2 questões que ameaçam a reeleiçãocupom pokerstarsTrump e como ele pode superá-las:cupom pokerstars

Na disputa atual, a distância entre Biden e Trump passoucupom pokerstars4 pontos percentuais no início do ano para algo entre 7 e 10 pontos percentuais, a depender da fonte consultada.

Estar alguns pontos atrás nas pesquisas eleitorais não é necessariamente um decretocupom pokerstarsderrota, muito menos nos EUA, onde os presidentes são eleitos por meiocupom pokerstarsum mecanismo conhecido como colégio eleitoral (que permitiu a Trump vencer Hillary Clintoncupom pokerstars2016 mesmo obtendo menos votos no total).

No entanto, muitos especialistas concordam que Trump se encontra agoracupom pokerstarsuma posição muito mais difícil do quecupom pokerstarsjaneiro, e que, caso se mantenham as tendências atuais, é muito provável que ele seja derrotadocupom pokerstarsnovembro.

Por quê?

A BBC News Mundo (serviçocupom pokerstarsespanhol da BBC) explica os principais fatores que têm afetado negativamente a campanhacupom pokerstarsreeleiçãocupom pokerstarsTrump.

1. Combate à pandemia

“Como a maioria das disputas presidenciais que envolvem reeleição, esta é um referendo sobre o presidentecupom pokerstarsexercício e seu desempenho no cargo”, explica Whit Ayres, pesquisador sobre o Partido Republicano,cupom pokerstarsentrevista à BBC News Mundo.

Como exemploscupom pokerstarsque nem sempre os mandatários são favoritos, ele cita o democrata Jimmy Cartercupom pokerstars1980 e o republicano George H.W. Bushcupom pokerstars1992.

Para o analista, Trump estavacupom pokerstarsuma posição mais favorável antes da pandemiacupom pokerstarscovid-19. “Os níveiscupom pokerstarsaprovaçãocupom pokerstarssua condução da pandemia estiveramcupom pokerstarsterreno positivo durante algumas semanascupom pokerstarsmarço, mas desde então têm registrado uma tendênciacupom pokerstarsqueda sustentada, e é isso que o mantém atráscupom pokerstarsBiden.”

Ayres destaca que, atualmente, 40% dos americanos aprovam e 58% desaprovam a gestãocupom pokerstarsTrump sobre a crisecupom pokerstarscoronavírus.

Stuart Rothenberg, analista político e editor sênior do site especializado InsideElections, considera que a resposta à pandemia do governo e, mais especificamentecupom pokerstarsTrump, gerou nos cidadãos a percepçãocupom pokerstarsnão serem capazescupom pokerstarsentender o que estava acontecendo.

“O índicecupom pokerstarsinfecções e mortes crescia, e o presidente falava que a pandemia iria desaparecer. O pior que pode acontecer com você é a percepçãocupom pokerstarsque você não estácupom pokerstarscontato com a realidade oucupom pokerstarsque é insensível.”

O especialista lembra que isso aconteceucupom pokerstars1992 com George W.H. Bush porque este não sabia qual era o preçocupom pokerstarsuma garrafacupom pokerstarsleite.

“Em seu estilo, o presidente é um lídercupom pokerstarstorcida. Ele sempre foi o mesmo. Ele diz: 'Tudo é maravilhoso. Estou no controle. Vou consertar'. E isso funciona quando as coisas estão indo bem, porque você pode levar o crédito pelo sucesso. Mas é mais difícil se gabarcupom pokerstarscomo as coisas vão bem quando as pessoas estão morrendo e os números indicam que não conseguimos controlar o vírus.”

Rothenberg acredita que, com essa atitude, Trump enfraqueceucupom pokerstarsposição com eleitores indecisos e até mesmo com alguns republicanos.

Paradoxalmente, a pandemia poderia ter sido uma oportunidade para o presidente fortalecercupom pokerstarsliderança eleitoral, como, segundo Ayres, aconteceu com vários líderes ao redor do mundo e até mesmo com governadores americanos.

