Waldemar Haffkine, o pioneiro da vacina que o mundo esqueceu:bet green club
Ele, que não havia se formadobet green clubmedicina, masbet green clubzoologia, era um judeu russo que se formoubet green clubOdessa e desenvolveu suas habilidadesbet green clubParis, numa épocabet green clubque o mundo da bacteriologia internacional era dividido e cercadobet green clubsuspeitas.
Haffkine, que tinha 33 anos quando desembarcou na Índia, também teve dificuldades com o lado práticobet green clubtestarbet green clubvacina. Sua primeira tentativa exigiu duas injeções, separadas por uma semana, ebet green clubequipe às vezes tinha dificuldade para localizar cobaias para a segunda aplicação.
E apesar da ampla disseminação da cólera na Índia, encontrá-labet green clubconcentração suficiente não foi fácil. Haffkine inoculou cercabet green club23 mil pessoas naquele ano no norte da Índia,bet green clubacordo com seus próprios registros, "mas nenhum cólera apareceu entre eles para mostrar se a vacina tinha valor ou não".
Então, naquele anobet green club1894, Haffkine deu um tempo. Ele havia sido convidado para Calcutá pela autoridade médica local a fimbet green clubtentar identificar o bacilo da cólerabet green clubum tanquebet green clubáguabet green clubum vilarejo que consistiabet green clubum conjuntobet green clubcabanasbet green clubbarro. As famílias que moravam nesses barracos bebiam coletivamente das fontesbet green clubágua compartilhadas, o que as tornava vulneráveis a surtos frequentesbet green clubcólera.
Para Haffkine, aquele cenário era um campobet green clubexperimentos ideal parabet green clubvacina recém-criada. Em cada casa, ele tinha um grupobet green clubpessoas vivendobet green clubcondições idênticas, igualmente expostas ao cólera. Se ele pudesse inocular partebet green clubcada família e deixar parte sem tratamento, com participantes suficientes ele poderia finalmente produzir alguns resultados significativos.
No finalbet green clubmarço, duas pessoas morrerambet green clubcólera no vilarejobet green clubKattal Bagan, o que indicava a ocorrênciabet green clubum surto. Haffkine viajou para o local e inoculou 116 dos cercabet green club200 habitantes. Depois,bet green clubpequena equipe observou mais 10 casos lá, sendo 7 fatais — todos eles estavam entre os não inoculados.
Os resultados foram positivos o suficiente para levar as autoridadesbet green clubCalcutá a financiarem um estudo mais amplo, mas convencer as pessoas a serem vacinadas era mais fácil na teoria. Anos e anosbet green clubprogramasbet green clubsaúde enfiados goela abaixo pelo governo britânico tinham disseminado também a desconfiança na população, e muitos no país estavam alheios ao conceitobet green clubvacinação.
A soluçãobet green clubHaffkine foi trabalhar com uma equipebet green clubmédicos e assistentes indianos,bet green clubvez dos britânicos, entre eles Chowdry, Ghose, Chatterjee e Dutt. E Haffkine tinha um novo truque na manga no mundo da vacinologia: injetar-se publicamente para provar que achava quebet green clubpreparação era segura.
"O que é notável, e muitas vezes se perde na história, é que depois da resistência inicial as pessoas começaram a fazer fila nas favelasbet green clubCalcutá para a vacinabet green clubHaffkine contra a cólera. Elas passavam o dia inteiro na fila", diz Pratik Chakrabarti, professor e presidentebet green clubHistória da Ciência e Medicina da Universidadebet green clubManchester.
"Ele passava horas e dias inteiros nessas favelas trabalhando com médicos indianos. Começava a vacinarbet green clubmanhã, antes que as pessoas fossem trabalhar, e continuava depois que voltavam à noite, sentadas pertobet green clubuma lamparina na favela."
O trabalhobet green clubHaffkine nas favelasbet green clubCalcutá o colocou entre um seleto grupobet green clubcientistas que foram os pioneirosbet green clubuma mudança profunda e global na maneira como as doenças eram compreendidas e tratadas. Mas ao contrário do pioneiro da vacinação, Edward Jenner, que atuou antes dele, ebet green clubJonas Salk, que atuou depois, o nomebet green clubHaffkine nunca entrou realmente na memória do público, seja na Índia ou na Europa.
"Haffkine foi a primeira pessoa a trazer esse tipobet green clubmedicamentobet green clublaboratório para um país tropical como a Índia", afirma o professor Chakrabarti. "Ele era um cientista parisiense que veio para as favelasbet green clubCalcutá, com uma história muito dramática."
