Mudanças climáticas: Por que a politica da China para o clima afeta você também:

China flag and power station

Suas emissões per capita são cercametade do registrado pelos Estados Unidos. Com 1,4 bilhãohabitantes, entretanto, a China liberatermos nominais mais gases nocivos ao meio ambiente do que qualquer outro país.

Tornou-se o maior emissor mundialdióxidocarbono2006 e agora é responsável por maisum quarto das emissões globaisgases do efeito estufa.

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Os compromissos assumidos estarão sob os holofotes na cúpula climática global COP26 neste mêsnovembro.

Junto com todos os outros signatários do AcordoParis2015, a China concordoufazer mudanças para tentar manter o aquecimento global1,5°C acima dos níveis pré-industriais e "bem abaixo"2°C.

O país reforçou seus compromissos2020, mas o Climate Action Tracker, um grupo internacionalcientistas e especialistaspolíticas para o clima, aponta que as ações tomadas para cumprir essa meta são "altamente insuficientes".

Dependência do carvão

Reduzir as emissões da China é possível,acordo com muitos especialistas, mas exigirá uma mudança radical.

O carvão é a principal fonteenergia do país há décadas.

O presidente Xi Jinping afirma que irá "reduzir gradualmente" o usocarvão a partir2026. E que não construirá novos projetos movidos a carvão no exterior - mas alguns governos e ativistas dizem que os planos são pouco ambiciosos.

Pesquisadores da Universidade Tsinghua,Pequim, dizem que o país precisará pararusar carvão inteiramente para gerar eletricidade até 2050. O sistema deverá ser substituído pela produçãoenergia nuclear e renovável.

E, longefechar usinas elétricas movidas a carvão, a China está atualmente construindo novas plantasmais60 pontos do país. Em muitos desses locais há maisuma usina sendo erguida.

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Como as novas estaçõesprodução costumam ficar ativas por 30 a 40 anos, a China precisará reduzir a capacidade das usinas mais novas e também fechar as antigas se quiser reduzir as emissões, afirma o pesquisador Philippe Ciais, do InstitutoCiências Ambientais e ClimáticasParis.

Pode ser possível fazer uma reformaalguns deles para diminuir as emissões, mas a tecnologia para fazer issogrande escala ainda estádesenvolvimento - muitas plantas terão que ser fechadas após o uso mínimo.

A China argumenta que tem o direitofazer o que os países ocidentais fizeram no passado, liberando dióxidocarbono no processodesenvolvimentosua economia e redução da pobreza.

No curto prazo, Pequim ordenou que as minascarvão aumentem a produção para evitar a escassezenergia no próximo inverno. O aumento da demanda da indústria pesada após a pandemiacovid-19 levou à escassezvárias regiões do país nas últimas semanas.

Pesquisadores da UniversidadeTsinghua dizem que 90% da energia deve virfontes nucleares e renováveis ​​até 2050.

Para alcançar esse objetivo, a liderança da China na fabricaçãotecnologia verde, como painéis solares e bateriasgrande escala, pode sergrande ajuda.

A China primeiro adotou as tecnologias verdes como meiocombater a poluição do ar, um problema sério para muitas cidades.

Mas o governo também acredita que eles têm um enorme potencial econômico, proporcionando empregos e renda para milhõeschineses, alémreduzir a dependência do petróleo e gás estrangeiros.

"A China já está liderando a transição energética global", disse Yue Cao, do Overseas Development Institute. "Uma das razões pelas quais somos capazesimplantar tecnologia verde cada vez mais barata é a China."

A China gera mais energia solar e eólica do que qualquer outro país. Isso pode não ser tão impressionante, dada a enorme população chinesa, mas é um sinalpara onde o país está se dirigindo.

A estimativa é que a proporçãoenergia gerada a partirfontes renováveis atingir 25% do total até 2030 - e muitos especialistas acreditam que a meta seja atingida antes.

Carros elétricos

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A China ocupa o sétimo lugar no mundovendascarros elétricos, proporcionalmente. Mas, devido ao seu enorme tamanho, ela fabrica e compra mais carros elétricos do que qualquer outro país por uma margem considerável.

Atualmente, cercaumcada 20 carros comprados na China é movido a eletricidade.

As autoridades chinesas e representantes da indústria automobilística preveem que quase todos os veículos novos vendidos na China serão totalmente elétricos ou híbridos até 2035.

Determinar o quanto a mudança para veículos elétricos reduz as emissões não é simples - principalmente quando se levaconsideração as fontesfabricação ecarregamento.

Mas estudos sugerem que as emissões ao longo da vida útil dos veículos elétricos são normalmente inferiores às dos equivalentes a gasolina e diesel.

Isso é importante porque a queimacombustível do transporte é responsável por cercaum quarto das emissõescarbono, sendo os veículos rodoviários os maiores emissores.

A China também vai produzir, até 2025, baterias com o dobro da capacidade das usadas no restante do mundo.

Observadores afirmam que isso permitirá o armazenamento e a liberaçãoenergiafontes renováveis ​​em uma escala antes impossível.

A terra da China está ficando mais verde

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Mudar a formaproduçãoenergia não significa que a China pararáproduzir emissõesgases do efeito estufa.

Isso significa que a China vai cortar as emissões o máximo possível e absorver o que sobrar, por meiouma combinaçãodiferentes abordagens.

Aumentar a áreaterra coberta por vegetação ajudará no processo, pois as plantas absorvem dióxidocarbono.

Aqui, novamente, há notícias encorajadoras. O país está se tornando mais verdeum ritmo mais rápido do que qualquer outro país,grande parte como resultadoseus programas florestais projetados para reduzir a erosão do solo e a poluição.

Também éparte resultado do replantiocampos para produzir maisuma colheita por ano, o que mantém a terra cobertavegetação por mais tempo.

Qual o próximo passo?

O mundo inteiro necessita que a China seja bem-sucedida na questão climática.

"A menos que a China se 'descarbonize', não vamos vencer as mudanças climáticas", disse o professor David Tyfield, do Lancaster Environment Center.

A China tem algumas grandes vantagens, principalmentecapacidadeseguir estratégiaslongo prazo e mobilizar investimentosgrande escala.

As autoridades chinesas enfrentam uma tarefa colossal. O que acontece a seguir dificilmente poderia ser mais importante.

Línea

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