Como falar sobre vacinas com quem não quer se imunizar:sites apostas
Na verdade, muitas pessoas relutantes estão simplesmente indecisas — e cientistas afirmam que conversar com elas pode ajudá-las a olhar para a evidências. E não são apenas governos e autoridades da área da saúde que podem fazer isso. "Dias sociais são crucialmente importantes", diz John Cook, um cientista cognitivo da Universidade Monash, na Austrália. "Revelar nossos pontossites apostasvista nas nossas redes sociais pode ser algo influente."
Entretanto, se seus conhecidos dão ou não ouvidos asites apostasopiniões dependerásites apostasseu estilosites apostasdiálogo — simplesmente não faz sentido reunir os dados se você apresentá-los da maneira errada.
Com basesites apostasmúltiplos estudos sobre comunicação eficaz, eu produzi uma listasites apostasconselhos baseadossites apostasevidências sobre quais as melhores formassites apostasdiscutir a ciência por trás das vacinas - e o que deveria ser evitado.
1) Escolha suas batalhas
A primeira regra sobre comunicação eficaz —sites apostasqualquer área — é mirar o público certo. E pesquisas recentes sugerem que muitossites apostasnós podem não estar prestando atenção exatamente às pessoas que poderiam responder bem asites apostasmensagem.
Um estudo recentesites apostasChristopher Bechler, professor assistentesites apostasmarketing na Universidadesites apostasNotre Dame no Estado americanosites apostasIndiana, pesquisou atitudessites apostaspessoassites apostasrelação a comportamentos como usosites apostasmáscara. Em um experimento, participantes receberam a chancesites apostaspassar informações úteis sobre o tema para pessoas com uma ampla variedadesites apostasopiniões.
Os participantes tendiam a escolher aqueles com uma visão bastante negativa do assunto. Mas Bechler descobriu que a informação compartilhada tinha muito pouco impacto na opinião dessas pessoas. Em vez disso, a mensagem era mais eficaz ao fortalecer a posição daqueles que já eram, embora apenas levemente, a favor da máscara como medidasites apostassegurança. "Eles eram muito mais abertos à mensagem", afirma o pesquisador.
As implicações para mensagens sobre vacinas é clara. "Nós preferiríamos mudar o pontosites apostasvistasites apostasalguémsites apostasantivacina para pró-vacina", diz Vanessa Bohns, psicóloga social da Cornell University e autorasites apostasYou Have More Influence Than You Think (Você Tem Mais Influência do que Você Pensa). "Mas nós podemos ter um impacto maior falando com alguém que já esteja inclinado naquela direção."
2) Seja humilde
A segunda regra da comunicação eficaz está ligada à humildade, enquanto tentamos entender o pontosites apostasvista da outra pessoa. "É importante ter um diálogosites apostasduas mãos,sites apostasque nós escutemos com empatia e genuinamente busquemos compreender quais são as objeções da outra pessoa", afirma Cook, que recentemente foi coautorsites apostasum manual gratuito sobre comunicação a respeito da vacina contra a covid-19. "Tentar mudar a opiniãosites apostasuma pessoa fazendo com que ela se sinta estúpida não é um caminho na direção do sucesso."
Bohns concorda. Ela afirma que muitossites apostasnós podemos também ter tido dúvidas — mas nós tendemos a esquecer esse fato assim que tomamos a decisãosites apostasfavor da vacina. "Quando estamos tentando convencer uma outra pessoa, nós já estamos expressando essa certeza, o que torna muito difícil para nós encontrá-la no pontosites apostasque ela está."
Ela diz que seria muito mais eficaz reconhecer nossas preocupações iniciais e explicar como chegamos à decisão que acabamos tomando. "As pessoas reagem mal quando sentem que alguém as está julgando — e eu acredito que isso pode acontecer quando você expressa certezas demais", afirma ela. "É a diferença entre dizer às pessoas o que elas deveriam fazer,sites apostasvezsites apostasdizer para elas o que nós fizemos e por quê."
