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Afegão brasileiro pede ajuda para resgatar pais, esposa e filhos sob ameaça do Talebã:arbety double
Em entrevista recente à BBC, um porta-voz do grupo afirmou que "não haverá vingança" contra ninguém no Afeganistão.
"Nós asseguramos ao povo do Afeganistão, especialmente na cidadearbety doubleCabul, que as suas propriedades, e suas vidas estarão seguras", disse Suhail Sheheem à apresentadora Yalda Hakim.
Mas, segundo Zabi, "ninguém acredita na palavra do Talebã".
"Durante o dia ele diz que não vai fazer nada com ninguém (em represália por terem colaborado com o governo anterior), mas à noite eles vão à casa das pessoas, tiram elasarbety doublelá e elas somem", diz Zabi à BBC News Brasil.
Nesta quinta-feira (19/8), um relatório feito para a ONU sobre a situação afegã confirmou que o Talebã está realizando uma caçadaarbety doubleportaarbety doubleporta atrásarbety doublepessoas consideradas inimigas.
"Eles (Talebã) têm uma listaarbety doubleindivíduos (a serem capturados) e logo nas primeiras horas que chegaram a Cabul iniciaram uma busca por antigos funcionários do governo - especialmente osarbety doubleserviçosarbety doubleinteligência earbety doubleunidades especiais", disse à BBC Christian Nellemann, do Centro Norueguêsarbety doubleAnálises Globais, autor do relatório.
Fuga às pressas
Nos primeiros dias da retomadaarbety doublepoder pelo Talebã, a famíliaarbety doubleZabi não saiuarbety doublecasa. Na última quarta-feira, mandaram notícias dizendo que tentariam fugir com a ajudaarbety doubleoutros parentes. Depois, avisaram que estavam abrigadosarbety doubleuma grande cidade do país,arbety doubleum esconderijo, até decidir seus próximos passos.
O contato tem sido feito por mensagens esporádicas, mas os parentes têm dito a Zabi que tem sido difícil obter conexãoarbety doubleinternet no país.
Zabi quer tentar trazê-los para o Brasil ou mandá-los para outros países, mas se vêarbety doublemãos atadas. "A vida deles dependearbety doubleeu tirar elesarbety doublelá", afirma. No entanto, na ausênciaarbety doubleuma embaixada brasileiraarbety doubleCabul (a instituição consular do Brasil mais próxima fica no Paquistão) earbety doubleum canal estabelecido para a vindaarbety doublerefugiados afegãos, "vou bater na portaarbety doublequem? Estou feito doido", desabafa.
"Não quero ajuda do governo do Brasil para sustentar minha família - eu trabalho, eu ralo. Eu só quero que eles consigam visto. O problema é só tirar elesarbety doublelá, impedir que os matem."
A BBC News Brasil consultou o Ministério da Justiça, responsável pelo Conare (Comitê Nacionalarbety doubleRefugiados), que informou que questõesarbety doublevisto são respondidas pelo Ministérioarbety doubleRelações Exteriores.
Esse, porarbety doublevez, disse que "avalia,arbety doublecoordenação com o Ministério da Justiça, a possibilidadearbety doubleconcessãoarbety doublevistos humanitários para pessoas afetadas pela situação política no Afeganistãoarbety doubletermos semelhantes aos concedidos a haitianos e apátridas da República do Haiti e para as pessoas afetadas pelo conflito na Síria".
"A Embaixada do Brasilarbety doubleIslamabad, Paquistão, está à disposição para prestar informações a estrangeiros que tencionem ingressararbety doubleterritório brasileiro, bem como para expedir eventuais documentos e vistos necessários para a viagem, à luz do ordenamento jurídico existente", diz a nota do Itamaraty. O link fornecido pelo Itamaraty para esse contato é: http://islamabade.itamaraty.gov.br/pt-br/.
Um caminho possível, segundo especialistasarbety doublemigração, é tentar-se obter um visto temporário para finsarbety doublereunião familiar.
Zabi, diz, porém, que não tem conseguido contato com a embaixadaarbety doubleIslamabad até o momento.
Em tese, qualquer pessoa pode buscar refúgio ou apoio humanitário nas representações diplomáticas presentes no Afeganistão, independentementearbety doublesua nacionalidade, diz Leonardo Freitas, especialistaarbety doubleimigração e CEO da consultoria especializadaarbety doublemobilidade Hayman-Woodward. Na prática, porém, o caos instalado no país e a crise humanitária têm feito com que "deixar a localidade seja o principal e mais difícil desafio".
