Como o governadormrjack bet bonusNY foimrjack bet bonus'herói' a 'vilão' na pandemia,mrjack bet bonusmeio a escândalos e acusaçõesmrjack bet bonusassédio:mrjack bet bonus

À medida que a pandemia avançava, seus índicesmrjack bet bonusaprovação chegaram ao ponto mais alto desde que assumiu o governo,mrjack bet bonus2011. O governador até publicou um livro sobre como Nova York enfrentou o coronavírus sobmrjack bet bonusliderança.

Em meio às primárias que decidiriam quem seria o democrata a concorrer à Presidência, muitos questionavam se Cuomo não seria um candidato melhor do que Joe Biden para enfrentar Trump nas urnas.

"Em meio à crise do coronavírus, ele se tornou uma figura nacional. Sua popularidade e aprovação dispararam. Ele se tornou o anti-Trump", diz à BBC News Brasil o cientista político Harvey Schantz, professor da Universidade Estadualmrjack bet bonusNova York (SUNY)mrjack bet bonusPlattsburgh.

Mas, nas últimas semanas,mrjack bet bonusimagem sofreu um baque, com acusaçõesmrjack bet bonusque ele escondeu o número realmrjack bet bonusmortes por covid-19mrjack bet bonuslaresmrjack bet bonusidosos e alegaçõesmrjack bet bonusassédio sexual.

Cuomo agora aguarda o resultadomrjack bet bonusinvestigações sobremrjack bet bonusconduta e enfrenta pressões atémrjack bet bonuspolíticosmrjack bet bonusseu próprio partido para que deixe o poder.

Na sexta-feira (12/03), políticos importantes do Partido Democrata, como os senadores Chuck Schumer e Kirsten Gillibrand e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, pediram a renúncia imediatamrjack bet bonusCuomo.

Mortesmrjack bet bonusidosos

A reviravolta na imagemmrjack bet bonusCuomo começou no fimmrjack bet bonusjaneiro, quando a procuradora-geralmrjack bet bonusNova York, a também democrata Letitia James (que foi eleita para o cargo, e não é indicada pelo governador), divulgou um relatório com a conclusãomrjack bet bonusque o governo estadual havia reportado um númeromrjack bet bonusmortes por covid-19mrjack bet bonuslaresmrjack bet bonusidosos cercamrjack bet bonus40% menor do que o real.

Os números divulgados inicialmente incluíam só os idosos que morreram nessas instituições e não aqueles que morreram depoismrjack bet bonusserem transferidos para hospitais.

A diferença não alterou o número totalmrjack bet bonusmortes no Estado, já que os óbitos haviam sido computados, mas não incluíam a informaçãomrjack bet bonusque se tratavammrjack bet bonusresidentesmrjack bet bonuslaresmrjack bet bonusidosos.

O episódio afetou a imagemmrjack bet bonustransparência cultivada pelo governador. Cuomo já vinha sofrendo críticas por uma ordem emitidamrjack bet bonusmarçomrjack bet bonus2020, para que laresmrjack bet bonusidosos readmitissem pacientes que haviam testado positivo e ainda se recuperavam do coronavírus após receberem alta do hospital.

Segundo críticos, a medida contribuiu para aumentar o contágio e as mortes por covid-19 nessas instituições. Cuomo dizia que estava seguindo orientações do governo federal e buscava evitar que os hospitais ficassem sobrecarregados.

Ele rejeitou as críticas como ataques partidários, mas acabou revertendo a medidamrjack bet bonusmaio.

Um relatório do Departamentomrjack bet bonusSaúde do Estado disse que a maioria dos pacientes enviados dos hospitaismrjack bet bonusvolta aos laresmrjack bet bonusidosos não estavam mais contagiosos quando admitidos. Segundo o governo, o vírus havia sido propagado por funcionários dessas instituições que não sabiam que estavam infectados.

Mas os problemasmrjack bet bonusCuomo foram agravados por relatosmrjack bet bonusque assessores haviam admitido que o número realmrjack bet bonusmortesmrjack bet bonuslaresmrjack bet bonusidosos foi ocultado para evitar ataques por partemrjack bet bonusadversários políticos, como Trump.

Diante das críticas e pressões, ele admitiu que foi um erro não fornecer mais rapidamente informações públicas sobre as medidas adotadas pelo governo.

"Isso tudo foi realmente um golpe na imagem do governador", ressalta Schantz.

As decisões do governomrjack bet bonusrelação ao coronavírusmrjack bet bonuslaresmrjack bet bonusidosos acabaram virando alvomrjack bet bonusinvestigação federal.

Além disso, vários altos funcionários do setormrjack bet bonussaúde pública no Estado pediram demissão recentementemrjack bet bonusmeio a tensões com Cuomo e divergênciasmrjack bet bonusrelação à resposta à pandemia e ao planomrjack bet bonusvacinaçãomrjack bet bonusNova York.

