O enigma da 'síndromeonabet lotion usesHavana', que ataca espiões americanos e intriga cientistas:onabet lotion uses
Cinco anos depois, os relatos agora chegam às centenas e, segundo a BBC, abrangem todos os continentes, deixando um impacto real na capacidade dos Estados Unidosonabet lotion usesoperar no exterior.
Descobrir a verdade agora se tornou uma das principais prioridades da segurança nacional dos EUA — que uma autoridade descreveu como o desafioonabet lotion usesinteligência mais difícil que eles já enfrentaram.
Evidências concretas não são conclusivas, tornando a síndrome um campoonabet lotion usesbatalha para teorias concorrentes. Alguns veem isso como uma doença psicológica; outros, como uma arma secreta. Mas um conjunto crescenteonabet lotion usesevidências tem se concentrado nas micro-ondas como o culpado mais provável.
Em 2015, as relações diplomáticas entre os EUA e Cuba foram restauradas após décadasonabet lotion useshostilidade. Mas,onabet lotion usesdois anos, a síndromeonabet lotion usesHavana quase fechou a embaixada no país caribenho, já que funcionários foram retirados dali por causaonabet lotion usespreocupaçõesonabet lotion usessaúde.
Inicialmente, especulou-se que o governo cubano — ou uma facção linha-dura que se opõe a melhorar as relações entre Cuba e EUA — poderia ser o responsável, implantando alguma espécieonabet lotion usesarma sônica. À época, os serviçosonabet lotion usessegurançaonabet lotion usesCuba estavam nervosos com o fluxoonabet lotion usesamericanos e mantinham um controle rígido sobre a capital cubana.
Mas essa teoria perdeu força à medida que casos passaram a se espalhar pelo mundo.
Recentemente, outra possibilidade entrouonabet lotion usescena — uma hipótese cujas raízes estão nos recessos mais sombrios da Guerra Fria e um lugar onde a ciência, a medicina, a espionagem e a geopolítica se chocam.
Quando James Lin, professor da Universidadeonabet lotion usesIllinois (EUA), leu os primeiros relatos sobre sons misteriososonabet lotion usesHavana, imediatamente suspeitou que as micro-ondas fossem as responsáveis pelo problema. Sua crença se baseava não apenas na pesquisa teórica, mas naonabet lotion usesprópria experiência. Décadas antes, ele próprio ouvira os sons.
Desde a Segunda Guerra Mundial, há relatosonabet lotion usespessoas sendo capazesonabet lotion usesouvir algo quando um radar próximo foi ligado e começou a enviar micro-ondas para o espaço. Mesmo sem ruídos externos. Em 1961, um artigo assinado por Allen Frey argumentou que os sons eram causados por micro-ondas interagindo com o sistema nervoso, levando ao termo "Efeito Frey". Mas as causas exatas — e implicações — permaneceram inconclusas.
Na décadaonabet lotion uses1970, Lin deu início a experimentosonabet lotion usestorno do fenômeno na Universidadeonabet lotion usesWashington. Ele se sentouonabet lotion usesuma cadeiraonabet lotion usesmadeiraonabet lotion usesuma pequena sala forrada por materiais absorventes, com uma antena apontada para a parteonabet lotion usestrásonabet lotion usessua cabeça. Emonabet lotion usesmão segurava um interruptoronabet lotion usesluz. Do ladoonabet lotion usesfora, um colega enviava pulsosonabet lotion usesmicro-ondas pela antenaonabet lotion usesintervalos aleatórios. Se Lin ouvisse um som, ele deveria apertar o botão.
