Coronavírus: a pandemia vai tornar o mercadogoias e coritiba palpitetrabalho ainda mais difícil para as mulheres?:goias e coritiba palpite
Ela diz às mulheres mais jovens que todas podem chegar ao topo com "foco, determinação e objetivos claros".
Mas, como outros especialistas, ela está preocupada com as pressões extras que estão surgindo nas carreiras das mulheres durante a pandemia — e se isso pode acabar tornando tudo ainda mais complicado.
'Dupla jornada'
A situação é particularmente difícil nas famíliasgoias e coritiba palpiteque os pais tentam trabalhargoias e coritiba palpitecasa enquanto estudam à distância ou cuidamgoias e coritiba palpiteoutros parentes.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres ainda representam três quartosgoias e coritiba palpitetodo o trabalho não remunerado.
"Não é segredo que as mães ainda carregam a maior parte do fardogoias e coritiba palpitecuidados infantis e trabalho doméstico na maioria das famílias", diz Justine Roberts, fundadora e diretora executiva da Mumsnet, a maior rede online para pais do Reino Unido.
Roberts diz que essa realidade está "pressionando" as mulheres e deixando as mães particularmente "preocupadas".
"As mães estão preocupadas com o riscogoias e coritiba palpitedemissão ougoias e coritiba palpiteproblemas no trabalho porque não são capazesgoias e coritiba palpitedesempenhar seu trabalho tão bem quantogoias e coritiba palpitecostume."
"Mesmo que as mulheres sintam que seu emprego ou renda estão relativamente seguros, muitas estão dizendo que simplesmente não podem continuar assim por muito mais tempo."
Ramos salienta que as mulheres tradicionalmente realizam uma "dupla jornada"goias e coritiba palpitecasa quando o diagoias e coritiba palpitetrabalho termina.
Agora, a maioria das mulheres que ela conhece "está tentando trabalhar nos dois turnos ao mesmo tempo" — e o custo disso para a saúde mental está levando algumas a pensargoias e coritiba palpitedesistir e largar o emprego durante a pandemia.
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"Nós realmente precisamos entender a realidadegoias e coritiba palpitecomo as mulheres estão no localgoias e coritiba palpitetrabalho", diz Allyson Zimmermann, diretora da Catalyst, uma ONG global que trabalha com empresas para melhorar ambientegoias e coritiba palpitetrabalho para mulheres.
"O sistema está ultrapassado. E, quando você olha para isso, é do interesse das empresas encontrar um novo normal no localgoias e coritiba palpitetrabalho pós-covid."
A Catalyst passou anos acompanhando as carreirasgoias e coritiba palpite10 mil graduadosgoias e coritiba palpiteMBA, homens e mulheres, das 26 principais escolasgoias e coritiba palpitenegócios da Ásia, Canadá, Europa e EUA.
Emgoias e coritiba palpitepesquisa, a organização observou como a faltagoias e coritiba palpiteopções flexíveisgoias e coritiba palpitetrabalho afeta a motivação das mulheres quando elas entram na maternidade.
Mas também existem preconceitos implícitos que agem fortemente para retardar o progresso das mulheres, independentementegoias e coritiba palpitesua experiência ou se elas têm ou não filhos.
Por exemplo, as mulheres nos estudos da Catalyst eram mais propensas que os homens a começargoias e coritiba palpiteum cargo mais baixogoias e coritiba palpiteseu primeiro emprego pós-MBA. E quando os homens trabalhavam longas horas, essa estratégia parecia ajudar suas carreiras, mas não as mulheres.
Os graduados do sexo masculino eram recompensados com aumentos salariais assim que alternavam entre empresas, mas os salários das mulheres pareciam aumentar apenas depois que provassem seus talentos primeiro a seus gerentes.
"As mulheres precisam melhorar constantemente seu desempenho, enquanto os homens são promovidos com base no potencial", diz Zimmermann.
"Existe essa percepçãogoias e coritiba palpiteque, se as mulheres estivessem fazendo exatamente a mesma coisa que os homens, elas avançariam. E a verdade é que não. As mulheres costumam ter um padrão muito mais alto que os homens. É um viés muito inconsciente."
A crise econômica dificulta
Um novo estudo americano feito por acadêmicosgoias e coritiba palpitediferentes universidades indica que esses preconceitos podem ressurgir fortemente durante crises econômicas.