Antissemitismo
Quando Haffkine se formoubet green clubzoologia na Universidadebet green clubOdessa,bet green club1884, foi impedidobet green clubassumir o cargobet green clubprofessor por ser judeu. Ele já havia enfrentado problemas políticos cinco anos antes, quando, como membrobet green clubuma ligabet green clubdefesa local, lutou para impedir que cadetes do Exército russo destruíssem a casabet green clubum judeu. Haffkine foi espancado e preso, mas acabou libertado.
Em 1888, Haffkine deixou seu país natal e encontrou seu caminho para um empregobet green clubprofessorbet green clubcurta duraçãobet green clubGenebra e depoisbet green clubParis, onde assumiu o cargobet green clubbibliotecário-assistente no Instituto Louis Pasteur — então o principal centro mundialbet green clubpesquisabet green clubbacteriologia. Em seu tempo livre na biblioteca, Haffkine tocava violino ou fazia experiências no laboratóriobet green clubbacteriologia.
Com base no trabalhobet green clubPasteur e Jenner, Haffkine descobriu que, ao passar bacilos da cólera pela cavidade peritonealbet green clubporquinhos-da-índia, ele poderia produzir uma culturabet green clubcólera fortalecida, que poderia depois atenuar usando o calor. Uma injeção da bactéria atenuada, seguida depois por uma injeção da bactéria fortalecida, pareceu imunizar as cobaias contra um ataque letal da doença.
Até aquele ponto, doenças como a cólera eram consideradasbet green clubtermos miasmáticos, ou seja, atribuídas ao ar podre, e enfrentadas com o que se chamabet green club"tratamentosbet green clubamplo espectro". ("Você coloca alguém na banheira e o vaporiza até que ele esteja meio morto, ou borrifa ácido carbólicobet green clubtodos os lugares", descreve Chakrabarti, da Universidadebet green clubManchester).
Mas o trabalhobet green clubHaffkine ebet green cluboutros mirava o combate a doenças, por meiobet green clubvírus ou bactérias que poderiam ser cultivados e atenuados, usando mais precisamente o corpo.
Uma semana após seu sucesso com cobaiasbet green clubParis, Haffkine replicou os resultados com coelhos e pombos. Foi então que considerou que estava pronto para testesbet green clubhumanos.
Em 18bet green clubjulhobet green club1892, Haffkine arriscou a vida injetando-se com cólera atenuada. Ele teve febre por vários dias, mas se recuperou totalmente, e começou a vacinar três amigos russos e vários outros voluntários. Quando nenhum deles sofreu uma reação pior, Haffkine se convenceubet green clubque tinha uma vacina viável para testes mais amplos.
Mas ele precisavabet green clubum lugar infestadobet green clubcólera para realizar grandes testesbet green clubhumanos. Em 1893, Lord Frederick Dufferin, então embaixador britânicobet green clubParis e ex-vice-rei da Índia, ouviu falar da pesquisabet green clubHaffkine e sugeriu que ele fosse para Bengala, na Índia.
Depois que os experimentosbet green clubHaffkine nos vilarejosbet green clubCalcutá no ano seguinte renderam resultados promissores, ele foi convidado por proprietáriosbet green clubplantaçõesbet green clubchábet green clubAssam para vacinar seus trabalhadores. O zoólogo conduziu testesbet green clubgrande escala com milharesbet green clubtrabalhadoresbet green clubplantações, mas no outonobet green club1895 ele contraiu malária e foi forçado a retornar à Inglaterra para se recuperar. De acordo com seus registros, ele já havia vacinado cercabet green club42 mil pessoas contra o cólera.
Haffkine observou mais tarde que, emborabet green clubvacina parecesse reduzir os casos, ela não parecia reduzir a mortalidade dos infectados. Quando ele retornou à Índiabet green club1896, planejou resolver essa fraqueza testando uma nova fórmula dupla que havia desenvolvido. Mas havia um problema mais urgentebet green clubMumbai que afastaria Haffkine do cólera para sempre.
Pedidobet green clubajuda
A terceira pandemiabet green clubpeste começoubet green clubYunnan, na China,bet green club1894. Ela se espalhou até a Hong Kong britânica ebet green clublá, por navio mercante, até a movimentada metrópole costeirabet green clubMumbai, na então Índia Britânica, onde o primeiro caso foi descobertobet green clubsetembrobet green club1896 nas instalaçõesbet green clubum comerciantebet green clubgrãos nas docas da cidade.