Um pulso parecia o somonabet lotion usesum zíper ouonabet lotion usesum estalaronabet lotion usesdedo. Uma sérieonabet lotion usespulsações lembrava pássaros. Todos foram produzidos emonabet lotion usescabeça, e não como ondas sonoras vindasonabet lotion usesfora. Lin acreditava que a energia era absorvida pelo tecido mole do cérebro e convertidaonabet lotion usesuma ondaonabet lotion usespressão que se movia dentro da cabeça e era interpretada pelo cérebro como som. Isso ocorria quando as micro-ondasonabet lotion usesalta potência eram emitidas como pulsos, diferentemente da forma contínuaonabet lotion usesbaixa potência obtidaonabet lotion usesum fornoonabet lotion usesmicro-ondas moderno, por exemplo.
Lin lembra que teve o cuidadoonabet lotion usesnão aumentar muito. "Eu não queria ter meu cérebro danificado", disse à BBC.
Em 1978, descobriu que não estava sozinhoonabet lotion usesseu interesse e recebeu um convite incomum para discutir seu artigo científico, por parteonabet lotion usesum grupoonabet lotion usespesquisadores que vinha realizando seus próprios experimentos.
Durante a Guerra Fria, a ciência foi o focoonabet lotion usesintensa rivalidade entre as superpotências EUA e União Soviética. Até mesmo áreas como o controle da mente foram exploradas,onabet lotion usesmeio a temoresonabet lotion usesque o outro lado obtivesse uma vantagem. E isso incluía micro-ondas.
Lin viu a abordagem soviéticaonabet lotion usesum centroonabet lotion usespesquisa científica na cidadeonabet lotion usesPushchino, pertoonabet lotion usesMoscou. "Eles tinham um laboratório muito elaborado e muito bem equipado." Mas o experimento ali era mais rude do que o dele. Uma pessoa ficava sentadaonabet lotion usesum tamboronabet lotion useságua salgada do mar com a cabeça para fora. Em seguida, micro-ondas eram disparadasonabet lotion usesdireção ao seu cérebro. Cientistas achavam que as micro-ondas interagiam com o sistema nervoso e queriam questionar Lin sobreonabet lotion usesopinião.
A curiosidade aproximou os dois lados, e os espiões americanos acompanharamonabet lotion usesperto as pesquisas soviéticas. Um relatórioonabet lotion uses1976 da Agênciaonabet lotion usesInteligênciaonabet lotion usesDefesa dos EUA, "desenterrado" pela BBC, diz que não conseguiu encontrar nenhuma provaonabet lotion usesarmasonabet lotion usesmicro-ondas do bloco comunista, mas diz que soubeonabet lotion usesexperimentosonabet lotion usesque micro-ondas pulsavam contra sapos até que seus corações parassem.
O relatório também revela que os EUA temiam que as micro-ondas soviéticas pudessem ser usadas para prejudicar a função cerebral ou induzir sons para efeito psicológico. "A pesquisaonabet lotion usespercepção sonora interna tem grande potencialonabet lotion usesse desenvolveronabet lotion usesum sistema para desorientar ou interromper os padrõesonabet lotion usescomportamento do corpo militar ou diplomático."
O interesse americano era mais do que apenas defensivo. Lin também sabia do trabalho secreto dos EUA com armas no mesmo campo.
Enquanto o professor Lin estava na cidade russaonabet lotion usesPushchino, outro grupoonabet lotion usesamericanos não muito longe dali estava preocupado com o fatoonabet lotion usesestarem sendo atingidos por microondas — e que o próprio governo dos EUA tivesse abafado o caso.
Por quase um quartoonabet lotion usesséculo, a embaixada americanaonabet lotion usesMoscou, com dez andares, foi banhada por um feixe largo e invisívelonabet lotion usesmicro-ondasonabet lotion usesbaixo nível. Ele ficou conhecido como "o sinalonabet lotion usesMoscou". Mas por muitos anos, a maioria dos que trabalhavam ali dentro não sabiaonabet lotion usesnada.
