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Covid: como Portugal foiroleta aleatóriolíderroleta aleatóriomortes a zero vítimasroleta aleatório3 meses:roleta aleatório
roleta aleatório De campeãoroleta aleatóriomortes e casos na União Europeia a único país sem mortes por covid-19roleta aleatório24 horas na região. Portugal viveu dois extremos durante esta pandemiaroleta aleatórioum curto espaçoroleta aleatórioapenas três meses.
Na terça-feira (27/04), a Direção-Geralroleta aleatórioSaúderoleta aleatórioPortugal, órgão ligado ao ministério da Saúde do país, registrouroleta aleatórioseu boletim 196 novos casosroleta aleatóriocovid-19 nas últimas 24 horas e zero mortes.
O paísroleta aleatório10 milhõesroleta aleatóriohabitantes acumulou maisroleta aleatório834 mil casos e 16 mil mortes por covid-19 desde o começo da pandemia.
Há três meses, Portugal lideravaroleta aleatórionúmeroroleta aleatóriocasos e mortes por covid-19 no bloco europeu.
Nas últimas duas semanasroleta aleatóriojaneiro, Portugal havia registrado a taxaroleta aleatórioinfecção por covid-19 mais alta da União Europeia: 1.429,43 por 100 mil habitantes, segundo os dados do Centro Europeu para a Prevenção e controleroleta aleatórioEnfermidades. O país também tinha a taxaroleta aleatóriomortalidade mais elevada da União Europeia: 247,55 por milhãoroleta aleatóriohabitantes.
O médico brasileiro Marcelo Matos disse na época à BBC News Brasil que Portugal vivia um "tsunami" e era um "barrilroleta aleatóriopólvora", devido a alta proporçãoroleta aleatórioidosos e fumantes na população.
Agora esses números desabaram — a incidência da doença caiuroleta aleatório1,4 mil para 67 para cada 100 mil habitantes — e o país vive um momentoroleta aleatóriootimismo e reabertura.
O presidente do Institutoroleta aleatórioSaúde Pública da Universidade do Porto, Henrique Barros, disse nesta semanaroleta aleatóriouma conferência sobre a pandemia que "se tudo correr normalmente", Portugal pode não ter mais casosroleta aleatóriocoronavírus a partirroleta aleatóriosetembro.
"Por setembro, se tudo correr normalmente, esperamos não ter casos", disse ele, ressaltando que é preciso manter o atual planoroleta aleatóriovacinação.
Na sexta-feira, terminará o longo estadoroleta aleatórioemergência no país, que foi decretadoroleta aleatórionovembro e durou 172 dias. E a partirroleta aleatóriosegunda-feira (03/05), Portugal entrará na última fase do que chamaroleta aleatório"desconfinamento" — o fim gradual das fortes medidasroleta aleatóriolockdown que foram impostas no começo do ano.
As medidas incluem:
- reaberturaroleta aleatóriorestaurantes, cafés e pastelarias, com máximoroleta aleatório10 pessoas por mesa, sem limiteroleta aleatóriohorários;
- liberaçãoroleta aleatóriotodas as modalidades desportivas;
- permissão para atividade física ao ar livre eroleta aleatórioginásios;
- realizaçãoroleta aleatóriograndes eventosroleta aleatórioespaços externos; eventosroleta aleatórioespaços internos lotação reduzida;
- realizaçãoroleta aleatóriocasamentos e batizados com máximoroleta aleatório50%roleta aleatóriolotação do local.
Fronteiras fechadas, vacina e lockdown
Mas o que Portugal fez para reverter seu quadroroleta aleatóriotão pouco tempo?
As principais medidas tomadas pelo país foram o investimento no programaroleta aleatóriovacinação, a decretaçãoroleta aleatóriolockdowns severos ao longo do inverno europeu e o fechamento rigorosoroleta aleatóriofronteiras — especialmente quando surgiam variantes novas do coronavírusroleta aleatóriopaíses como Reino Unido, Brasil e África do Sul.
Na parte da vacinação, Portugal vem sofrendo com os mesmos atrasos que a União Europeia — que entrouroleta aleatórioum imbróglio legal com as farmacêuticas fornecedoras das vacinas.
Mesmo assim, o governo conseguiu vacinar todos os portugueses com maisroleta aleatório80 anos, a faixa etária com maior letalidade por covid eroleta aleatóriobreve terá vacinado todos acimaroleta aleatório60 anos. Maisroleta aleatório21% das pessoasroleta aleatórioPortugal já recebeu a primeira dose da vacina — contra apenas 12% no Brasil.
O governo está confiante que no ritmo atual, será possível acelerar essa proporção. O secretárioroleta aleatórioEstado da Saúde, Diogo Serras Lopes, disse nesta semana que o país poderá alcançar a imunidade coletiva "no início e não no final do verão".
O controleroleta aleatóriofronteiras também foi outra medida importante. No auge da pandemia, Portugal reforçou o bloqueio ao coronavírus, proibindo todas as viagens não-essenciais ao exterior. As fronteiras foram fechadas com a Espanha e por meses houve poucos voos chegando da Lisboa até mesmoroleta aleatóriooutros países europeus. Voos para países como o Brasil chegaram a ser suspensos por completo e retomados apenas na semana passada.
