combustíveis. Mas tudo com preço internacional. Por isso muita gente ainda dependebaixar aplicativo 1xbetajudabaixar aplicativo 1xbetfamiliares ebaixar aplicativo 1xbetamigos. Se compram remédio, não podem comprar comida", contou Adriana Virguez Cruz.

Vida difícil na Venezuela x qualidadebaixar aplicativo 1xbetvida

Na cidadebaixar aplicativo 1xbetBuenos Aires, comobaixar aplicativo 1xbetoutras cidades da região, muitos taxistas são venezuelanos. Na noitebaixar aplicativo 1xbetquinta-feira (14/4), um deles contou à reportagem que acabavabaixar aplicativo 1xbetvoltar do aeroporto, onde foi buscar um casalbaixar aplicativo 1xbetvenezuelanos que se mudava para a capital argentina.

"Minha família, que continuabaixar aplicativo 1xbetCaracas, me conta que os preços realmente caíram. Mas a áreabaixar aplicativo 1xbetsaúde e todos os serviços continuam uma catástrofe. E o dinheiro não é suficiente pra viver. Aqui na Argentina, meu medo é que tanto controle, como fizeram no meu país, acabe gerando cada vez mais inflação. Aqui controlam preços (de uma listabaixar aplicativo 1xbetalimentos) e dólar e a inflação não parabaixar aplicativo 1xbetsubir, mas existe uma qualidadebaixar aplicativo 1xbetvida que lá não existe", disse Bryan dos Santos.

"As pessoas continuam deixando meu país", afirmou.

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