O feixe vinhaonabet lotion usesuma antena na varandaonabet lotion usesum apartamento soviético próximo e atingiu os andares superiores da embaixada, onde o escritório do embaixador e trabalhos mais sensíveis eram realizados. Ele foi localizado pela primeira vez na décadaonabet lotion uses1950 e depois foi monitoradoonabet lotion usesuma sala no 10º andar. Masonabet lotion usesexistência era um segredo muito bem guardado. "Estávamos tentando descobrir qual poderia ser seu propósito", explica Jack Matlock, número dois na hierarquia da embaixada americanaonabet lotion usesMoscouonabet lotion usesmeados dos anos 1970.
Em 1974, um novo embaixador, Walter Stoessel, ameaçou renunciar a menos que todos soubessem. "Isso causou um certo pânico", lembra Matlock. Os funcionários da embaixada cujos filhos estavamonabet lotion usesuma creche no porão ficaram especialmente preocupados. Mas o Departamentoonabet lotion usesEstado minimizou qualquer risco.
Então o próprio embaixador ficou doente, com sintomas como sangramento nos olhos. Em um telefonemaonabet lotion uses1975 (atualmente sem sigilo) para o embaixador soviéticoonabet lotion usesWashington, o secretárioonabet lotion usesEstado dos EUA, Henry Kissinger, relacionou a doençaonabet lotion usesStoessel às micro-ondas, admitindo que "estamos tentando manter a coisa sob controle". Stoessel morreuonabet lotion usesleucemia aos 66 anos. "Ele decidiu bancar o bom soldado", e não fez estardalhaço com aquilo, disseonabet lotion usesfilha à BBC.
A partironabet lotion uses1976, telas foram instaladas para proteger as pessoas. Mas muitos diplomatas ficaram furiosos, acreditando que o Departamentoonabet lotion usesEstado havia primeiro ficado quieto e depois resistido a reconhecer qualquer possível impacto sobre a saúde dos funcionários ali. Essa foi uma percepção que ecoou décadas depois com a chamada síndromeonabet lotion usesHavana.
Qual era o objetivo do sinalonabet lotion usesMoscou? "Tenho certezaonabet lotion usesque os soviéticos tinham outras intenções alémonabet lotion usesnos prejudicar", diz Matlock. Eles estavam à frente dos EUAonabet lotion usestecnologiaonabet lotion usesvigilância e uma teoria era que eles lançavam micro-ondas das janelas para captar conversas. Outra hipótese é que ativavam seus próprios dispositivosonabet lotion usesescuta escondidos dentro do prédio ou capturavam informações por meioonabet lotion usesmicro-ondas que atingiam dispositivos eletrônicos americanos. Em um dado momento, soviéticos disseram a Matlock que o objetivo seria, na verdade, bloquear o equipamento americano no telhado da embaixada usado para interceptar comunicações soviéticasonabet lotion usesMoscou.
Isso tudo é parte do enorme mundoonabet lotion usesvigilância e contra-vigilância, tão secreto que mesmo dentroonabet lotion usesembaixadas e governos apenas algumas pessoas sabem o que realmente se passa ali.
Uma teoria é queonabet lotion usesHavana foi usado um método muito mais direcionado para realizar algum tipoonabet lotion usesvigilância com micro-ondasonabet lotion usesmaior potência. Um ex-funcionário da inteligência do Reino Unido disse à BBC que as micro-ondas poderiam ser usadas para "iluminar" dispositivos eletrônicos para extrair sinais ou identificá-los e rastreá-los. Outros especulam que um dispositivo (até mesmo umonabet lotion usesorigem americana) pode ter sido mal projetado ou com defeito e causado uma reação físicaonabet lotion usesalgumas pessoas. No entanto, as autoridades americanas disseram à BBC que nenhum dispositivo foi identificado ou encontrado.
Depoisonabet lotion usesuma certa calmariaonabet lotion usestorno do tema, novos casos começaram a se espalhar para alémonabet lotion usesCuba.
Em dezembroonabet lotion uses2017, Marc Polymeropolous acordou repentinamenteonabet lotion usesum quartoonabet lotion useshotelonabet lotion usesMoscou. Agente sênior da CIA, ele estava na cidade para se encontrar com colegas russos. "Meus ouvidos zumbiam, minha cabeça girava. Senti que ia vomitar. Não conseguia ficaronabet lotion usespé", disse ele à BBC. "Foi assustador."
