FinCEN Files: quem são os ‘boligarcas’ e quais são os indíciosanálise de esporte virtual bet365que desviaram dinheiro público da Venezuela:análise de esporte virtual bet365

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Legenda da foto, Alejandro Ceballos é o empresário sobre o qual há mais relatos nos arquivos do FinCEN
Legenda da foto, Os arquivos FinCEN contêm relatóriosanálise de esporte virtual bet365atividades suspeitas que vários bancos enviaram para a Redeanálise de esporte virtual bet365Controleanálise de esporte virtual bet365Crimes Financeiros dos EUA

Os maisanálise de esporte virtual bet3652.000 relatórios, que não são provasanálise de esporte virtual bet365crime nem acusações formais, foram vazados para o site americano BuzzFeed, que os compartilhou com jornalistas investigativosanálise de esporte virtual bet365108 veículosanálise de esporte virtual bet36588 países, incluindo o programa Panorama da BBC.

Os documentos relativos à Venezuela apontamanálise de esporte virtual bet365particular para o empresário Alejandro Ceballos Jiménez, magnata da construção que, segundo os relatórios, transferiu secretamente US$ 116 milhões (cercaanálise de esporte virtual bet365R$ 626 milhões,análise de esporte virtual bet365valores atuais)análise de esporte virtual bet365contratosanálise de esporte virtual bet365construçãoanálise de esporte virtual bet365habitações sociais para empresas offshore e contasanálise de esporte virtual bet365parentesanálise de esporte virtual bet365bancosanálise de esporte virtual bet365Europa e dos Estados Unidos.

Por exemplo, o Banco Espírito Santo, já fechado após intervenção do governo portuguêsanálise de esporte virtual bet3652014, transferiu maisanálise de esporte virtual bet365US$ 100 milhões da Venezuela para as contas da famíliaanálise de esporte virtual bet365Ceballos.

Parte desse dinheiro veio da petroleira estatal PDVSA eanálise de esporte virtual bet365programas governamentais como a Missão Che Guevara, que tem como objetivo o combate à pobreza.

Ceballos é um dos pelo menos sete magnatas venezuelanos cujas operações financeiras com os governosanálise de esporte virtual bet365Hugo Chávez e Nicolás Maduro foram reveladas nos arquivos do FinCEN.

De acordo com a análise do Consórcio Internacionalanálise de esporte virtual bet365Jornalistas Investigativos (ICIJ) dos arquivos vazados, há relatórios bancáriosanálise de esporte virtual bet365transações suspeitas vinculadas à Venezuela no valoranálise de esporte virtual bet365maisanálise de esporte virtual bet365US $ 4,8 bilhões entre 2009 e 2017. Quase 70% desses valores envolve dinheiro público pago por alguma entidade governamental.

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Legenda da foto, A construtora Alfamaq, propriedade da família Ceballos, participouanálise de esporte virtual bet365várias obras públicas na Venezuela

O magnata da construção

Ceballos não respondeu aos pedidosanálise de esporte virtual bet365entrevista feitos pelo ICIJanálise de esporte virtual bet365agosto. Ele se desculpou pelas dificuldadesanálise de esporte virtual bet365acesso aos documentos devido à quarentena na Venezuela.

Ceballos tem uma luxuosa residênciaanálise de esporte virtual bet365Miami, onde desfrutaanálise de esporte virtual bet365umaanálise de esporte virtual bet365suas paixões: as corridasanálise de esporte virtual bet365cavalos no hipódromo Hallandale Beach.

A fortunaanálise de esporte virtual bet365Ceballos vemanálise de esporte virtual bet365longe. Durante décadas a construtoraanálise de esporte virtual bet365sua família, a Inversiones Alfamaq, atuou na Venezuela.

Durante o governo Chávez,análise de esporte virtual bet365família ganhou dezenasanálise de esporte virtual bet365contratos para construir escolas, estaçõesanálise de esporte virtual bet365tratamentoanálise de esporte virtual bet365água ou reformar estádios esportivos.

"Não há obra na Venezuelaanálise de esporte virtual bet365que a Alfamaq não tenha participado nestes maisanálise de esporte virtual bet36537 anos", vangloriou-se Ceballosanálise de esporte virtual bet365entrevista concedidaanálise de esporte virtual bet3652016.