Assédio sexual

Cuomo já enfrentava essa crise relacionada à pandemia quando começaram a surgir acusaçõesmrjack bet bonuscomportamento inapropriado com mulheres.

Até o fechamento desta reportagem, seis mulheres haviam relatado episódios — que vão desde comentários inoportunos e investidas indesejadas até alegaçõesmrjack bet bonusassédio sexual.

A primeira a vir a público foi Lindsey Boylan, ex-funcionária do governo estadual que,mrjack bet bonusdezembro do ano passado, escreveu no Twitter que Cuomo a beijou nos lábios sem seu consentimento e,mrjack bet bonusdeterminada ocasião, a convidou para jogar strip poker.

"@NYGovCuomo me assediou sexualmente por anos", tuitou Boylan. "Muitos viram, e só assistiram. Eu nunca conseguia antecipar o que esperar: eu seria cobrada por meu trabalho (que era muito bom) ou assediada pela minha aparência. Ou seria ambos na mesma conversa? Foi assim por anos."

No finalmrjack bet bonusfevereiro, Boylan, que agora concorre a um cargo públicomrjack bet bonusManhattan, repetiu detalhes sobre o episódio, que teria ocorridomrjack bet bonus2018. O gabinete do governador negou as alegações.

Mas, poucos dias depois, outra ex-assessora, Charlotte Bennett,mrjack bet bonus25 anos, disse ao jornal The New York Times e à rede CBS News que, no ano passado, o governadormrjack bet bonus63 anos fez várias perguntas sobremrjack bet bonusvida sexual, se ela já havia feito sexo com homens mais velhos e se achava que idade fazia diferençamrjack bet bonusum relacionamento.

Segundo Bennett, o Cuomo disse que estava solitário e que não se importavamrjack bet bonusse envolver com uma mulher na faixa dos 20 anos. Ela diz que as perguntas a levaram a concluir que ele "estava tentando dormir comigo" e que relatou tudo ao chefemrjack bet bonusgabinete. Ela foi transferida para outro setor e, depois, pediu demissão.

Dois dias após as alegaçõesmrjack bet bonusBennett se tornarem públicas, Anna Ruch, que era convidadamrjack bet bonusum casamentomrjack bet bonus2019 no qual Cuomo estava presente, disse que o governador, que ela havia acabadomrjack bet bonusconhecer, tocoumrjack bet bonussuas costas nuas, colocou as mãosmrjack bet bonussuas suas bochechas e perguntou se podia beijá-la.

No fimmrjack bet bonussemana passada, Ana Liss,mrjack bet bonus35 anos, que trabalhou como assessora do governador entre 2013 e 2015, disse ao jornal The Wall Street Journal que Cuomo perguntou se ela tinha namorado, a chamoumrjack bet bonusquerida, tocoumrjack bet bonussuas costasmrjack bet bonusuma recepção e, às vezes, beijavamrjack bet bonusmão.

Ambiente 'tóxico'

Também no fimmrjack bet bonussemana passado uma quinta mulher, Karen Hinton, que foi consultoramrjack bet bonusCuomo quando ele era secretário nacionalmrjack bet bonusHabitação, disse ao jornal The Washington Post que,mrjack bet bonus2000, ele a chamou para seu quartomrjack bet bonushotel e a abraçou sem seu consentimento.

Hinton disse que se desvencilhoumrjack bet bonusCuomo mas que ele a puxoumrjack bet bonusvolta, e ela então saiu do quarto.

Um porta-voz do governo negou a veracidade do episódio e disse que Hinton é "uma conhecida opositora"mrjack bet bonusCuomo que está "tentando se aproveitar desse momento para marcar pontos".

Uma sexta alegação veio à tona na terça-feira (9/3). Segundo o jornal The Times Union,mrjack bet bonusAlbany, uma mulher, não identificada, disse que estava na residência oficial a trabalho no ano passado quando o governador botou a mão dentro semrjack bet bonusblusa e a tocoumrjack bet bonusforma inapropriada e sem seu consentimento.

"Nunca fiz nada disso", disse Cuomomrjack bet bonusentrevista coletiva.

O Washington Post também publicou no último fimmrjack bet bonussemana uma reportagem na qual funcionários, a maioria sob anonimato, relatavam ter sofrido abuso verbal e manipulação emocional e afirmavam que, durante décadas, Cuomo criou um ambientemrjack bet bonustrabalho "hostil e tóxico",mrjack bet bonusque subordinados eram humilhados.

Diante das revelações, a procuradora-geral designou uma equipe independente para investigar as alegaçõesmrjack bet bonusassédio sexual e a resposta do governo às denúncias feitas por funcionárias como Bennett.

Desculpas

Em entrevista coletiva na semana passada, Cuomo afirmou que nunca tocou ninguémmrjack bet bonusforma inapropriada, mas se desculpou por comentários que possam ter causado ofensa.

