Sob Talebã, afegãs relatam sumiços e 'aprisionamento' nas próprias casas:roleta oline
Muitas voltaram para a casa, mas com o temorroleta olineque estivessem sendo seguidas.
Na quarta-feira (19) à noite, homens armados entraram no blocoroleta olineapartamentosroleta olineTamana Paryani no bairro Parwan 2,roleta olineCabul, capital do país. Ela estava sozinharoleta olinecasa com suas irmãs. Os homens começaram a chutar a porta.
"Por favor, ajudem. O Talebã veio à minha casa, minhas irmãs estãoroleta olinecasa", implorou Tamanaroleta olineum vídeo postado nas redes sociais.
"Nós não queremos vocês aqui agora", ela gritou. "Voltem amanhã, podemos falar amanhã."
"Vocês não podem ver garotas a esta hora da noite. Socorro, o Talebã veio à minha casa", disse ela antes do vídeo terminar.
Tamana Paryani está desaparecida há dois dias. Fui ao apartamento dela para tentar localizá-la, e não havia ninguém dentro da casa. Era possível ver uma grande pegadaroleta olinebota perto da porta da frente.
Vizinhos disseram que Paryani foi levada junto com duasroleta olinesuas irmãs, e ninguém esteve no apartamento desde então. As pessoas ali diziam apenas que "um grupo armado" havia levado as jovens.
Mais retaliações
Desde que o grupo fundamentalista assumiu o poder no Afeganistãoroleta oline15roleta olineagosto, mulheres reclamam que agora são prisioneirasroleta olinesuas próprias casas.
Acontece que mesmoroleta olineseus lares, elas não estão seguras — embora, na cultura afegã, seja uma violação entrarroleta olineuma casa onde estão apenas mulheres.
Mas, uma vez que dispensou policiais mulheres, o Talebã não tem agentes do sexo feminino para interrogar outras mulheres.
Na noiteroleta olineque Tamana Paryani sumiu, outras manifestantes também sofreram retaliações. Outra mulher, Parawana Ibrahimkhel, também está desaparecida.
Em entrevista à BBC na quinta-feira (20), Suhai Shaheen, que espera se tornar embaixador do Talebã nas Nações Unidas, disse: "Se [o Talebã] as tivesse detido, eles diriam que as detiveram, e se essa é a acusação, eles vão para a Justiça se defender."
O representante do Talebã sugeriu que as mulheres possam estar filmando imagens falsas com o objetivoroleta olineconseguir asilo no exterior.
Uma das amigasroleta olineParyani contou uma história diferente.
De um local seguro,roleta olineentrevista à BBC, ela disse: "Eu disse a ela que, o mais rápido possível, saísseroleta olinecasa. Pedi que ela levasse isso mais a sério, avisei que estavaroleta olineperigo."
"Quando chegueiroleta olinecasa, uma amiga, também manifestante — roleta olinequem eu não quero mencionar o nome — estava chorando porque Tamana havia sido presa pelo Talebã e havia divulgado um vídeo nas redes sociais".
Não se sabe se as autoridades estão procurando as mulheres.
A maior parte do mundo se recusa a reconhecer o Talebã como o governante legítimos do Afeganistão. Mais da metade da população está passando fome por causa das sanções impostas pelo Ocidente.
Sob o domínio do Talebã, o Afeganistão se tornou o único país do mundo que limita publicamente a educação com base no gênero, um ponto muito sensível na busca do grupo fundamentalista por legitimidade e pelo fim das sanções. Os rotineiros protestosroleta olinemulheres sobre o tema são uma fonteroleta olineconstrangimento para o grupo.
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