A equipe médica da CIA disse a ele, no entanto, que os sintomas não correspondiam aos casos cubanos. A partir dali uma longa batalha por tratamento médico teve início. As fortes doresonabet lotion usescabeça nunca foram embora, e no verãoonabet lotion uses2019 ele foi forçado a se aposentar.
Polymreopolous pensava inicialmente que havia sido atingido por algum tipoonabet lotion usesequipamentoonabet lotion usesvigilância técnica que havia sido "modificado além da conta". Mas quando mais casos surgiram na CIA, todos, diz ele, ligados a pessoas que trabalhavam na Rússia, ele passou a acreditar que fora alvoonabet lotion usesuma espécieonabet lotion usesarma.
Pouco depois, no inícioonabet lotion uses2018, foi a vezonabet lotion usesa China entrar na história, mais especificamente no consuladoonabet lotion usesGuangzhou.
Alguns dos afetados na China contataram Beatrice Golomb, professora da Universidade da Califórnia, que há muito tempo pesquisa os efeitos do micro-ondas na saúde, bem como outras doenças inexplicáveis. Ela disse à BBC que escreveu à equipe médica do Departamentoonabet lotion usesEstadoonabet lotion usesjaneiroonabet lotion uses2018 com um relato detalhadoonabet lotion usespor que achava que as micro-ondas eram as responsáveis pelos casos. "Isso é uma leitura interessante", dizia a resposta evasiva que recebeu.
Golomb afirma que altos níveisonabet lotion usesradiação foram registrados por familiaresonabet lotion usesfuncionáriosonabet lotion usesGuangzhou, usando equipamentos disponíveisonabet lotion useslojas do ramo. "A agulha bateu no topo dos medidos disponíveis." Mas, segundo ela, o Departamentoonabet lotion usesEstado disse a seus funcionários que aquelas medições deveriam ser confidenciais.
Diversos problemas atrapalharam as primeiras investigações sobre o tema. Houve uma falha na coletaonabet lotion usesdados consistentes. O Departamentoonabet lotion usesEstado e a CIA não conseguiram se comunicar, e o ceticismoonabet lotion usessuas equipes médicas internas causou conflitos entre as partes.
Apenas 1 dos 9 casos da China foi inicialmente associado pelo Departamentoonabet lotion usesEstado aos critériosonabet lotion usesclassificação da síndrome com base nos casosonabet lotion usesHavana. Isso deixou outros que relatavam sintomas com raiva e se sentindo como se estivessem sendo acusados de inventar tudo aquilo. Eles começaram uma batalha pela igualdadeonabet lotion usestratamento, que continua até hoje.
Com o aumento da frustração, alguns dos afetados procuraram Mark Zaid, um advogado especializadoonabet lotion usescasosonabet lotion usessegurança nacional. Ele agora atua para cercaonabet lotion usesduas dúziasonabet lotion usesfuncionários do governo, sendo metadeonabet lotion usesagênciasonabet lotion usesinteligência americanas.
"Esta não é uma síndromeonabet lotion usesHavana. É um nome inadequado", afirma Zaid, cujos clientes foram afetadosonabet lotion usesmuitos locais. "O que está acontecendo é do conhecimento do governo dos EUA provavelmente, com base nas evidências que tenho visto, desde o final dos anos 1960."
Zaid representa desde 2013 um funcionário da Agênciaonabet lotion usesSegurança Nacional dos EUA que acredita ter sofrido danosonabet lotion uses1996onabet lotion usesum local sigiloso.
O advogado questiona por que o governo dos EUA tem estado tão relutanteonabet lotion usesadmitir a história. Uma possibilidade, aventa ele, é que isso abriria uma caixaonabet lotion usesPandoraonabet lotion usesincidentes que foram ignorados ao longo dos anos. Outra é que os EUA também teriam desenvolvido e talvez até adotado as próprias micro-ondas e querem mantê-lasonabet lotion usessegredo.