"Agimrjack bet bonusuma maneira que fez as pessoas se sentirem desconfortáveis. Não foi intencional. E eu realmente e profundamente peço desculpas por isso", afirmou. "Eu me sinto péssimo por isso e, francamente, envergonhado, e não é fácil dizer isso."

Sobre o episódio relatado por Ruch sobre a festamrjack bet bonuscasamento, Cuomo disse que, na época, não sabia que estava deixando a convidada desconfortável e que lamenta que ela tenha se sentido assim.

"Meu costume é beijar e abraçar e fazer aquele gesto. Eu entendo que as sensibilidades mudaram e os costumes mudaram. Eu sei disso, e eu vou aprender com isso", afirmou.

Em referência às declaraçõesmrjack bet bonusLiss, o governador observou: "Eu digo às pessoas no gabinete 'Tudo bem? Como vai? Você tem saído? Está namorando?'. É meu jeitomrjack bet bonusfazer uma brincadeira amigável".

Em entrevista posterior, no último domingo, Cuomo negou as alegaçõesmrjack bet bonusHinton. "Toda mulher tem o direitomrjack bet bonusvir a público", afirmou. "Mas a verdade também é importante. O que ela disse não é verdade", afirmou o governador, acrescentando que Hinton é "uma antiga adversária política".

Cuomo disse que está cooperando com a investigação comandada por Letitia James e pediu aos nova-iorquinos que esperem o resultado desse processo, que pode levar meses.

Nesta semana, após as alegações da sexta mulher, Cuomo repetiu que não vai mais falar sobre detalhes específicosmrjack bet bonusnenhum caso enquanto as investigações estiveremmrjack bet bonuscurso e garantiu estar "confiante no resultado".

Pedidosmrjack bet bonusrenúncia

Cuomo disse maismrjack bet bonusuma vez que não pretende renunciar, mas os pedidos para que deixe o cargo vêm crescendo à medida que novas alegações vão surgindo.

Na Assembleia estadual, maismrjack bet bonus50 democratas já se manifestaram contra o governador, e deputados republicanos apresentaram resolução para iniciar procedimentosmrjack bet bonusimpeachment.

"Alegações múltipla e verossímeismrjack bet bonusassédio sexual e os recentes relatos detalhando a ocultação do número realmrjack bet bonusmortos por covid-19mrjack bet bonuslaresmrjack bet bonusidosos são extremamente preocupantes e deixam claro que o governador Cuomo não é mais o governador certo para Nova York", disse nesta semana o deputado Richard Gottfried, o democrata mais antigo da Assembleia, eleitomrjack bet bonus1971.

No domingo (7/3), a líder do Senado estadual, a democrata Andrea Stewart-Cousins, disse que Cuomo deveria renunciar "pelo bem do Estado".

"Nós precisamos governar sem distrações diárias", disse Stewart-Cousins. "O governador Cuomo precisa renunciar."

Na quinta-feira (11/3), o democrata Billmrjack bet bonusBlasio, prefeitomrjack bet bonusNova York, disse que Cuomo não pode mais servir como governador e deveria renunciar.

"Não é uma, nem duas, nem três, nem quatro, nem cinco. São seis mulheres vindo a público", afirmou o prefeito,mrjack bet bonusentrevista coletiva.

O presidente Joe Biden e a vice Kamala Harris têm tentado evitar o assunto, sem denunciar nem defender Cuomo.

Futuro políticomrjack bet bonusxeque

Os escândalos envolvendo o governador nova-iorquino representam um desafio para o Partido Democrata emrjack bet bonusimagemmrjack bet bonustolerância zero contra assédio sexual emrjack bet bonusdefesa dos direitos das mulheres e do movimento #MeToo, iniciadomrjack bet bonus2017.

O próprio Cuomo várias vezes denunciou acusadosmrjack bet bonusassédio sexual e sancionou leis para proibir assédio sexual no localmrjack bet bonustrabalho. No passado, nomes nacionais do partido, entre eles Gillibrand e Harris, pediram a renúnciamrjack bet bonusdemocratas acusadosmrjack bet bonusassédio sexual, como o senador Al Franken, que deixou o cargomrjack bet bonus2018.

Mas a pressamrjack bet bonuscondenar e punir Franken rapidamente foi criticada posteriormente, e muitos dizem que o senador deveria ter tido o direitomrjack bet bonusesperar pela conclusão das investigações a respeitomrjack bet bonussua conduta.

Os escândalos também lançam dúvidas sobre o futuro políticomrjack bet bonusCuomo, que pode concorrer a um quarto mandatomrjack bet bonus2022.

Por enquanto, ele ainda parece contar com o apoio da maioria dos nova-iorquinos. Pesquisa da Universidade Quinnipiac na semana passada indicava que 55% dos eleitores do Estado não achavam que o governador deveria renunciar.

Mas a pressão para que renuncie pode aumentar caso novas alegações venham à tona.

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