No início, o governo britânico minimizou a gravidade do surto, ansioso para manter uma cidade portuária chave aberta para negócios. Mas a doença atingiu as favelas densamente povoadasbet green clubMumbai, e a taxabet green clubmortalidade quase o dobro da cólera fez o númerobet green clubmortos disparar.
O governador pediu ajuda a Haffkine, que viajou para Mumbai, onde se instaloubet green clubuma pequena sala e um corredor, com um escriturário e três assistentes não treinados, e recebeu a tarefabet green clubcriar do zero a primeira vacina contra a peste do mundo.
"Ele não tinha muitobet green clubtermosbet green clubespaço, mãobet green clubobra ou instalações, mas foi a primeira vez que ele trabalhoubet green clubforma independente e tinha seu próprio laboratório", disse Chandrakant Lahariya, epidemiologistabet green clubDelhi. "Ele sabia que desenvolver uma vacina contra a pestebet green clubritmo recorde o tornaria um dos principais cientistasbet green clubsua época."
Haffkine trabalhou incansavelmente naquele inverno. Ele descobriu que se colocasse bacilos da pestebet green clubum caldo nutritivo ao qual acrescentara uma pequena quantidadebet green clubmanteiga clarificada ou óleobet green clubcoco, os bacilos formariam um crescimento característicobet green clubestalactite, criando micróbios e produtos tóxicos colaterais. Ele estava usando a mesma abordagem que havia criado para o novo tratamento do cólera, combinando os micróbios com os produtos tóxicos que eles produziam para formar uma vacinabet green clubinjeção única.
Em dezembro, Haffkine inoculou coelhos com sucesso contra um ataquebet green clubpeste, ebet green clubjaneirobet green club1897 ele estava pronto mais uma vez para testar uma nova vacina para uma doença mortalbet green clubseres humanos.
Em 10bet green clubjaneirobet green club1897, Haffkine injetou-se com cercabet green club10 mlbet green clubsua preparação, uma dose significativamente mais alta do que os quase 3 ml que planejava usarbet green clubtestes mais amplos. Ele teve uma febre forte, mas se recuperou após vários dias.
No final daquele mês, um surtobet green clubpeste ocorreu na penitenciária Bycullabet green clubMumbai, que abrigava centenasbet green clubpresos. Haffkine foi lá para fazer testes controlados. Inoculou 147 prisioneiros e deixou 172 sem tratamento. Houve 12 casos e seis mortes entre os não tratados e apenas dois casos e nenhuma morte entre os tratados.
O aparente sucesso na prisãobet green clubByculla desencadeou uma rápida expansão da produção e dos testes e Haffkine foi transferidobet green clubseu pequeno laboratóriobet green clubuma sala para um bangalô do governo e,bet green clubseguida, para um grande chalébet green clubpropriedade do líder espiritual Aga Khan, que também se ofereceu como voluntário e milharesbet green clubmembrosbet green clubsua comunidade Khoja Mussulman para vacinação.
Em um ano, centenasbet green clubmilharesbet green clubpessoas foram vacinadas com a vacinabet green clubHaffkine, salvando um número incontávelbet green clubvidas. Ele foi nomeado cavaleiro pela rainha Vitória e,bet green clubdezembrobet green club1901, foi nomeado diretor-chefe do Laboratóriobet green clubPesquisabet green clubPraga na Casa do Governobet green clubParel,bet green clubMumbai, com novas instalações e uma equipebet green club53 pessoas.
Mas então um desastre aconteceu.
Em marçobet green club1902, na aldeiabet green clubMulkowalbet green clubPunjab, 19 pessoas morrerambet green clubtétano após serem inoculadas com a vacinabet green clubHaffkine. Os outros 88 vacinados naquele dia estavam bem. Todas as evidências pareciam apontar para uma contaminação fatal do frasco 53N, preparado 41 dias antes no laboratóriobet green clubParel.
Uma comissão do governo indiano foi encarregadabet green clubinvestigar e descobriu que a Haffkine havia mudado o procedimento para esterilizar a vacina contra a peste, usando calorbet green clubvezbet green clubácido carbólico para acelerar a produção. O método do calor estavabet green clubuso com segurança havia dois anos no Instituto Pasteur, líder mundial do setor, mas não era familiar aos britânicos, ebet green club1903 a comissão concluiu que a garrafa 53N deve ter sido contaminada no laboratóriobet green clubHaffkinebet green clubParel.
Haffkine foi demitido como diretor do laboratóriobet green clubpragas e colocadobet green clublicença do Serviço Civil Indiano.