O interesse do paísonabet lotion usesusar micro-ondas como arma se estendeu além do fim da Guerra Fria. Documentos apontam que a partir da décadaonabet lotion uses1990, a Força Aérea dos EUA tinha um projeto com o codinome "Hello" para ver se as micro-ondas podiam criar sons perturbadores na cabeça das pessoas, um chamado "Goodbye" para testar seu usoonabet lotion usescontroleonabet lotion usesmultidão e outro com o codinome "Goodnight" para ver se eles serviriam para matar pessoas. Informações da última década sugerem que eles não tiveram sucesso.
Mas o estudo da mente e o que pode ser feito com micro-ondas tem recebido atenção crescente no mundo militar eonabet lotion usessegurança.
"O cérebro está sendo visto como o cenárioonabet lotion usesbatalha do século 21", argumenta James Giordano, conselheiro do Pentágono e professoronabet lotion usesNeurologia e Bioquímica da Universidadeonabet lotion usesGeorgetown. Ele foi convidado a examinar os primeiros casosonabet lotion usesHavana. Modosonabet lotion usesaumentar e danificar a função cerebral estão sendo estudados, diz ele à BBC, mas este é um campo com pouca transparência ou regras.
Ele agrega que a China e a Rússia investemonabet lotion usespesquisasonabet lotion usesmicro-ondas e levanta a possibilidadeonabet lotion usesque ferramentas desenvolvidas para usos industriais e comerciais (por exemplo, para testar o impactoonabet lotion usesmicro-ondasonabet lotion usesmateriais) possam ter sido reaproveitadasonabet lotion usesoutras finalidades. Mas ele também se pergunta se a disseminação do medo também estava entre os objetivos.
Esse tipoonabet lotion usestecnologia pode existir já há algum tempo, e até mesmo ter sido usado pontualmente. Mas isso ainda significaria que algo mudouonabet lotion usesCuba para que fosse percebida.
Bill Evanina era um alto funcionário da inteligência quando os casosonabet lotion usesHavana surgiram, e neste ano ele deixou o cargoonabet lotion useschefe do Centro Nacionalonabet lotion usesContra-espionagem. Ele tem poucas dúvidas sobre o que aconteceuonabet lotion usesHavana. "Foi uma arma? Eu acredito que foi", disse ele à BBC.
Ele acredita que micro-ondas podem ter sido utilizadasonabet lotion usesconflitos militares recentes, mas aponta para circunstâncias específicas para explicar a mudançaonabet lotion usescenário.
Cuba, a 90 milhas da costa da Flórida, há muito é considerada ideal para coletar "inteligênciaonabet lotion usessinais" por meio da interceptaçãoonabet lotion usescomunicações. Durante a Guerra Fria, foi o laronabet lotion usesuma importante estaçãoonabet lotion usesescuta soviética. Quando Vladimir Putin visitou o local,onabet lotion uses2014, aventou-se a possibilidadeonabet lotion usesque ele estava sendo reaberto. A China também abriu dois lugares do tipo nos últimos anos,onabet lotion usesacordo com uma fonte, enquanto os russos enviaram 30 oficiaisonabet lotion usesinteligência para a região.
Mas a partironabet lotion uses2015, os EUA estavamonabet lotion usesvolta a Cuba. Comonabet lotion usesrecém-inaugurada embaixada e uma presença reforçada, os EUA estavam apenas começando a se estabelecer, coletando informações e confrontando espiões russos e chineses.
Então os sons começaram.
"Quem mais se beneficiou do fechamento da embaixadaonabet lotion usesHavana?", questiona Evanina. "Se o governo russo estava aumentando e divulgando seu rolonabet lotion usesinteligênciaonabet lotion usesCuba, provavelmente não era bom para eles terem os EUAonabet lotion usesCuba."