2. Protestos contra injustiça racial

O assassinatocupom pokerstarsMinneapolis do ex-segurança negro George Floyd, que morreucupom pokerstarsmaio sufocado por um policial durante uma abordagem, desencadeou a maior ondacupom pokerstarsprotestos raciais nos Estados Unidos desde os anos 1960.

As manifestações, na maior parte pacíficas e com a participaçãocupom pokerstarscidadãoscupom pokerstarsdiferentes raças, idades e classes sociais, ocorreramcupom pokerstarsdezenascupom pokerstarscidadescupom pokerstarstodo o país, colocando no centro da agenda política o tema da injustiça racial e reabrindo o debate sobre o racismo estrutural nos EUA.

Segundo analistas consultados pela BBC News Mundo, neste caso, Trump errou emcupom pokerstarsestratégiacupom pokerstarsatacar os manifestantes, ao acusá-loscupom pokerstarssaquearem lojas e respondendo com mão dura — enviando a Guarda Nacional a algumas cidades.

“Ele pareceu insensível ante o coronavírus e as injustiças raciais. Sem reconhecer o grande abismo econômico racial ou problemas na forma com que a polícia trata os negros e as minoriascupom pokerstarsgeral”, avalia Rothenberg.

Para o analista, os protestos que se tornaram violentos deram a Trump a oportunidadecupom pokerstarsfazer seu discursocupom pokerstarsdefesa da "lei e ordem", que encontra eco entre seus eleitores mais fiéis, mas não no resto do eleitorado.

“A maioria dos americanos consegue distinguir saqueadorescupom pokerstarscidadãos que protestam dentro da lei.”

Para Whit Ayres, a condução dos protestos após a mortecupom pokerstarsGeorge Floyd não é a principal fontecupom pokerstarsdescontentamentocupom pokerstarsrelação a Trump, “mas faz partecupom pokerstarsum quadro maior que reforça o sentimento das pessoascupom pokerstarsque nos Estados Unidos as coisas estão foracupom pokerstarscontrole ecupom pokerstarsque o país está indo na direção errada”. Essas avaliações se refletem nas pesquisas, segundo ele.

Estratégia que tira votos

O que Trump está fazendo então para recuperar o terreno perdido?

Anthony Zurcher, correspondente da BBC na América do Norte, considera que o presidente americano tinha uma estratégiacupom pokerstarscampanha no início do ano que acabou derrubada pelos efeitos da pandemia.

"Trump começou o ano com uma estratégia claracupom pokerstarscomo ganharia a reeleição. Ele se gabariacupom pokerstarscomo conduziu uma economiacupom pokerstarsseu 11º anocupom pokerstarscrescimento. Ele falaria sobre seus acordos comerciais e como o manteve a naçãocupom pokerstarspaz.”

“Joe Biden seria apresentado como uma operação arriscada num momentocupom pokerstarsque as coisas estavam indo tão bem. Mas a pandemia virou essa estratégiacupom pokerstarscabeça para baixo”, avalia Zurcher.

Os efeitos do coronavírus na economia dos Estados Unidos foram catastróficos. A taxacupom pokerstarsdesemprego subiucupom pokerstars3,5%cupom pokerstarsfevereiro para 14,7%cupom pokerstarsabril, embora tenha diminuído lentamente para 10,2%cupom pokerstarsjulho.

No segundo trimestre do ano, a economia recuou a uma taxacupom pokerstars32,9%, a maior queda da história do país.

“Agora, o presidente precisa explicar por que a economia está com problemas graves, por que maiscupom pokerstars170 mil americanos morreram e por que muitas cidades do país foram sacudidas por protestos contra a injustiça racial.”

Analistas ouvidos pela reportagem consideram que, ao não poder contar mais comcupom pokerstarsestratégia eleitoral inicial, Trump recorreu à mesma fórmula que o elegeu há quatro anos.

“Sua mensagem é essencialmente a mesmacupom pokerstars2016. O país mudou, mas a mensagem do presidente continua igual”, pontua Ayres.

