'18 anos e vacinada': brasileirosvbet latIsrael contam como é vivervbet latpaís com maior taxavbet latvacinação contra covid-19:vbet lat

Juliana Ajbeszyc tem 18 anos e foi vacinada contra covid-19

Crédito, Juliana Ajbeszyc/BBC

Legenda da foto, Juliana Ajbeszyc tem 18 anos e já recebeu as duas doses contra a covid-19

Segundo dados da plataforma Our World in Data, da Universidadevbet latOxford (Reino Unido), Israel tem hoje a maior taxavbet latvacinação do mundo, com 98,85 doses administradas por cada 100 habitantes. A população do país évbet latcercavbet lat9 milhõesvbet latpessoas. Praticamente todos os idosos já tomaram pelo menos uma dose da vacina.

A títulovbet latcomparação, a taxa brasileira évbet lat4,58 doses administradas por cada 100 habitantes.

Um estudo recente feito por pesquisadores israelenses com basevbet latestatísticas oficiais demonstrou a eficácia da campanhavbet latimunização no combate à pandemiavbet latcovid-19. Segundo os cientistas, a vacinaçãovbet latmassa evitou que pessoas ficassem gravemente doentes.

Até agora, Israel teve 791 mil casos confirmados do novo coronavírus, com 5,8 mil mortes.

Binyamin Netanyahu

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Primeiro-ministrovbet latIsrael, Binyamin Netanyahu decretou lockdown e incentiva usovbet latmáscara, alémvbet latfazer campanha pela vacinação

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, se envolveu pessoalmente na campanhavbet latvacinação. Em um vídeovbet latmarketing do governo que viralizou nas redes sociais, Netanyahu aparece com um megafone convocando a população a se vacinar contra o coronavírus. Na sequência, aparecem personagens negando a vacinação — como um palhaço e um homem vestido com tecladosvbet latcomputador,vbet latalusão à fake news.

O premiê, então, começa a desmentir as notícias falsas sobre a vacinação e dizer que a vacina é segura e foi pesquisada pelos maiores especialistas do mundo.

No fim, e após algumas piadasvbet latNetanyahu, os personagens do vídeo decidem se vacinar.

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Nas redes sociais, usuários brasileiros aproveitaram o vídeo para zombar da postura do presidente Jair Bolsonaro, aliadovbet latNetanyahu.

Diferentemente do premiê israelense, Bolsonaro sempre se posicionou contra o lockdown — Israel implementou três confinamentos desde o início da pandemia da covid-19. Netanyahu também sempre aparece usando máscaravbet lateventos oficiais.

No sábado (6), uma comitiva liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, partiu rumo a Israel. O objetivo é visitar uma instituição israelense, o centro médico Ichilov, que está desenvolvendo um spray para o tratamento da covid-19.

Na terça-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro disse que o medicamento israelense "parece um produto milagroso", mas a droga ainda estávbet latfasevbet lattestes.

Usuários também notaram que a comitiva posou para foto sem máscara antes do embarque. Mas, na chegada a Israel, apareceuvbet latnova imagem usando o equipamentovbet latproteção.

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'Passaporte verde'

Uma semana depoisvbet lattomar a segunda dose, os vacinadosvbet latIsrael recebem o chamado 'passaporte verde', um documento eletrônico que permite acesso a restaurantes, academiasvbet latginástica, teatros, cinemas e outros estabelecimentos — recentemente, o país deu início a uma reabertura gradual após o terceiro confinamento.

Aline Szewkies

Crédito, Aline Szewkies/BBC

Legenda da foto, Aline Szewkies mostra certificadovbet latvacinação

"A ideia é que todo mundo que já tomou as duas doses ou teve o coronavírus vai poder circularvbet latvários espaços que estavam fechados", diz a gaúcha Aline Szewkies, guiavbet latturismo e youtuber do canal 'Israel com a Aline', com 280 mil seguidores.

"A vacinação aqui não é obrigatória, ou seja, isso é um incentivo para as pessoas se vacinarem", acrescenta.

Aline tem 31 anos dos quais 11vbet latIsrael. Ela conta que foi a primeira da família a ser vacinada.