A Rússia rejeitou repetidamente as acusaçõesonabet lotion usesque está envolvida, ou "utilizou armasonabet lotion usesmicro-ondas". "Tais especulações provocativas e infundadas e hipóteses fantasiosas não podem realmente ser consideradas um assunto sério para comentários", disse o Ministério das Relações Exteriores.
E tem havido céticos sobre a própria existência da síndromeonabet lotion usesHavana, e o principal argumento deles é a situação únicaonabet lotion usesCuba.
Estresse 'contagioso'
Robert W Baloh, professoronabet lotion usesneurologia na Universidade da Califórnia, estuda há anos sintomasonabet lotion usessaúde inexplicáveis. Quando ouviu os relatos da síndromeonabet lotion usesHavana, concluiu que eram uma condição psicogênicaonabet lotion usesmassa. Ele compara isso à maneira como as pessoas se sentem mal quando são informadasonabet lotion usesque comeram comida contaminada, mesmo que não houvesse nadaonabet lotion useserrado com ela. Seria o inverso do efeito placebo.
"Quando você vê uma doença psicogênicaonabet lotion usesmassa, geralmente há alguma situação subjacente estressante", diz ele. "No casoonabet lotion usesCuba e da massaonabet lotion usesfuncionários da embaixada, particularmente os agentes da CIA que foram os primeiros afetados, eles certamente estavam sob uma situação estressante."
Emonabet lotion usesopinião, sintomas do dia a dia, como névoa cerebral e tontura, são agrupados — pelos pacientes, pela mídia e pelos profissionaisonabet lotion usessaúde — como uma síndrome. "Os sintomas são tão reais quanto quaisquer outros sintomas", diz ele, argumentando que os indivíduos se tornaram hiperconscientes e temerosos à medida que os relatos se espalharam, especialmente dentroonabet lotion usesuma comunidade fechada. Isso, ele acredita, então se tornou contagioso entre outros funcionários americanos atuando no exterior.
Restam muitos elementos inexplicáveis. Por que diplomatas canadenses relataram sintomasonabet lotion usesHavana? Eles foram danos colaterais? E por que nenhum funcionário do Reino Unido relatou sintomas? "Os russos literalmente tentaram matar pessoasonabet lotion usessolo britânico nos últimos anos com materiais radioativos, mas por que não há casos relatados?" se pergunta Mark Zaid.
"Eu provavelmente colocariaonabet lotion usesstand-by a afirmaçãoonabet lotion usesque ninguém no Reino Unido teve sintomas", responde Bill Evanina, que diz que os EUA agora estão compartilhando detalhes com aliados para identificar casos.
Algumas questões podem não estar relacionadas. "Tivemos um bandoonabet lotion usesmilitares no Oriente Médio que alegou ter tido este ataque: descobriram que eles tinham intoxicação alimentar", disse um ex-oficial.
"Precisamos separar o joio do trigo", avalia Mark Zaid, que diz que pessoas comuns, algumas com problemasonabet lotion usessaúde mental, o abordam alegando terem sofrido ataquesonabet lotion usesmicro-ondas.
Um ex-oficial avalia que cercaonabet lotion usesmetade dos casos relatados por servidores americanos estão possivelmente ligados a ataquesonabet lotion usesum adversário. Outros dizem que o número real pode ser ainda menor.
Um relatórioonabet lotion usesdezembroonabet lotion uses2020 da Academia Nacionalonabet lotion usesCiências dos EUA se tornou crucial na investigação. Especialistas coletaram evidênciasonabet lotion usescientistas e médicos, bem comoonabet lotion usesoito vítimas. "Foi bastante dramático", lembra o professor David Relman, da Universidade Stanford, que presidiu o painel. "Algumas dessas pessoas estavam literalmente escondidas, por medoonabet lotion usesnovas ações contra elas por parteonabet lotion usesquem quer que fosse. Na verdade, houve precauções que tivemos que tomar para garantironabet lotion usessegurança."