O país também adotou medidas durasroleta aleatórioconfinamento, que ajudaram a derrubar a taxaroleta aleatóriocontágioroleta aleatóriofevereiro e março. A reabertura das escolas foi atrasada —roleta aleatório5roleta aleatóriofevereiro para 15roleta aleatóriomarço.
O país também aumentou a contrataçãoroleta aleatóriomédicos estrangeiros, com contratosroleta aleatórioum ano, à medida que os hospitais registravam níveis recordesroleta aleatóriomortes. A equipe médica do país foi fortemente afetada, com 23 mil profissionais contraindo covid-19 no meio da pandemia.
Europaroleta aleatóriolockdown
A reabertura econômicaroleta aleatórioPortugal contrasta com a situaçãoroleta aleatóriooutros países na Europa.
A Alemanha ainda registra cercaroleta aleatório25 mil novos casos e 300 mortos por dia. Apesarroleta aleatórioter uma taxaroleta aleatóriovacinação semelhante àroleta aleatórioPortugal, a Alemanha não teve um fechamentoroleta aleatóriofronteiras e voos tão rigoroso quanto Portugal.
Além disso, há resistências fortes ao lockdown, com uma disputa política entre o governo federal e os Estados. Muitas medidasroleta aleatóriolockdown estavam sendo definidas apenas pelos Estados. Mas nas últimas semanas, a chanceler Angela Merkel adotou uma políticaroleta aleatório"freioroleta aleatórioemergência", com medidasroleta aleatórioconfinamento decretadas pelo governo federalroleta aleatórioregiões com maisroleta aleatório100 infectados por cada 100,000 habitante. A medida está sendo contestada nos tribunaisroleta aleatório65 processos separados.
Diante da faltaroleta aleatórioprogresso contra a pandemia, alguns acreditam que o lockdown na Alemanha precisará ser estendidoroleta aleatórioboa parte do país até junho.
A França segue um cronograma parecido, com lockdown aindaroleta aleatóriovigorroleta aleatórioboa parte do país — que tem registrado maisroleta aleatório30 mil casos e 300 mortes por dia,roleta aleatóriomédia.
Outro país europeu que, como Portugal, estároleta aleatórioprocesso aceleradoroleta aleatórioreabertura econômica é o Reino Unido.
No caso britânico, o maior contrasteroleta aleatóriorelação aos demais países da região está na vacinação: 49% dos britânicos já receberam a primeira dose da vacina, contra 22% na União Europeia. Toda a população idosa já teve acesso ao imunizante e agora pessoas com 42 anos estão recebendo suas doses.
Como Portugal, o Reino Unido enfrentou um rigoroso lockdown, que foi decretado pouco antes do Natalroleta aleatório2020 e só começou a ser liberado no começoroleta aleatóriomarço.
A reabertura das atividades econômicas no Reino Unido está num estágio bem mais avançado do que no continente europeu, com restaurantes, bares e lojas não-essenciais jároleta aleatóriofuncionamento.
No dia 17roleta aleatóriomaio, é esperado que o governo libere visitas entre pessoasroleta aleatóriodiferentes casas (com, no máximo quatro visitantes) e reabertura dos cinemas na Inglaterra.
Variantes ainda preocupam
Em Portugal, as autoridades afirmam que a luta contra o coronavírus ainda não acabou e sugerem que a reabertura pode ser interrompida ou até revertida, caso haja ressurgimento da covid-19.
"Se necessário for, não hesitareiroleta aleatóriodecretar novo estadoroleta aleatórioemergência", disse na terça-feira o presidenteroleta aleatórioPortugal, Marcelo Rebeloroleta aleatórioSousa, ao anunciar que vai pararroleta aleatóriorenovar o estadoroleta aleatórioemergência — que já havia sido renovadoroleta aleatório15 ocasiões. Com isso Portugal passará a estarroleta aleatórioestadoroleta aleatório"calamidade", o que ainda permite que o governo adote algumas medidasroleta aleatóriorestrição, caso sejam necessárias.
A variante britânica do vírus ainda preocupa, pois está crescendo entre os novos casosroleta aleatóriocovid-19.
"Há 15 dias nós estávamos com 83% dos casosroleta aleatóriocovid-19 causados pela variante do Reino Unido e agora estimamos estar já nos 89, 90% à dataroleta aleatórioontem [segunda-feira]", disse o coordenador do estudo sobre a diversidade genética do novo coronavírusroleta aleatórioPortugal, João Paulo Gomes, segundo o jornal Diárioroleta aleatórioNotícias.
Ainda assim, o país se prepara para prepara para receber turistas britânicos e alemães durante os meses do verão europeu.
Até março, Portugal ainda estava na lista "vermelha" do governo britânico —roleta aleatóriopaíses com altas restriçõesroleta aleatórioviagens para turistas do Reino Unido. Acredita-se que ao longoroleta aleatóriomaio, Portugal entre na lista "verde", a com menos restrições.
As praias portuguesas estão entre as preferidasroleta aleatórioturistas britânicos e alemães, que respondem por grande parte da renda do turismo no país.
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