Entre essas obras estão as da Grande Missão Casa Venezuela, desde 2011 um dos programas sociais mais emblemáticos do governo Chávez, cujo plano era construir dois milhõesanálise de esporte virtual bet365moradias para pessoas pobres e trabalhadores.

Em 2012, o governo concedeu US$ 126 milhões a uma empresa italianaanálise de esporte virtual bet365energia, a Energy Coal SPA, visando a construçãoanálise de esporte virtual bet3651.540 apartamentos para pessoasanálise de esporte virtual bet365baixa renda. A empresa europeia subcontratou o trabalho com a Starleaf Limited, uma companhia com sedeanálise de esporte virtual bet365Londres e controlada por Ceballos eanálise de esporte virtual bet365família.

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Legenda da foto, O país foi saqueado, segundo promotor que investigava corrupção no país

Alguns advogados suíços trabalharam como representantes da família para esconder os bens do empresário,análise de esporte virtual bet365acordo com o relatório do Banco Espírito Santo ao FinCEN.

Entre 2013 e 2014, as agências do governo venezuelano pagaram à Starleaf maisanálise de esporte virtual bet365US$ 146 milhões, segundo o extinto banco português. A firma londrina distribuiu então dezenasanálise de esporte virtual bet365milhõesanálise de esporte virtual bet365dólares para empresas e contas da família Ceballos, segundo o Espírito Santo.

"O padrãoanálise de esporte virtual bet365pagamentos e a porção ou margem enviada aos familiares parecem ser excessivos", escreveu o bancoanálise de esporte virtual bet365um relatórioanálise de esporte virtual bet365fevereiroanálise de esporte virtual bet3652014.

Depoisanálise de esporte virtual bet365revisar contratos e faturas, o banco concluiu que eles eram "artificiais", o que pode estar relacionado à lavagemanálise de esporte virtual bet365dinheiro ou evasão fiscal.

O governo da Venezuelaanálise de esporte virtual bet3652015 investigou este projeto e concluiu que havia "irregularidades".

Os arquivos também mostram as ligações do banco suíço CBH com Alejandro Betancourt, que aos 29 anos fundou a Derwick, empresa à qual o governo venezuelano concedeu bilhõesanálise de esporte virtual bet365dólares sem licitação prévia para consertar o sistema elétrico do país, uma das infraestruturas mais problemáticas da Venezuela.

Em 2018, o Departamentoanálise de esporte virtual bet365Justiça dos Estados Unidos indiciou Francisco Convit e sete outros executivos da Derwick por formarem uma suposta quadrilhaanálise de esporte virtual bet365suborno e lavagemanálise de esporte virtual bet365dinheiro. Betancourt foi citado na acusação como cúmplice.

Os relatórios do FinCEN mostram alertasanálise de esporte virtual bet365dezenasanálise de esporte virtual bet365pagamentos suspeitos envolvendo Derwick e os bancos suíços CBH e Julius Baer.

Por exemplo, Derwick enviou cercaanálise de esporte virtual bet365US$ 12 milhões para uma empresa chamada Mediterraneo Global Investmentsanálise de esporte virtual bet365um pagamento qualificado como suspeito pelo banco que o fez.

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Legenda da foto, Alguns empresários venezuelanos próximos aos governosanálise de esporte virtual bet365Chávez (D) e Maduro (E) acumularam grandes fortunas no exterior

"O que aconteceu foi a pilhagemanálise de esporte virtual bet365um país", disse Zair Mundaray, ex-promotor anticorrupção da Venezuela, que, exilado, agora colabora com o líder da oposição Juan Guaidó.

Mundaray culpa a impunidade dos "boligarcas" e os bancos por não fazerem um escrutínio mais exaustivoanálise de esporte virtual bet365seus clientes.

"Nenhum banco investigou isso suficientemente", acrescenta.

Martin Rodil, fundador e diretor executivo da InterAmerican Solutions, consultoria que assessora o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sobre sanções contra a Venezuela, concorda com Mundaray: "Sem os bancos isso não teria acontecido."