O painel analisou diversas causas (incluindo psicológicas) e concluiu que pulsosonabet lotion usesmicro-ondas direcionados eonabet lotion usesalta energia eram provavelmente responsáveis por alguns dos casos, semelhante à opiniãoonabet lotion usesJames Lin, que prestou depoimento.
Embora o Departamentoonabet lotion usesEstado dos EUA tenha patrocinado o estudo, o órgão ainda considera a conclusão apenas uma hipótese plausível e as autoridades dizem que não encontraram mais evidências para sustentá-la.
O governo Joe Biden indicou que está levando a questão a sério. Funcionários da CIA e do Departamentoonabet lotion usesEstado recebem conselhos sobre como responder a incidentes. E foi criada uma força-tarefa para dar apoio à equipe no que agora são chamadosonabet lotion uses"incidentesonabet lotion usessaúde inexplicáveis". Tentativas anterioresonabet lotion usescategorizar os casos a partironabet lotion usescritérios específicos foram abandonadas. Só que a faltaonabet lotion usesuma definição clara torna fica mais difícil quantificá-la.
Em 2021, surgiu uma nova ondaonabet lotion usescasos, incluindo Berlim e Viena. Em agosto deste ano, uma viagem da vice-presidente americana, Kamala Harris, ao Vietnã foi atrasadaonabet lotion usestrês horas por causaonabet lotion usesum caso na embaixadaonabet lotion usesHanói. Diplomatas agora fazem dezenasonabet lotion usesperguntas antesonabet lotion usesaceitar missões no exterior com suas famílias.
A CIA assumiu a busca por uma explicação, com um veterano da caçada a Osama bin Laden no comando da missão.
Sinais no sangue
A acusaçãoonabet lotion usesque outro país estaria prejudicando funcionários dos EUA teria consequências grave. "Isso é um atoonabet lotion usesguerra", diz Polymeropolous, ex-CIA. Mas as autoridades na cúpula americana exigirão evidências concretas para agir, só que até agora, dizem investigadores, elas ainda não existem.
Cinco anos depois dos primeiros relatos, algumas autoridades americanas dizem que pouco se sabe sobre o início da síndromeonabet lotion usesHavana. Mas outros discordam. Eles dizem que a evidênciaonabet lotion usesmicro-ondas é muito mais forte agora, embora ainda não seja conclusiva.
A BBC apurou que novas evidências estão chegando à medida que os dados são coletados e analisados de forma mais sistemática pela primeira vez. Alguns dos casos deste ano mostraram marcadores específicos no sangue, indicando lesão cerebral. Esses marcadores desaparecem após alguns dias e, anteriormente, muito tempo havia transcorrido até que eles fossem identificados. Atualmente as pessoas estão sendo testadas muito mais rapidamente após relatar os sintomas pela primeira vez.
O debate continua acirrado, e é possível que a resposta, se surgir, seja complexa. Pode haver um núcleoonabet lotion usescasos reais, enquanto outros foram espelhados na síndrome. As autoridades levantam a possibilidadeonabet lotion usesque a tecnologia e a intenção possam ter mudado com o tempo, talvez mudando para tentar perturbar os EUA. "Gostamosonabet lotion usesum diagnósticoonabet lotion usesrótulo simples", afirma Relman, da Universidade Stanford. "Mas às vezes é difícilonabet lotion usesobtê-lo. E quando não podemos, temos que ter muito cuidado para não simplesmente jogar as mãos para o alto e deixar passar."
O mistério da síndromeonabet lotion usesHavana pode ser seu verdadeiro poder. A ambiguidade e o medo que ele espalha agem como um fator multiplicador, fazendo com que mais e mais pessoas se perguntem se estão sofrendo e tornando mais difícil para espiões e diplomatas operarem no exterior. Mesmo que tenha começado como um incidente bem definido, a síndromeonabet lotion usesHavana pode ter ganhado vida própria.
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