'Ele foi morto por ser gay': os protestos na Espanha após mortefi2 betjovemfi2 betorigem brasileira:fi2 bet

fi2 bet A polícia espanhola investiga a mortefi2 betSamuel Luiz,fi2 bet24 anos, na madrugadafi2 betsábado (3/7), causada pelo espancamento que sofreufi2 betvários agressores pertofi2 betuma boate na Espanha.

Ele tem origem brasileira, segundo veículosfi2 betcomunicação da Espanha e do Brasil.

Embora o motivo do crime esteja sendo apurado e ninguém tenha sido preso, as denúnciasfi2 bettestemunhas do fato levam os grupos LGTBQIA+ a entenderem que se tratafi2 betum crimefi2 betódio e que Samuel foi atacado por ser homossexual.

Por isso, na tardefi2 betsegunda-feira (5/7), houve manifestaçõesfi2 betvárias cidades do país com apelos por justiça e contra a homofobia.

"Mataram Samuel por ele ser gay" foi uma das principais frases dos protestos contra a morte do jovem enfermeiro na cidadefi2 betLa Coruña, no noroeste da Espanha.

Nessa cidade, um grupofi2 betamigos da vítima exibia faixas com as seguintes frases: "O amor dele não causava mal, seu ódio sim" ou "Samu não morreu, foi assassinado".

Na manifestaçãofi2 betprotestofi2 betMadri, os organizadores leram um comunicado que dizia: "Samuel foi morto por ser gay, repetimos quantas vezes forem necessárias".

O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, descreveu o assassinato como "um ato selvagem e impiedoso".

O que se sabe

Samuel foi espancado pertofi2 betuma boate na madrugadafi2 betsábadofi2 betLa Coruña.

Segundo algumas testemunhas, citadas pela imprensa local, um dos agressores gritou "gay" para ele, então uma das hipóteses da investigação é que o atentado foi um crimefi2 betódio.

A polícia busca agora esclarecer quem foram os culpados e o que desencadeou o brutal espancamento.

De acordo com a imprensa local, o espancamento aconteceu às 3h (horário local)fi2 betsábado. Esta era a segunda noitefi2 betfestas noturnas desde que as restrições foram relaxadas devido à pandemiafi2 betcovid-19 na região da Galiza.

Samuel estava com uma amiga do ladofi2 betforafi2 betuma boate. Aparentemente, uma videochamada foi o gatilho para o ataque.

Sua amiga, Lina, conta que enquanto Samuel e ela faziam uma videochamada, um casalfi2 betjovens passou e o homem pediu para não ser gravado, segundo depoimento para o jornal local La Vozfi2 betGalicia.

"Tentamos explicar a ele que estava se confundindo, que estávamos fazendo uma videochamada e mostrando a um amigo onde estávamos."

Lina conta que o rapaz se dirigiu a Samuel: "Parefi2 betgravar ou eu mato você, viado."

Lina entrou na boate, onde estavam os outros amigos do grupo e, ao sair, Samuel não estava mais lá, masfi2 betuma praça a poucos metrosfi2 betdistância sendo espancado.

Ao chegar no local, "ouvi alguém gritar: viadofi2 betmerda", disse Lina.

Aumentofi2 betcrimesfi2 betódio na Espanha

Ainda não há detidos ou uma versão oficial sobre o que aconteceu.

A políciafi2 betLa Coruña está trabalhando agora na análise das câmerasfi2 betsegurança e no interrogatório dos suspeitos e testemunhas.

José Miñones, delegado do governo na região da Galiza, onde está localizada La Coruña, disse que a homofobia é uma das hipóteses abertas na investigação.

"Depoisfi2 betreceber depoimentosfi2 bettodas as testemunhas, saberemos se é um crime homofóbico ou não", disse Miñones.

"Nenhuma hipótese está excluída, nem o crimefi2 betódio nem qualquer outro", disse o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska.

Os gritosfi2 bet"viado" ouvidos durante o ataque por Lina têm despertado revolta na comunidade LGTBQIA+.

Segundo dados do Ministério do Interior,fi2 bet2019 ocorreram 278 crimesfi2 betódio relacionados com a orientação sexual ou identidadefi2 betgênero na Espanha, o que representa um aumentofi2 bet8,6%fi2 betrelação ao ano anterior.

O medo do aumento das agressões também está por trás dos protestosfi2 betsegunda-feira,fi2 betgrande parte realizados pela comunidade LGTBQIA+.

"Não vamos dar um passo atrásfi2 betdireitos e liberdades. A Espanha não vai tolerar isso", escreveu o presidente do governo, Pedro Sánchez, no Twitter.

No Brasil, o relatório "Observatóriofi2 betmortes violentasfi2 betLGBTI+ no Brasil 2020" mostrou que ocorreram 237 mortes violentasfi2 betLGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais)fi2 bet2020 no Brasil, sendo 224 homicídios e 13 suicídios.

O relatório aponta que houve uma reduçãofi2 bet28% no númerofi2 betmortesfi2 betrelação a 2019, mas alerta para a subnotificação e os efeitos provocados pela pandemia.

"É inegável a existência da violência contra essa comunidade. Ao mesmo tempo, destaca-se que não é uma violência qualquer frutofi2 betum processofi2 betformação socioespacial desigual, é uma violência que mata, fere e brutaliza esses corpos, expondo-os ao ridículo e a extremos processosfi2 betexclusão por serem quem e como são", diz o relatóriofi2 betautoria do Grupo Gay da Bahia e Arte e Política LGBTI+.

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