"As Nações Unidas conseguem apoiar possíveis refugiados caso eles provem que têm familiares fora do país que possam acolhê-los. Um recurso seria buscar o suporte da ONU ou órgãos humanitários como a Cruz Vermelha para incluírem os nomes deles para futuros comboiosarbety doubleretirada do país", prossegue Freitas.
A comunidade afegã é pequena por aqui e uma das menores entre o (relativamente pequeno) grupoarbety doublerefugiados no Brasil. No ano passado, por exemplo, apenas 28 processosarbety doublesolicitaçãoarbety doublevistosarbety doublerefugiados foram deferidos pelo governo brasileiro, segundo dados do Conare (para efeitos comparativos, foram maisarbety double24 mil solicitações deferidas para venezuelanos, nacionalidade com o maior númeroarbety doublerefugiados no país na última década, seguida por sírios e congoleses).
Enquanto isso, na quinta-feira, os ministrosarbety doubleRelações Exteriores do G7 (grupoarbety doublepaíses que inclui Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) pediram que o Talebã honre seu compromissoarbety doublepermitir que pessoas possam deixar o Afeganistãoarbety doublemodo seguro.
Os ministros se disseram "profundamente preocupados pelos relatosarbety doublerepresálias violentasarbety doublepartes do Afeganistão".
Vida nova no Brasil
De volta à históriaarbety doubleZabi, foi também para fugir da perseguição do Talebãarbety doublecursoarbety doublepartes do Afeganistão que ele diz ter emigrado ao Brasil,arbety double2008, aos 20 anos, com um passaporte falso.
Aqui, recebeu statusarbety doublerefugiado até que, no ano passado, obteve a cidadania brasileira. Ele enviou seus documentos à reportagem, incluindo seu RG, tiradoarbety double2020.
Primeiro, recomeçou a vida por aqui trabalhandoarbety doubleuma lojaarbety doubleroupasarbety doubleSão Paulo, até receber uma ofertaarbety doubleempregoarbety doubleum abatedouro halalarbety doubleMinas. Recentemente, transformou o dinheiro economizadoarbety doubleuma lanchonete própria.
Em 2013, quando seu statusarbety doublerefugiado mudou para oarbety doubleresidente no Brasil, ele pôde voltar a visitar o Afeganistão. Em uma das visitas,arbety double2018, diz que se casou com uma prima e teve dois filhos.
Zabi visitava seu país anualmente e passava cercaarbety doubletrês meses por lá. "Quando eu voltava, não tinha Talebã na capital (Cabul). Agora eu nunca mais vou poder voltar para lá na minha vida. Ninguém que mora fora vai poder voltar."
Zabi também ajudava mensalmente a família com remessas financeiras ao Afeganistão. "Mando dinheiro todo mês, porque minha mãe tem problemasarbety doublerim e faz hemodiálise duas vezes por semana. Isso custa US$ 50, lá não se fazarbety doublegraça. Se eu não pagar, ela vai morrer. Mas como eles vão receber dinheiro, se nem sistemaarbety doublebanco está funcionando mais?"
Em meio à fuga da família, Zabi se diz preocupado com o estadoarbety doublesaúde da mãe.
Apesar da surpresa com a retomada do poder por parte do Talebã, Zabi relata quearbety doublefamília já via sinais crescentesarbety doubleviolência por parte do grupo.
"Antesarbety doubleeles chegarem (ao poder), minha família já tinha recebido um papel com a marca do Talebã, eles diziam 'um dia esse governo (aliado ao Ocidente) vai acabar e você vai ver'."
Segundo ele, umarbety doubleseus parentes sofreu um ataque por partearbety doubleinsurgentes,arbety doublerepresália por ter trabalhado com os americanos, mas escapou com vida. Zabi mandou fotos à reportagem desse parente com um cortearbety doublefaca na mão.
"Eu nunca imaginava que eles (Talebã) tomariam meu paísarbety doublenovo. Eles não deixam os meninos estudarem, eles não ajudam os seres humanos a viverem, não deixam médicos e engenheiros (trabalharem). Eles roubam e matam o povo."
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