Rothenberg avalia, no entanto, que desta vez Trump não contará com a “janelacupom pokerstarsoportunidades” que tevecupom pokerstars2016, quando muitos eleitores do Partido Democrata não foram às urnas porque não se convenceramcupom pokerstarsque havia muitas diferenças entre os candidatos, ambos tidos como representantes dos interesses das grandes empresas.

“Quatro anoscupom pokerstarsTrump na Casa Branca mudaram essa equação, e ainda que a economia tenha funcionado bem durante um tempo, agora a situação é desesperadora.”

O analista considera que, ao assumir o mesmo estilo e retórica das eleiçõescupom pokerstars2016, Trump tem alijado muitos eleitorescupom pokerstarsgrupos minoritários, jovens, homens e mulheres com educação superior e até mesmo apoiadorescupom pokerstarsseu partido.

“Esses eleitores esperam que seu presidente fale com uma certa linguagem, mas ele se manteve como um outsider ao criticar o establishment.” Segundo ele, ainda que essa estratégia sirva para mobilizar a basecupom pokerstarsapoio mais sólidacupom pokerstarsTrump, há sérias dúvidas se ela será suficiente para lhe garantir a vitória.

Trump pode reverter o prejuízo?

Ainda que ele esteja atrás das pesquisascupom pokerstarsintençãocupom pokerstarsvoto, a possibilidadecupom pokerstarsreeleiçãocupom pokerstarsTrump continua sendo bastante real.

“Seria tolo considerar garantida a vitóriacupom pokerstarsBiden porque ele não é um grande candidato. Muita gente acredita que ele seja um homem decente e honrado, mas não é o candidato ideal para seus correligionários e eleitores. O presidenciável ideal do Partido Democrata seria uma governadoracupom pokerstarsaté 50 anos, moderada e pragmática”, avalia Rothenberg.

O especialista espera que a maior parte dos eleitores republicanos se mantenha fiel a Trump por lealdade ao partido, por ideologia ou por acreditar que o Partido Democrata acabaria aumentando o tamanho do Estado ou criando mais impostos e regulações.

"As pessoas que se preocupam com esses pontos vão continuar apoiando Trump e sair para votar. O problema é que agora o presidente está dez pontos percentuais atrás nas pesquisas eleitorais, e ele não pode se dar ao luxocupom pokerstarscontinuar perdendo eleitores. Então precisa redefinir a natureza da disputa eleitoral”, afirma Rothenberg.

Segundo Rothenberg, o presidente já está tentando dar uma guinada na campanhacupom pokerstarsbuscacupom pokerstarsum tema que servirá para subtrair votos do Partido Democrata e,cupom pokerstarsgeral,cupom pokerstarstodos os seus adversários.

Primeiro, apostou no discursocupom pokerstarslei e ordem para atrair votoscupom pokerstarseleitores suburbanos. Depois, afirmou que Biden é um socialista que vai implantar o socialismo nos Estados Unidos. “Há socialistas no Partido Democrata, mas Biden não é um deles. Então Trump busca o tempo inteiro por algo que atrapalhe seus adversários, embora até agora ele não tenha tido sucesso. Ele vai conseguir? Não sei ", diz o especialista.

Ayres, porcupom pokerstarsvez, acredita que as chancescupom pokerstarsTrump estão mais ligadas à pandemia, já que os EUA têm 4% da população mundial e chegaram a somar 25% dos casos no mundo.

“Acho que suas melhores chances são que as novas infecções desabem consideravelmente e que a economia comece uma recuperação rápida.”

Na opiniãocupom pokerstarsAnthony Zurcher, da BBC, esta semana, na qual ele oficializacupom pokerstarscandidatura, é fundamental para o presidente conseguir reorientarcupom pokerstarscampanha eleitoral e aumentar suas chancescupom pokerstarsvitória.

“Para que Trump conquiste a vitória, como fezcupom pokerstars2016, ele terá que convencer os americanoscupom pokerstarsque é o mais capazcupom pokerstarsliderar a naçãocupom pokerstarsmeio às crises atuais. Parte passa por lembrar o quão bem o país estava antes da pandemia. A outra parte passa por apresentar seu adversário, Joe Biden, como uma alternativa inaceitável: por ser muito fraco ou estar muito à esquerda", diz.