O artigo descobriu que as mulheres que tentam ingressar nos cargos mais altos das empresas — o conselhogoias e coritiba palpiteadministração, por exemplo — passam por situações muito mais difíceis quando as empresas atravessam uma crise.
Depoisgoias e coritiba palpiteanalisar 50 mil eleições nos conselhosgoias e coritiba palpite1.100 empresasgoias e coritiba palpitecapital aberto entre 2003 e 2015, os pesquisadores descobriram que os acionistas normalmente ficavam felizesgoias e coritiba palpiteapoiar as diretoras quando tudo estava indo bem.
No entanto, se a empresa tivesse problemas ou se houvesse uma crise, era muito mais provável que retirassem seu apoio à candidata.
Essas mulheres mantinham padrões muito mais altos do que seus pares e eram mais propensas a deixar a empresa nos anos seguintes.
Coautora do estudo, Corinne Post, da Universidade Lehigh, no Estado americano da Pensilvânia, diz que "é difícil encontrar outra explicação além dos preconceitosgoias e coritiba palpitetorno dos compromissos das mulheres ou se elas estão realmente trabalhando tão duro quanto deveriam".
Outra coautora, Arjun Mitra, da Universidade do Estado da Califórnia, acrescenta que as empresas estavam minando seu talento feminino "em um momentogoias e coritiba palpiteque poderiam se beneficiar mais das qualidadesgoias e coritiba palpiteliderança feminina".
"Isso é um sinal muito fortegoias e coritiba palpiteque as empresas não apoiam mulheresgoias e coritiba palpitecargosgoias e coritiba palpiteliderança."
Mulheres com salários mais baixos também estão sendo afetadas
O mundo fez grandes melhoriasgoias e coritiba palpitedireção à igualdadegoias e coritiba palpitegênero nos últimos 50 anos, mas levará pelo menos mais um século para que homens e mulheres acabem com as lacunas no localgoias e coritiba palpitetrabalho,goias e coritiba palpiteacordo com o Fórum Econômico Mundial (WEF).
E a covid-19 já está impactando as mulheresgoias e coritiba palpitefaixas mais baixasgoias e coritiba palpiterenda.
A crise econômica destruiu o emprego das mulheres mais do que os homens porque está atingindo setores econômicos onde as mulheres estão super-representadas na forçagoias e coritiba palpitetrabalho, como hotelaria, alimentação, varejo e manufatura.
Na América Central, por exemplo, 59% das mulheres estão empregadas nesses setores, enquanto no Sudeste Asiático são 49% e na América do Sul 45%.
Nos EUA, o desemprego feminino é maior que o masculino.
"Crises anteriores mostraram que, quando as mulheres perdem seus empregos, aumenta seu envolvimento no trabalho não remunerado. E que, quando os empregos são escassos, as mulheres frequentemente têm oportunidades negadasgoias e coritiba palpiteemprego disponíveis aos homens", alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
'Um passo atrás e dois adiante'
Seja qual for o impacto, a pandemia passará e Simone Ramos acredita que dará lugar a uma "nova realidade" à qual as empresas já começaram a se adaptar.
Ela acredita que as empresas estão começando a ter uma "aparência mais compassiva" e oferecerão opçõesgoias e coritiba palpitetrabalho mais flexíveis para atender às circunstâncias pessoais dos funcionários como um padrão.
"Acho que vamos dar um passo atrás e dois passos adiante", diz Luciana Barreto, diretora executiva da M Square, uma empresagoias e coritiba palpitegerenciamentogoias e coritiba palpiteativos com um portfólio global no valorgoias e coritiba palpiteUS$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões).
Barreto diz que as mulheres estão cada vez mais conscientes da importância das carreiras delas "para libertá-las e completá-las", para que "a luta pela igualdadegoias e coritiba palpitegênero não termine aqui".
Mas ela acredita que, no mercadogoias e coritiba palpitetrabalho pós-pandemia, será ainda mais crucial que as mulheres "tomem posse"goias e coritiba palpitesuas carreiras e questionem se as empresas para as quais elas querem trabalhar realmente merecem valor.
Allyson Zimmermann concorda e diz que geralmente diz às estudantesgoias e coritiba palpitenegócios que olhem o que está acontecendo no topo das empresas antesgoias e coritiba palpitese candidatarem a empregos lá.
"Quando você procura seu empregador, não procura a perfeição, mas o progresso. Se você não se vê representado na liderança, ou não vê que eles estão trabalhando ativamente para isso... então eu procurariagoias e coritiba palpiteoutro lugar ", diz ela.
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