Em seu livro sobre persuasão, Bohns aponta para um estudo sobre mensagens sobre saúde, liderado por Ann Kronrod, da Universidadesites apostasMassachusetts Lowell. A equipe identificou que, ao fornecer conselhos, a maioria das pessoas tende a preferir mensagens muito assertivas, passadas como se fossem um comando. Quando recebem conselhossites apostasoutros, no entanto, muitos respondem muito melhor a sugestões mais leves.
Em um experimento, metade dos participantes ouviu o seguinte: "Fazer abdominais por cinco minutos por dia pode fortalecer seu abdômen. Você consegue!". Os outros receberam um conselho mais assertivo: "Faça exercícios abdominais por cinco minutos ao dia. Fortaleça seu abdômen. Faça!". Uma semana depois, a equipesites apostasKronrod perguntou aos participantes sobresites apostasatividade física.
As pessoas que já estavam abertas à ideiasites apostasse exercitar tenderam a reagir bem às duas mensagens. Aqueles que já estavam resistentes, no entanto, responderam muito melhor à sugestão mais delicada, enquanto o comando com mais força os acabou desestimulando.
sites apostas 3) Estabeleça sites apostas uma sites apostas con sites apostas ex sites apostas ão sites apostas pessoal
Quando nos engajamos nesse tiposites apostasconversa e ouvimos ativamente o que a outra pessoa tem a dizer, você pode ver que as preocupações sãosites apostasgeralsites apostascunho prático. Estudos recentes sugerem que a facilidadesites apostasacessar a vacina é um dos melhores indicadoressites apostasrelutância. Se for esse o caso, você pode oferecer ajuda com potenciais barreiras, como marcar um horário para a pessoa se vacinar ou organizar transporte até o centrosites apostassaúde. Em outros casos, você pode identificar que existem mal-entendidos específicos a respeitosites apostassegurança ou eficácia sobre os quais você pode conversar.
Se você se encontrar numa conversa com alguém que é fortemente contrário à vacina, você pode achar mais eficiente enfatizar os benefícios individuais da imunização,sites apostasacordo com um estudosites apostasSinéad Lambe, uma psicóloga clínica pesquisadora da Universidadesites apostasOxford.
Neste ano, a equipesites apostasLambe recrutou maissites apostas15 mil participantes online e mediu suas posturas iniciaissites apostasrelação à vacinação. Cada participante recebeu então, aleatoriamente, uma informação sobre a vacina, lidando ou com questõessites apostassegurança, benefícios coletivos (como reduzir o riscosites apostastransmissão para outras pessoas) e crenças pessoais.
As informações incluíram declarações como: "Pegar o coronavírus pode abalarsites apostasvidasites apostasforma grave… E você não pode ter certeza, mesmo se você for relativamente jovem esites apostasforma, que você não ficará seriamente doente ou enfrentar dificuldades com problemassites apostaslongo prazo relacionados à covid: cercasites apostasumasites apostascada cinco pessoas continuam doentes cinco semanas depoissites apostascontrair covid-19; umasites apostasdez ainda têm sintomas três meses depois. A vacinação minimiza as chancessites apostasvocê ficar doente com covid-19, então você não precisará se preocupar sobre o que o vírus pode fazer com você…"
Os participantes foram então novamente medidos quanto a seus níveissites apostasrelutância à vacina.
No geral, a informação sobre benefícios pessoas provou ser a mais persuasiva para as pessoas que haviam expressado inicialmente o maior nívelsites apostasrelutância. Ela inclusive superou uma mensagem combinada que tentara explicar como as vacinas podiam ajudar tanto o indivíduo como outras pessoas.
Lambe afirma que ela inicialmente se surpreendeu com o resultado, mas ele combina com o que diziam estudos prévios, que sugeriram que pessoas relutantessites apostastomar a vacina tendem a ter menos confiança na sociedade. "Então elas podem se sentir levemente excluídas e podem ser menos inclinadas a ser motivadas pelos benefícios coletivos [das vacinas]", diz Lambe.