Derrocada
Devastado pela situação, Haffkine deixou a Índia e viajou para Londres. Ele desenvolveu uma vacina contra a pestebet green clubvelocidade impressionante e foi nomeado cavaleiro pela rainha, masbet green clubrepente se viu escanteado. Era uma posição com a qual ele não estava totalmente familiarizado.
"Havia muito preconceito naquela época, muito preconceito", diz Barbara Hawgood, conferencista que publicou um artigo acadêmico sobre a carreirabet green clubHaffkine. "Ele não era médico, então não era um deles. Havia muita arrogância nisso."
Eli Chernin, professorbet green clubsaúde pública da Universidade Harvard que estudou a correspondênciabet green clubHaffkine, escreveu que "não era evidente nos arquivos que Haffkine foi abertamente vitimado pelo anti-semitismo", mas "seria ingênuo pensar que a burocracia eduardiana foi totalmente sem influência por Haffkine ser um judeu".
E Haffkine enfrentou batalhas menores e mais privadas, segundo Chernin, lutando para se expressar facilmentebet green clubinglês. Por trás das cartas que escreveu nessa época, mesmo para seus amigos, havia rascunhos que eram "massas quase indecifráveis de rabiscos, entretelas e riscados, todos depois cuidadosamente transcritos".
Em 1904, dois anos após a suspensãobet green clubHaffkine, a peste atingiu seu pico na Índia, matando 1.143.993 pessoas naquele ano. A vacinabet green clubHaffkine era a "principal linhabet green clubdefesa", disse Hawgood, mas seu criador estavabet green clubLondres lutando porbet green clubhonra.
Quatro anos depois do desastre,bet green club1906 o governo indiano finalmente publicou seu inquérito completo declarando Haffkine culpado. Ao ler os calhamaçosbet green clubdocumentos, WJ Simpson, professor do King's College,bet green clubLondres, escreveu uma carta ao British Medical Journal argumentando veementemente que as evidências apontavam para uma contaminação acidental do frasco 53N no localbet green clubinoculaçãobet green clubPunjab.
Primeiro, nenhum cheiro foi registrado na garrafa quando ela foi aberta, ao passo que uma cultura desenvolvidabet green clubtétano teria produzido um odor desagradável e distinto, escreveu ele.
Em segundo lugar, quando a garrafa foi examinada 15 dias depois, havia apenas uma má culturabet green clubtétano. "Se a garrafa tivesse sido contaminadabet green clubMumbai", a comissão "teria encontrado nos resíduos da garrafa uma cultura ricabet green clubvezbet green clubpobre", escreveu Simpson.
Terceiro, o tétano desenvolveu-se lentamente nas 19 pessoas que morreram, ao longobet green clubsete a 10 dias, indicando uma infecção fraca começando no dia da inoculação. Com uma cultura bem desenvolvida já na garrafa, eles "teriam sido atacados por um tétano da variedade fulminante".
E talvez o mais importante, os documentos revelaram que o assistente que abriu o frasco 53N deixou cairbet green clubpinça no chão e não conseguiu esterilizá-la adequadamente antesbet green clubusá-la para remover a rolha da garrafa.
Haffkine foi submetido a uma "grave injustiça", concluiu Simpson. Depois quebet green clubcarta foi publicada, outros apoiaram a causabet green clubHaffkine. Em quatro cartas mordazes ao jornal The Times, o ganhador do Nobel Ronald Ross acusou os britânicosbet green club"desrespeito pela ciência" e advertiu que, a menos que a decisão contra Haffkine fosse revogada, o governo da Índia seria culpadobet green clubuma "grosseira ingratidão a um dos seus maiores benfeitores".
Ross também emitiu outro alerta, que ressoa nos tempos atuais - que se a conclusão fosse deixadabet green clubque o frasco 53N estava contaminado no laboratório, isso ameaçava minar a confiança pública nas vacinasbet green clubum momentobet green clubque pelo menos 50 mil pessoas morriambet green clubpeste todas as semanas.
Redenção incompleta
Haffkine foi finalmente exonerado da acusaçãobet green clubnovembrobet green club1907, depois que a campanhabet green clubSimpson e Ross levantou a questão no Parlamento britânico. Haffkine recebeu licença para voltar ao emprego na Índia e voltou com alegria como diretor-chefe do Laboratório Biológicobet green clubCalcutá.
