'Brasil não levou pandemia a sério e muitos morreram desnecessariamente', diz Nobelboa boa cassinoMedicina:boa boa cassino

Crédito, The Rockfeller University

Legenda da foto, Para virologista americano Charles Rice, que venceu o prêmioboa boa cassino2020, presidente Jair Bolsonaro é culpado pela criseboa boa cassinocovid-19 e enfrentar pandemia sobboa boa cassinoliderança "será um desafio"

Crédito, Marcos Corrêa/PR

Legenda da foto, Carta assinada por maisboa boa cassino200 nomes, incluindo três vencedores do Nobel, critica atuaçãoboa boa cassinoBolsonaroboa boa cassinopandemiaboa boa cassinocovid-19

Carta aberta

Recentemente, Rice foi um dos três ganhadores do prêmio Nobel a assinar uma carta com maisboa boa cassino200 nomes, entre cientistas e pesquisadoresboa boa cassinotodo o mundo, para defender a ciência no Brasil e criticar a atuação do governo Bolsonaro durante a pandemiaboa boa cassinocovid-19. O documento, publicadoboa boa cassino7boa boa cassinoabril, diz que a área está sob ataque pelaboa boa cassinogestão (ver íntegra ao fim desta reportagem).

Alémboa boa cassinoRice, outros dois laureados com o Nobel, Michel Mayor (Nobelboa boa cassinoFísicaboa boa cassino2019) e Peter Ratcliffe (Nobelboa boa cassinoMedicinaboa boa cassino2019), também estão entre os signatários.

A BBC News Brasil entrouboa boa cassinocontato com os dois - Mayor não respondeu aos questionamentos da reportagem e Ratcliffe afirmou, por meioboa boa cassinosua secretária, que ficou "feliz"boa boa cassinoter assinado a carta, mas que não "desejava fazer comentários adicionais" sobre a situação da pandemia da covid-19 no Brasil.

No documento, os signatários dizem que Bolsonaro "deve ser responsabilizado pela condução da crise sanitária no Brasil, que não somente fez explodir o númeroboa boa cassinomortes mas acentuou as desigualdades no país".

A carta lembra que o presidente se referiu à covid-19 como "gripezinha", criticou as medidas preventivas, como isolamento físico e usoboa boa cassinomáscaras, e "por diversas vezes provocou aglomerações", alémboa boa cassino"propagar o uso da cloroquina" e "desencorajar a vacinação".

"Em meio ao negacionismo, proliferaçãoboa boa cassinofalsas informações e ataques à ciência,boa boa cassinoplena crise sanitária, o presidente chegou a mudar quatro vezesboa boa cassinoministro da saúde", acrescenta o documento.

Na carta, os signatários também destacam que a ciência no Brasil "vem sofrendo diversos ataques".

"Cortes e mais cortes orçamentários que ameaçam pesquisas e colocam o trabalhoboa boa cassinocientistasboa boa cassinoxeque; instrumentalização da ciência à fins eleitoreiros como bem mostram as declarações do presidente desacreditando o trabalhoboa boa cassinocientistas durante a crise sanitária. Esses ataques, no entanto, vão além do contexto da covid-19".

O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemiaboa boa cassinocovid-19 no mundo: tem o terceiro maior númeroboa boa cassinocasos confirmadosboa boa cassinocoronavírus (maisboa boa cassino14 milhões) e o segundo maior númeroboa boa cassinomortes (391 mil).

Veja a íntegra da carta abaixo.

Carta Aberta: solidariedade internacional aos pesquisadore(a)s e cientistas no Brasil e ao povo brasileiro.

Pesquisadore(a)s do mundo todo

Terça-feira, 6boa boa cassinoabrilboa boa cassino2021 - O Brasil registra 4195 mortes pela Covid. Ao todo, são maisboa boa cassino340 000 óbitos contabilizados desde o começo da pandemia. Se o coronavírus afeta todos os países do globo, a amplitude da catástrofe sanitária que acomete o país não pode ser dissociada da gestão desastrosa do presidente Jair Bolsonaro. O presidente deve ser responsabilizado pela condução da crise sanitária no Brasil, que não somente fez explodir o númeroboa boa cassinomortes mas acentuou as desigualdades no país.

Em inúmeros momentos, o dirigente da república brasileira se referiu à covid-19 como « gripezinha », minimizando a gravidade da doença. Bolsonaro criticou as medidas preventivas, como o isolamento físico e o usoboa boa cassinomáscaras, e por diversas vezes provocou aglomerações. Chegou a propagar o uso da cloroquina, embora cientistas alertassem para os efeitos tóxicos do uso do fármaco para combater a covid. Pesquisadores que publicaram estudos que demonstravam que o uso do medicamento aumentava o riscoboa boa cassinomorteboa boa cassinopacientes com Covid chegaram a ser ameaçados no Brasil. Bolsonaro desencorajou ainda a vacinação, chegando a sugerir, por exemplo, que as pessoas poderiam se transformarboa boa cassino« jacaré ». Em meio ao negacionismo, proliferaçãoboa boa cassinofalsas informações e ataques à ciência,boa boa cassinoplena crise sanitária, o presidente chegou a mudar quatro vezesboa boa cassinoministro da saúde.

A ciência brasileira está sofrendo diversos ataques : cortes e mais cortes orçamentários que ameaçam pesquisas e colocam o trabalhoboa boa cassinocientistasboa boa cassinoxeque ; instrumentalização da ciência à fins eleitoreiros, como bem mostram as declarações do presidente desacreditando o trabalhoboa boa cassinocientistas durante a crise sanitária. Esses ataques, no entanto, vão além do contexto da covid-19. Basta lembrar os ataques feitos por Bolsonaro ao Instituto Nacionalboa boa cassinoPesquisas Espaciais (Inpe)boa boa cassinoum contexto alarmante diante dos níveisboa boa cassinodesmatamento da Amazônia.

Ao desmentir a ciência, Bolsonaro não somente fere a comunidade científica, mas toda a sociedade brasileira : são diários os recordesboa boa cassinomortes pela covid, dados da Fiocruz indicam por exemplo a circulaçãoboa boa cassino92 cepas do coronavírus no Brasil, o que torna o país uma gigantesca fábricaboa boa cassinovariantes ; para além temos ainda os impactos sobre o meio ambiente, povos tradicionais da Amazônia e o clima global.

Em um contextoboa boa cassinocrise sanitária,boa boa cassinoagravamento das desigualdades,boa boa cassinomudanças climáticas, este tipoboa boa cassinoconduta é inaceitável e o autor deve ser responsabilizado. Nós nos preocupamos com o agravamento da crise sanitária no Brasil, com os ataques à ciência e por meio desta carta aberta nós, acadêmico(a)sboa boa cassinotodo o mundo, demonstramos nossa solidariedade com os/as colegas no Brasil, cujas liberdades estão ameaçadas e com a população brasileira que é afetada diariamente por essa política destrutiva.

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