'Pode acontecer com você': o que levou pacientessport show pixbetcovid-19 a transplante duplosport show pixbetpulmão:sport show pixbet

Em 26sport show pixbetabril,sport show pixbetsituação se agravou, e ela foi ao setorsport show pixbetemergência do hospital Northwestern Memorial. E esta é a última coisasport show pixbetque se lembra.

Ramirez passou seis semanas na UTI especializadasport show pixbetcovid-19 no hospital, ligada a um respirador e a uma máquinasport show pixbetoxigenação por membrana extracorpórea, chamadasport show pixbetECMO, que atua como coração e pulmões artificiais, oxigenando e circulando o sangue,sport show pixbetcasossport show pixbetque os órgãos do paciente não são capazessport show pixbetdesempenhar essas funções.

O tratamentosport show pixbetRamirez mobilizou centenassport show pixbetmédicos e enfermeiros especializados. Depoissport show pixbetvárias semanas, os médicos chegaram à conclusãosport show pixbetquesport show pixbetúnica chancesport show pixbetsobrevivência estavasport show pixbetum transplante duplosport show pixbetpulmões.

"O vírus destruiu completamente seus pulmões", diz o médico Ankit Bharat, chefesport show pixbetcirurgia torácica e diretor cirúrgico do programasport show pixbettransplantessport show pixbetpulmões da rede Northwestern Medicine, da qual o hospital faz parte.

"Quando seu organismo se livrou do vírus, ficou óbvio que os danos aos pulmões não seriam revertidos, e ela precisariasport show pixbetum transplante", completa a médica Beth Malsin, parte da equipe que tratousport show pixbetRamirez.

Assim,sport show pixbet5sport show pixbetjunho, Ramirez se transformou na primeira sobreviventesport show pixbetcovid-19 a receber um transplante duplosport show pixbetpulmões nos Estados Unidos,sport show pixbetuma cirurgiasport show pixbet10 horas comandada por Bharat.

'A covid-19 não é uma farsa'

Exatamente um mês depois da cirurgiasport show pixbetRamirez, a equipe do Northwestern Memorial realizou outro transplante do tipo, o segundosport show pixbetque se tem notícia no país. O paciente, Brian Kuhns,sport show pixbet62 anos, estava havia cem dias ligado à ECMO.

Na quinta-feira (30/7), ainda se recuperando e acompanhadossport show pixbetfamiliares, Ramirez e Kuhns contaramsport show pixbethistóriasport show pixbetuma entrevista coletiva realizadasport show pixbetChicago.

"Eu não lembrosport show pixbetnada durante as seis semanas que passei na UTI", diz Ramirez. "Quando finalmente acordei, era metadesport show pixbetjunho e eu não fazia ideiasport show pixbetque estavasport show pixbetuma camasport show pixbethospital."

Ela conta que tinha dificuldadessport show pixbetmexer os dedos dos pés e sentia o impacto físico e mental da doença. Somente dias depois ficou sabendo que havia recebido um transplante duplosport show pixbetpulmões.

Assim como Ramirez, Kuhns, que é proprietáriosport show pixbetuma oficina mecânicasport show pixbetSchaumburg, no Estadosport show pixbetIllinois, levava uma vida saudável até ser infectado com o coronavírus. Mas, ao contráriosport show pixbetRamirez, ele achava que a covid-19 era uma farsa.

"Eu continuei a levar a vida normalmente, não usava máscara ou tomava qualquer precaução. Achei que era como qualquer outra gripe", lembra Kuhns, ainda com a voz fraca.

Em março, porém, ele começou a sentir sintomas como doressport show pixbetcabeça esport show pixbetestômago e um poucosport show pixbetfebre. No dia 18 daquele mês, após começar a apresentar tosse, foi ao pronto-socorro.

Sua mulher, Nancy, diz que esta foi a última vez que ela e as duas filhas e os netos do casal puderam ver Kuhnssport show pixbetquase quatro meses.

"Ninguém pode prepará-lo para o impacto emocional que a covid-19 temsport show pixbetuma família", afirma Nancy. "Não poder ver, tocar, abraçar um ente querido enquanto ele está lutando porsport show pixbetvidasport show pixbetuma UTI é extremamente difícil."

Quando ficou claro que precisariasport show pixbetum transplante duplosport show pixbetpulmões, Kuhns foi transferido para o Northwestern Memorial.

"Tudo aconteceu tão rápido. Em um minuto eu estava trabalhando, comandando meu negócio, e, no minuto seguinte, estava preso a uma máquina por cem dias", diz Kuhns. "Eu achei que estava morto, que era o fim."

Nancy afirma que a experiência fez o marido mudarsport show pixbettomsport show pixbetrelação à doença. "A covid-19 não é uma farsa. Quase matou o meu marido."

'Por favor, levem isso a sério'

Tanto Kuhns quanto Ramirez precisaram realizar testes que comprovassem que estavam livres do vírus antessport show pixbetse submeterem ao transplante. Em ambos os casos, as cirurgias levaram mais tempo do que o normal devido à complexidade e ao grausport show pixbetdeterioração dos pulmões dos pacientes.

"Maya e Brian não estariam vivos hoje sem o transplante duplosport show pixbetpulmões", diz o médico Ankit Bharat, ressaltando que a equipesport show pixbetcirurgiões passou semanas se preparando para os procedimentos.

Bharat diz que, durante as cirurgias, os médicos confirmaram que os danos severos e o grausport show pixbetinflamação nos pulmõessport show pixbetRamirez e Kuhns já estavam comprometendo outros órgãos, como o coração, aumentando o grausport show pixbetcomplexidade das operações.

Segundo Bharat, o sucesso das cirurgias nos dois mostra que esse tiposport show pixbettransplante pode ser uma opção para salvar a vidasport show pixbetalguns pacientes que sobrevivem à covid-19 mas apresentam danos irreversíveis nos pulmões. A equipesport show pixbetChicago vem oferecendo aconselhamento a outros centrossport show pixbettransplante ao redor do mundo.

Mas o médico adverte que esse tiposport show pixbettransplante não é para todos. Ramirez e Kuhns não apresentavam comorbidades. Ambos ainda estão se recuperando, mas já conseguem respirar por conta própria. Eles vão precisar continuar tomando medicamentos para evitar que seu organismo rejeite os pulmões transplantados.

Ramirez recebeu altasport show pixbet8sport show pixbetjulho e continua recebendo terapia física e ocupacional. Ela diz quesport show pixbetrecuperação vem avançando a cada dia, mas ainda sente o impacto da doença e da cirurgia.

"Eu era muito independente. Agora não consigo mais fazer tarefas diárias sem me sentir exausta. Até mesmo caminhar é muito difícil", observa.

Ela diz que quer compartilharsport show pixbethistória para aumentar conscientização sobre a gravidade da doença.

"As pessoas precisam entender que a covid-19 é real. O que aconteceu comigo pode acontecer com você", afirma Ramirez. "Então, por favor, usem uma máscara e lavem suas mãos. Se não por vocês, façam pelos outros."

Kuhns também pede que as pessoas não desprezem os riscos do coronavírus.

"Se minha história pode ensinar alguma coisa é que a covid-19 não é brincadeira. Por favor, levem isso a sério."

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