Masbet green clubredenção foi incompleta — ele foi impedidobet green clubrealizar qualquer experimento, limitando-se à pesquisa teórica. "Toda a punição injustabet green clubMulkowal foi aplicada e permanece sobre mim como antes", escreveu elebet green clubuma carta para Ross. "Em todas as ocasiões, na impressão e na fala, é repetido e mantido vivo que fui e sou o responsável pelo caso."
Os sete anos seguintes foram um períodobet green clubdescanso para Haffkine. Dos 30 artigos que produziu durantebet green clubvida, apenas um foi publicado entre 1907 e 1914. Ele voltou brevemente ao estudo da cólera e se interessoubet green clubdesenvolver uma nova vacina "desvitalizada" — um método que mais tarde seria amplamente utilizado — mas seus repetidos pedidos ao governo indiano para a realizaçãobet green clubexperimentos foram recusados.
Em 1914, aos 55 anos, Haffkine aposentou-se do serviço público indiano e deixou o país. O desastrebet green clubMulkowal estava marcado nele e lhe causou um dano permanente e irreparável.
"Mulkowal ébet green clubhistória final", afirma Pratik Chakrabarti. "Isso influencia seu legado. Ele deixou a Índia abatido e não se tornou uma figura pública. Ele se perdeu na história."
Haffkine "deveria ser muito mais conhecido", diz Barbara Hawgood. "Ele realmente era um bacteriologista muito bom."
Entre 1897 e 1925, 26 milhõesbet green clubdoses da vacina anti-pestebet green clubHaffkine foram enviadasbet green clubMumbai. Os testesbet green clubeficácia da vacina mostraram uma redução entre 50% e 85% na mortalidade. Mas "nenhum número" pode ser precisamente calculado sobre o númerobet green clubvidas que ele salvou, explica Hawgood. "Os números são enormes."
Haffkine voltou para a França e dedicou o restobet green clubsua vida à fé, tornando-se cada vez mais ortodoxo e estabelecendo uma base para promover a educação judaica na Europa Oriental. Ele nunca se casou e viveu seus últimos anos sozinhobet green clubLausanne, na Suíça. Ele era um "homem erudito, solitário e bonito,bet green clubpoucas palavras, que permaneceu solteiro", escreveu o bacteriologista indiano HI Jhala.
Haffkine morreubet green clubLausannebet green club1930, aos 70 anos. Um curto obituário circulado pela Agência Telegráfica Judaica notou quebet green clubvacina contra a peste foi "adotadabet green clubtoda a Índia" e seu laboratório "distribuiu milharesbet green clubdoses para vários países tropicais". A nota também citava Lord Lister, o grande bacteriologista britânico e pioneiro da cirurgia anti-séptica, que chamava Haffkine, simplesmente,bet green club"o salvador da humanidade".
O laboratóriobet green clubduas salas onde Haffkine desenvolveu pela primeira vezbet green clubvacina contra a peste agora faz parte do Grant Medical College e do Sir JJ Group of Hospitals,bet green clubMumbai. Maisbet green clubcem anos após a descobertabet green clubHaffkine lá, o hospital está desempenhando um papel na luta da Índia contra outra pandemia: o novo coronavírus.
"Ele inspirou tantos cientistas a iniciarem pesquisabet green clubvacinas no início do século 20, masbet green clubalguma forma suas contribuições foram esquecidas", afirma Lahariya. "Nunca devemos esquecer que a Haffkine fez uma vacina viávelbet green clubum laboratóriobet green clubduas salas com uma equipe muito pequena. É quase inacreditável".
O nomebet green clubHaffkine vivebet green clubcerta forma. Em 1925, cinco anos antesbet green clubsua morte, o governo indiano foi pressionado por algunsbet green clubseus apoiadores para renomear o laboratório Parel como "Instituto Haffkine". O governo concordou, e o nome permanece até hoje.
Quando Haffkine recebeu uma carta informando-o da mudança, ele escreveubet green clubvolta ao então diretor do laboratório, o tenente-coronel Mackie ebet green clubequipe, não demonstrando nenhum traçobet green clubamargura pelos muitos anos passados à sombra do desastrebet green clubMulkowal.
"Estou muito grato ao cel. Mackie pelo nome dado ao Laboratório Parel", escreveu Haffkine.
"O trabalhobet green clubMumbai reuniu os melhores anos da minha vida e não preciso explicar o quanto sinto tudo relacionado a ele. Desejo prosperidade ao instituto como um centro ativobet green clubtrabalhobet green clubnome da organizaçãobet green clubsaúde do país, e envio bênçãos a todo o seu pessoal."
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