Biden eleito presidente: por que Donald Trump perdeu a eleição:blazer branco jogo

Qualquer análiseblazer branco jogosua fraqueza políticablazer branco jogo2020 também deve reconhecerblazer branco jogoforça política. No entanto, ele foi derrotado, tornando-se um dos quatro únicos titulares da era moderna a não conseguir se reeleger. Além disso, ele se tornou o primeiro presidente a perder o voto popularblazer branco jogoeleições consecutivas.

'Feitiço contra o feiticeiro'

Donald Trump ganhou a Presidênciablazer branco jogo2016blazer branco jogoparte porque era um outsider político que quebrava as regras e estava preparado para dizer o que antes era indizível.

Mas Donald Trump também perdeu a Presidênciablazer branco jogo2020,blazer branco jogoparte justamente porque era um outsider político que quebrava as regras e estava preparado para dizer o que antes era indizível.

Embora grande parte da base Trump pudesse muito bem ter votado nele mesmo se o presidente tivesse dado um tiroblazer branco jogoem alguémblazer branco jogoplena Quinta Avenidablazer branco jogoNova York (como o próprio Trump declaroublazer branco jogo2016), outros que o apoiaram quatro anos atrás ficaram desanimados com o comportamento agressivo do republicano.

Isso foi especialmente verdade nos subúrbios. Biden teve desempenho superior aoblazer branco jogoHillary Clintonblazer branco jogo373 condados suburbanos, ajudando-o a recuperar os Estados do "Cinturãoblazer branco jogoFerrugem" da Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, e permitindo-lhe ganhar a Geórgia e o Arizona. Trump tem um problema particular com mulheres suburbanas.

Testemunhamos novamente na eleição presidencialblazer branco jogo2020 o que vimos na eleiçãoblazer branco jogomeioblazer branco jogomandatoblazer branco jogo2018 — republicanos com maior nívelblazer branco jogoescolaridade, alguns dos quais votaramblazer branco jogoTrump quatro anos atrás, achando queblazer branco jogopresidência era muito não presidencial.

Embora eles entendessem que Trump nunca seria um presidente convencional, muitos acharam a maneira como ele desafiou tantos costumes e normasblazer branco jogocomportamento desanimadora e frequentemente ofensiva.

Eles ficaram desconcertados comblazer branco jogoagressividade. Com seu acirramento das tensões raciais. Com seu usoblazer branco jogolinguagem racistablazer branco jogotuítes que difamam pessoasblazer branco jogocor.

Sua falha,blazer branco jogoalgumas ocasiões,blazer branco jogocondenar adequadamente a supremacia branca. Sua agressão a aliados tradicionais da América eblazer branco jogoadmiração por homens fortes autoritários, como Vladimir Putin.

Seu estranho orgulhoblazer branco jogoser "um gênio muito estável" e coisas do gênero. Sua defesablazer branco jogoteorias da conspiração. O usoblazer branco jogolinguagem franca que às vezes o fazia soar mais como um chefão do crime, como quando descreveu seu ex-advogado Michael Cohen, que chegou a um acordo judicial com promotores federais, como "um rato".

Depois, houve o que os críticos ridicularizaram como seu autoritarismo rastejante, algo exemplificado depois da eleição emblazer branco jogorecusablazer branco jogoaceitar o resultado.

'As pessoas estão cansadas'

Um momento marcante para mim durante esta campanha veioblazer branco jogoPittsburgh, quando conversei com Chuck Howenstein na varandablazer branco jogosua casa. Apoiadorblazer branco jogoTrumpblazer branco jogo2016, ele votoublazer branco jogoJoe Biden agora.

"As pessoas estão cansadas", ele me disse. "Eles querem ver a normalidadeblazer branco jogovolta neste país. Eles querem ver a decência. Eles querem ver esse ódio parar. Eles querem ver este país unido. E isso trará Joe Biden à Presidência."

Um problema político para Trump foi que ele falhoublazer branco jogoexpandir seu apoio alémblazer branco jogosua base principal. Ele sequer se esforçou para fazer isso.

Em 2016, ele ganhou 30 Estados e muitas vezes governou como se fosse o presidente apenas da América conservadora e vermelha (a cor dos republicanos).

O presidente mais deliberadamente polêmico dos últimos 100 anos, ele fez poucas tentativas para convencer a América azul, os 20 Estados que votaramblazer branco jogoHillary Clinton.

Depoisblazer branco jogoquatro anos exaustivos, muitos eleitores simplesmente queriam uma Presidência que estivesseblazer branco jogosegundo plano nas suas vidas — um ocupante da Casa Branca que se comportasseblazer branco jogomaneira mais convencional.

Eles estavam cansados dos xingamentos infantis, da linguagem feia e do confronto incessante. Eles queriam um retorno a algum tipoblazer branco jogonormalidade.