4) Descreva os métodos por trás da desinformação
Ocasionalmente, você pode identificar que uma pessoa relutantesites apostastomar a vacina foi iludida por alguma desinformação. É comum ouvir que testes clínicos foram apressados, por exemplo. Nesse tiposites apostassituação, vale reconhecer que faz sentido questionar a qualidadesites apostasqualquer estudo científico, para então descrever o desenvolvimentosites apostaslongo prazo da tecnologia da vacinasites apostasquestão, que vinha sendo testada durante anos antes do surgimento da covid-19.
Você também pode explorar o tamanho dos testes com a vacina contra covid — que contou com dezenassites apostasmilharessites apostasparticipantes — e o contínuo monitoramentosites apostasefeitos colaterais. Você pode também olhar para gráficos online para demonstrar os riscossites apostaspegar covid-19sites apostascomparação com os riscossites apostasreceber a vacina.
Em outros casos, pode ser útil explicar as táticas usadas para a propagaçãosites apostasdesinformação. É comum, por exemplo, pessoas apresentarem falsas credenciais que façam seus argumentos parecer ter mais credibilidade — mesmo se elas não tiverem verdadeira experiência na área. Às vezes grupossites apostaspressão criarão até mesmo pesquisas assinadas por muitos desses falsos especialistas para questionar a opinião científica predominante e criar uma ilusãosites apostasdebate.
Ambas as táticas foram empregadas pela indústria do tabaco para minar a confiança nas cada vez maiores evidências científicas contra o cigarro. Mais recentemente, elas foram usadas para abalar o entendimento do público sobre as mudanças climáticas.
Quando se tratasites apostascovid-19 e as vacinas, alguns alegam ter uma compreensãosites apostasvirologia e imunologia superior à dos verdadeiros especialistas — apesarsites apostasnão terem nenhuma qualificação ou publicações científicassites apostascredibilidade para dar suporte a suas visões alternativas.
Algumas das pessoas que você conhece podem também ter sido expostas a relatórios duvidosos que deliberadamente confundem correlação com causalidade. Quando maissites apostasmetade da população mundial foi vacinada, alguns daqueles que receberam a vacina inevitavelmente sofrerãosites apostasalguma outra doença, sem ligação alguma com a imunização. Essa tática é usada para sugerir que existem perigos escondidos na aplicação da vacina — sendo que os dados médicos sugerem que efeitos colaterais graves são incrivelmente raros.
É muito fácil ser enganado por mensagens que são preparadas dessa maneira. A pesquisasites apostasCook, no entanto, sugere que explicar esse tiposites apostastécnicas enganosas pode ajudar a reduzir a crença da pessoasites apostasdesinformação, particularmente se ela ainda não formou uma opinião clara sobre um assunto. O método é às vezes chamadosites apostas"inoculação" ou "prebunking", pois esse conhecimento ajuda a proteger a pessoa para que ela não caiasites apostas"fake news" semelhantes no futuro.
Não existe maneira totalmente certasites apostasconseguir mudar opiniões sobre um assunto. Ao seguir essas quatro sugestões, porém, você pode ter conversas mais construtivas com as pessoas com que você se deparar. Se você for bem-sucedido emsites apostastentativasites apostascorrigir seus mal-entendidos, elas podem depois persuadir outras pessoas. "Elas podem se tornar advogadas [da causa]", afirma Bechler. Dessa forma, a própria verdade torna-se contagiosa.
* David Robson é um escritor científico baseadosites apostasLondres, Reino Unido. Seu próximo livro, The Expectation Effect: How Your Mindset Can Transform Your Life (O Efeito da Expectativa: Como Sua Postura Mental Pode Transformar Sua Vida) será publicado pela editora Canongate and Henry Holt no iníciosites apostas2022. Está disponível para compra antecipada. Sua conta no Twitter é @d_a_robson.