'O aborto sempre existiu na Argentina. Agora saiu do armário', diz ativistacasa de apostas sao paulo91 anos:casa de apostas sao paulo

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Legenda da foto, A ativista Nelly Minyersky,casa de apostas sao paulo91 anos, defende a descriminalização e a legalização do aborto na Argentina

Na América Latina, a Argentina passaria a ser o quinto país a permitir o aborto por decisão da mulher, ao ladocasa de apostas sao pauloUruguai, Cuba, Porto Rico e Guiana. No Brasil, No Brasil, o aborto é crime e só é permitidocasa de apostas sao paulocasoscasa de apostas sao paulogravidez por estupro,casa de apostas sao paulofeto anencefálico ecasa de apostas sao pauloa mulher correr riscocasa de apostas sao paulomorte.

Ela se convenceu da necessidadecasa de apostas sao paulodescriminalizar e legalizar o aborto nos vários anoscasa de apostas sao pauloque trabalhou como advogada dos direitos da família.

"Foi com meu trabalho que fui vendo a importância da liberdade para as mulheres, a liberdade para escolher o próprio caminho. E o direito ao aborto é parte disso", disse.

Desde 2012 ela trabalhou na comissão que redigiu os projetos no Congresso. "É uma batalha longa. Em 2019, apresentamos o projeto número oito. Mas agora minha expectativa é que, finalmente, será lei", disse.

Crédito, EPA

Legenda da foto, Ativistas contra o aborto realizaram atos na véspera da votaçãocasa de apostas sao pauloBuenos Aires

Dias antescasa de apostas sao pauloassistir ao debate na Câmara, a feminista tinha sido a primeira oradora nas comissões da Casa que discutiram o projeto do governo do presidente Alberto Fernández que prevê a legalização do aborto até a décima quarta semanacasa de apostas sao paulogestação. O texto, chamado 'leicasa de apostas sao pauloInterrupção Voluntária da Gravidez' (IVE, na siglacasa de apostas sao pauloespanhol), prevê ainda que menorescasa de apostas sao paulo16 anos devem estar acompanhadas por um dos responsáveis ou referente afetivo. O projeto estabelece que o aborto deve ser gratuito tantocasa de apostas sao paulohospitais públicos como privados.

Lenço verde

Mãecasa de apostas sao paulodois filhos, avócasa de apostas sao paulotrês netos e com dois bisnetos, Minyersky costuma usar um lenço verde, que simboliza a campanha pela legalização do aborto, no pescoço, no pulso ou na bolsa. A imagem no seu perfil no WhatsApp é a do símbolo da campanha que diz: 'Yo voto por el derecho a decidir. #Que sea ley' ('Eu voto pelo direito a decidir. #Que seja lei').

Quando já tinha quase 90 anos, antes da pandemia, ela participoucasa de apostas sao paulopasseatas e atos pela medidacasa de apostas sao paulo2018, quando foi aprovada na Câmara e rejeitada no Senado. "Em 2018, foi um movimento maravilhoso, com a mobilizaçãocasa de apostas sao paulomaiscasa de apostas sao pauloum milhãocasa de apostas sao paulopessoas e, apesarcasa de apostas sao paulonão termos conseguido a sanção da lei no Senado, conseguimos um despertar para a importância da legalização do aborto", disse.

Para ela, principalmente desde então, o aborto passou a ser entendido como questãocasa de apostas sao paulodireito humano. "Os jovens entenderam que o aborto é um direito à liberdade e à autonomia. E alémcasa de apostas sao pauloparticiparem dos nossos atos, nos convidaram para falar nas escolas sobre a necessidade da medida. Foi,casa de apostas sao paulofato, como um canto à liberdade e à autonomia", disse.

'Saúde pública'

Nacasa de apostas sao pauloopinião, o aborto é uma questãocasa de apostas sao paulo"saúde pública" porque muitas mulheres, disse, recorrem às clínicas clandestinas e acabam morrendo ou chegam aos hospitais públicos com as sequelas do que sofreram nestes lugares ilegais. "Hoje o aborto seguro existe para as mulheres que podem pagar por ele, mas não para as mulheres pobres. São elas, as pobres, que sofrem as consequências injustas da legislação discriminatória que estácasa de apostas sao paulovigor", disse.

O código penal argentino, escrito há quase cem anos,casa de apostas sao paulo1921, estabelece que o aborto não é delito para os casoscasa de apostas sao pauloestupro ou quando há risco para a vida da mulher. "Mas mesmo com este código penal e com mudanças na Constituiçãocasa de apostas sao paulo1994, mulheres que foram estupradas tiveram acasa de apostas sao paulodeclaração questionada. Resultado do patriarcado", disse.

Ela lembrou quecasa de apostas sao paulo2011 o Estado argentino foi condenado pelo Comitêcasa de apostas sao pauloDireitos Humanos das Nações Unidas por não permitir o abortocasa de apostas sao paulouma jovemcasa de apostas sao paulo19 anos, com limitações físicas e mentais, apesarcasa de apostas sao pauloa interrupção da gestação,casa de apostas sao paulocasos como este, ser prevista no código penal.

"A legalização do aborto é uma pendência que temos com as mulheres e com a democracia. O que acontece hoje chega ser absurdo", disse. Para ela, a discussão não é fácil porque os que são contra a medida usam "argumentos falsos" e "longe da realidade".

"Num país que tem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que mostrou entender a importância da liberdade, dos direitos individuais, como pode ser que o aborto não seja legal? Também é difícil entender por que não existem campanhas contra as armas, por exemplo, mas sim contra a legalizaçãocasa de apostas sao paulouma medida que pretende proteger as mulheres", disse.

'Até bisavós'

Ex-presidente da Associaçãocasa de apostas sao pauloAdvogadoscasa de apostas sao pauloBuenos Aires, ela defende a educação sexual para "todes" ('todes' no lugarcasa de apostas sao paulo'todos' como reivindicam movimentos feministas e outroscasa de apostas sao paulocunho social). Ela acha que a prevenção é importante, mas diz que, ao mesmo tempo, é impossível ignorar a realidade atual.

"A maioria das que trabalham nessa campanha pela legalização do aborto, são mães, avós e até bisavós, como é o meu caso. Mas defendemos que o nascimento ocorra quando é desejado. O Estado não tem direitocasa de apostas sao paulofazer ninguém sofrer", afirmou.

Ela vê uma falha no texto que deve ser aprovado: ele prevê penascasa de apostas sao pauloprisão entre três meses e até um ano quem realizar um aborto depois da semana 14casa de apostas sao paulogestação.

Atualmente a pena écasa de apostas sao pauloum a até quatro anos. "Como a pena foi reduzida, no projeto, é provável que nenhuma mulher vá para a cadeia, mas este artigo deveria ter sido eliminado", disse, fazendo referência ao que foi defendido pela 'Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito'.

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