Mas a eleiçãoblazer branco jogo2020 não foi uma repetição da eleiçãoblazer branco jogo2016. Desta vez, ele era o titular, não o desafiante. Ele tinha um histórico a defender, incluindo o tratamento incorretoblazer branco jogoum surtoblazer branco jogocoronavírus que, até o dia da eleição, já havia matado maisblazer branco jogo230 mil americanos.

Nesta épocablazer branco jogopartidarismo negativo,blazer branco jogoque a política costuma ser motivada pelo ódio à oposição, ele não foi desafiado com uma figura que atrai ódio, como Hillary.

Biden era difícilblazer branco jogodemonizar, o que éblazer branco jogoparte o motivo pelo qual o establishment democrata estava tão ansioso para tê-lo como candidato presidencial. Este centristablazer branco jogo77 anos também fez o trabalho para o qual foi chamado, que era recuperar os eleitores brancos da classe trabalhadora no "Cinturãoblazer branco jogoFerrugem".

A questãoblazer branco jogopor que Trump perdeu a presidência também suscita uma questão mais interessante e discutível — quando ele perdeu a Presidência?

Foi logo apósblazer branco jogovitóriablazer branco jogo2016, quando as pessoas que votaramblazer branco jogoTrumpblazer branco jogoparte como um votoblazer branco jogoprotesto contra o establishment políticoblazer branco jogoWashington imediatamente tiveram receios? Afinal, muitos desses eleitores não esperavam que ele vencesse.

Foi nas primeiras 24 horasblazer branco jogosua Presidência, quando fez seu discurso inaugural sobre "carnificina americana" — que retratou o país como uma quase distopiablazer branco jogofábricas fechadas, trabalhadores deixados para trás e riqueza "arrancada" das casas da classe média?

Ao finalblazer branco jogoseu primeiro dia no cargo, já estava claro que Donald Trump tentaria mudar a Presidência mais do que a Presidência o mudaria.

Foi algo mais cumulativo, ao longo do tempo, o efeito bolablazer branco jogoneveblazer branco jogotantos escândalos, tantas calúnias, tanta rotatividadeblazer branco jogopessoal e tanto caos?

Ou foi por causa do coronavírus, a maior criseblazer branco jogosua Presidência? Antesblazer branco jogoo vírus chegar a essas praias, os sinais vitais políticosblazer branco jogoTrump eram fortes. Ele havia sobrevivido ao julgamentoblazer branco jogoimpeachment.

Seus índicesblazer branco jogoaprovação correspondiam ao nível mais alto — 49%. Ele poderia se orgulharblazer branco jogouma economia forte e da vantagem do cargo: os dois fatores que geralmente garantem um segundo mandato a um presidenteblazer branco jogoexercício.

Muitas vezes as eleições presidenciais giramblazer branco jogotornoblazer branco jogouma questão simples: o país está melhor agora do que há quatro anos? Depois da covid e da crise econômica que se seguiu, tornou-se quase impossível defender esse argumento.

Mas é errado dizer que a Presidênciablazer branco jogoTrump foi inevitavelmente minada pelo coronavírus. Os presidentes frequentemente emergemblazer branco jogoconvulsões nacionais mais fortes. As crises muitas vezes podem trazer grandeza.

Isso foi verdade para Franklin Delano Roosevelt, cujo resgate dos EUA da Grande Depressão o tornou politicamente inatacável.

A resposta inicialblazer branco jogoGeorge W. Bush aos ataquesblazer branco jogo11blazer branco jogosetembro também aumentoublazer branco jogopopularidade e o ajudou a conquistar um segundo mandato.

Portanto, não estavablazer branco jogoforma alguma estabelecido que a covid-19 acabaria com Donald Trump. Foi a maneira desastradablazer branco jogolidar com a crise que contribuiu parablazer branco jogoqueda.

Figura dominante

Ainda assim, novamente vale lembrar que Trump permaneceu politicamente viável até o fim, apesarblazer branco jogoo país ter vividoblazer branco jogopior criseblazer branco jogosaúde públicablazer branco jogomaisblazer branco jogo100 anos,blazer branco jogomaior crise econômica desde os anos 1930 e tambémblazer branco jogoturbulência racial mais generalizada desde o final dos anos 1960.

Grande parte da América vermelha, e grande parteblazer branco jogoum movimento conservador que ele passou a dominar, ansiarão por seu retorno. Ele continuará a ser a figura dominante no movimento conservador nos próximos anos. O trumpismo pode acabar tendo o mesmo efeito transformador sobre o conservadorismo americano que o reaganismo.

O presidente que está deixando o cargo continuará sendo uma figura profundamente polarizadora e poderá concorrer novamenteblazer branco jogo2024.

Esses Estados desunidos não se uniram novamenteblazer branco jogorepente, até porque muitos americanos nutrem emoções tão diferentesblazer branco jogorelação a Trump, que vão desde a devoção ao ódio abjeto.

O país certamente não deu adeus ao um dos presidentes mais heterodoxosblazer branco jogosua história.