'A democracia prevaleceu', diz Joe Biden ao tomar posse como presidente dos EUA:1 blaze

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Joe Biden é o 46º presidente dos EUA

1 blaze 'A democracia prevaleceu', afirmou Joe Biden após tomar posse como novo presidente dos Estados Unidos. Em uma cerimônia com segurança reforçada por causa da invasão do Capitólio no início do mês, Biden prestou juramento e fez um discurso emocionado.

"Aprendemos novamente que a democracia é preciosa. A democracia é frágil e nesse momento, meus amigos, a democracia prevaleceu", disse ele.

"Agora, neste solo sagrado, onde apenas há alguns dias a violência tentou chacoalhar as fundações do Capitólio, nos unimos como uma única nação, sob Deus, indivisível, para fazer uma transição pacífica1 blazepoder como temos feito há mais1 blazedois séculos", afirmou.

Biden fez seu discurso no mesmo local que há duas semanas foi invadido por militantes extremistas pró-Donald Trump, que se recusavam a aceitar o resultado da eleição.

O novo presidente agradeceu aos seus predecessores1 blazeambos os partidos que compareceram à cerimônia. Os ex-presidente Bill Clinton, George Bush e Barack Obama participam da cerimônia. Trump não compareceu.

Biden citou minorias e ressaltou a luta1 blazemovimentos pelos direitos dos negros e das mulheres. Disse que o país não pode adiar mais uma resposta às desigualdades sociais. Também parou um momento para destacar a importância histórica1 blazeKamala Harris, primeira mulher negra e descendente1 blazeindianos a ser vice-presidente dos EUA.

O presidente também fez um discurso sobre união, dizendo que é preciso acabar com essa 'guerra' não civilizada entre democratas e republicanos e que vai governar tanto para os que o apoiaram quanto para os que não o apoiaram. "Vou ser o presidente1 blazetodos os americanos", diz.

"Quais são os objetivos1 blazecomum que todos nós americanos temos e amamos? Oportunidade, segurança, liberdade, dignidade, respeito, honra, e verdade" afirmou.

Biden então citou a onda1 blazedesinformação que o país enfrenta dizendo que as mentiras são contadas por poder e por lucro e que é preciso defender a verdade.

O americano lamentou as mortes por covid-19 e disse que seu governo vai enfrentar desafios como a pandemia e a proliferação1 blazesupremacistas brancos e "terroristas domésticos".

"As forças que nos dividem são profundas e reais — mas não são novas", disse. "A batalha é contínua e nunca podemos achar que a vitória está garantida. Mas nossos melhores anjos sempre prevaleceram."

Crédito, AFP

Legenda da foto, Joe Biden chegou ao Capitólio com a vice-presidente Kamala Harris e1 blazeesposa Jill

Shows e juramento

Mais cedo na quarta, Biden participou1 blazeuma missa ao lado1 blazelíderes democratas e republicanos. Aos 78 anos, Biden é o presidente mais velho a assumir nos EUA e o segundo católico entre 46 presidentes.

Biden fez seu juramento sobre a Blíbia, como é costume nos EUA, e diante o presidente da Suprema Corte americana, John Roberts.

A cerimônia1 blazeposse teve também o juramento da vice-presidente Kamala Harris e apresentações1 blazeLady Gaga — que cantou o hino nacional — e Jennifer Lopez.

Após o discurso1 blazeBiden, estava previsto à noite um show com Bruce Springsteen, John Legend, Jon Bon Jovi, Justin Timberlake, e Demi Lovato.

Cidade sitiada

Desde a invasão do Capitólio, Washington D.C. está sob estado1 blazeemergência e nos dias que antecederam a posse foi se convertendo1 blazeuma cidade sitiada, com militares acampados1 blazeparquinhos e praças, blindados fechando quarteirões, viaturas policiais sobre as calçadas, helicópteros continuamente sobrevoando a região.

O FBI, órgão federal1 blazeinvestigação, colocou o país sob alerta máximo há uma semana. "Protestos armados estão sendo programados para os prédios legislativos dos 50 Estados entre 16 e 201 blazejaneiro, e o Capitólio americano1 blaze17 a 201 blazejaneiro", afirmou o órgão1 blazecomunicado.

Na última segunda-feira, 18, o FBI alertou as forças1 blazesegurança que seguidores da teoria conspiratória QAnon estavam tentando se infiltrar na Guarda Nacional para obter acesso à área da posse1 blazeBiden.

Na última terça-feira, a força1 blazesegurança afirmou que ao menos 12 agentes foram dispensados e estão sob investigação por "comportamento questionável". Ao menos dois deles teriam "simpatia" pelos mesmos grupos extremistas envolvidos no ataque ao Capitólio há duas semanas.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Washington está sob estado1 blazeemergência e nos dias que antecederam a posse foi se convertendo1 blazeuma cidade sitiada

Diante das circunstâncias, a prefeita da cidade, Muriel Bowser, fez um apelo aos americanos para que não viajassem à capital para a posse. "Se tenho medo1 blazealguma coisa, é pela nossa democracia, porque temos facções muito extremistas1 blazenosso país que estão armadas e são perigosas." Os habitantes1 blazeWashington foram sensíveis às palavras da prefeita e as ruas da capital ficaram desertas nos últimos dias. Creches na região do Capitólio suspenderam as aulas, o comércio reforçou a fachada com tapumes e barricadas.

O nervosismo na cidade ficou evidente1 blazedois episódios nos últimos cinco dias. O primeiro foi a prisão1 blazeum homem que portava uma arma e munições1 blazeum dos checkpoints próximos ao coração político da capital. Aparentemente, o homem não pretendia furar o perímetro1 blazesegurança, e sim havia se perdido no caminho. Ele foi colaborativo com os policiais e não teria ligações com grupos políticos.

O outro episódio foi a interrupção do ensaio para a posse e a decretação1 blazelockdown no prédio do Capitólio, na segunda-feira, depois que um incêndio sem grandes proporções atingiu barracas1 blazemoradores1 blazerua a quarteirões1 blazedistância.

Para o americanista Carlos Gustavo Poggio, professor1 blazerelações internacionais da FAAP, a tensão é justificável. "Eu acho que o Joe Biden é o presidente que corre mais risco1 blazeser assassinado nos últimos anos nos EUA,1 blazeum país que tem tradição1 blazeassassinar seus presidentes. A situação nos EUA é1 blazetal ordem, essas milícias estão assanhadas e não é um país1 blazeque seria uma surpresa matarem um presidente", diz Poggio.

Desde o século 19, houve ao menos 30 tentativas1 blazeassassinatos1 blazemandatários no poder, recém-saídos ou ainda por serem empossados. Em quatro delas, o criminoso conseguiu matar o presidente dos EUA. O mais recente ataque aconteceu contra o republicano Donald Reagan,1 blaze1981. Após um discurso1 blazeD.C., Reagan tomou um tiro que perfurou seu pulmão e chegou1 blazeestado grave ao hospital, mas sobreviveu.

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