"Tenho uma irmã que mora na Suíça, tios e primos nos Estados Unidos, mas a maior parte da família no Brasil — e fui a primeira a ser vacinada", diz.

Assim como Juliana, ela elogia a facilidade do processovbet latvacinação.

"Fui vacinada num estádiovbet latbasquete perto da minha casa. Você chega lá, responde a algumas perguntas básicas, toma a vacina e depois aguarda numa salavbet latespera por 15 minutos", conta.

Ela destaca que, diferentemente do Brasil, Israel implementou lockdowns nacionais rígidos.

"Era comum ver muitos policiais nas ruas verificando aonde as pessoas estavam indo e distribuindo multas", diz.

"Desde que vim morar aqui, foi a primeira vez que não pude entrar na Cidade Velhavbet latJerusalém, onde estão os locais sagrados para cristãos, judeus e muçulmanos", acrescenta.

Aline diz agora estar esperançosa com a reabertura do país para que possa retomarvbet latbreve suas atividades.

"Israel já fechou acordos com a Grécia e com o Chipre. O turismo foi um dos setores mais afetados, assim como o comércio", explica.

Preocupação com a família no Brasil

Desde maiovbet lat2018 vivendovbet latIsrael com a mulher e os filhos, o carioca Marcos Homsani,vbet lat38 anos, também já foi vacinado. Ele diz que muitos parentes no Brasil se sentem "injustiçados" por não terem acesso às vacinas.

"Me impressionou muito a rapidez com que o processovbet latvacinação se desenrolou aqui. Somos um país acostumado a emergências nacionais, inclusive pela nossa situação geopolítica", diz.

"Até o Mossad (serviço secretovbet latIsrael) se envolveuvbet lattrazer vacinas para o país", acrescenta.

Leila Perez sendo vacinada

Crédito, Leila Perez/BBC

Legenda da foto, Leila Perez tem 62 anos e vivevbet latIsrael há 43

Para a autônoma Leila Perez,vbet lat62 anos e há 43 vivendovbet latIsrael, a situaçãovbet latsua família no Brasil também a preocupa. Ela tomou as duas doses da vacinavbet latjaneiro.

"Eu morrovbet latmedo (do impacto da pandemia no Brasil). Tenho uma mãevbet lat82 anos e que está lutando contra um câncer bem invasivo e tenho um irmão com comorbidades. Eles estão confinadosvbet latcasa no interiorvbet latSão Paulo. O Brasil é uma catástrofe".

Quando conversou com a BBC News Brasil, Leila estava tentando viajar ao Brasil a tempo da cirurgia da mãe, mas ainda há restrições para voos no aeroporto internacionalvbet latIsrael.

Ela também lembra que, assim como no Brasil, há muitos grupos contra a vacinação no país.

"O movimento antivax (antivacina) também existe aqui e, apesarvbet latpouco numeroso, 'grita' muito", ressalva.

Em meio à preocupação com os familiares que vivem no Brasil, Aline compartilha uma mensagemvbet latesperança.

"Em hebraico, temos a expressão gam zeh ya'avor, ou, "também isso vai passar". O mundo todo passa por um momento difícil. Aquivbet latIsrael, estamos um passo adiante na vacinação e na volta à normalidade, mas tenho certezavbet latquevbet latbreve vamos lembrar a pandemia como parte do passado", diz.

Vacinaçãovbet latpalestinos

Em meio a críticas sobre baixo númerovbet latimunizações na Faixavbet latGaza e na Cisjordânia, o governo israelense disponibilizou 130 mil doses a trabalhadores palestinos que atuamvbet latIsrael e nos territórios ocupados.

Gabi Barbash, diretor-geral do Centro Médico Tel Aviv Sourasky e ex-responsável pela estratégiavbet latcombate à covid-19vbet latIsrael, acredita ser um "grande erro" que o país não tenha vacinado os palestinos até agora.

"O coronavírus não reconhece fronteiras. Judeus e palestinos vivem juntos ali e o vírus continua a circular", diz ele à BBC News Brasil,vbet latreferência à Cisjordânia.

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