Disputa por volta às aulas nos EUA coloca 20 mil estudantes brasileiros sob riscosol casino bonusexpulsão do país:sol casino bonus

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Legenda da foto, Cercasol casino bonus20 mil estudantes brasileiros nos EUA podem ser diretamente impactados por uma alteração nas regrassol casino bonusvisto acadêmico

"Se voltarem às aulas normalmente agora vai ser crítico, porque serão milharessol casino bonusalunos fechadossol casino bonusprédios com ar condicionado. O riscosol casino bonuscontágio é enorme. Ao mesmo tempo, sem os alunossol casino bonusfora, a universidade pode até quebrar, alémsol casino bonussermos mandados embora e perdermos tudo o que fizemos até aqui", resume Ribeiro.

Trump quer escolas abertas

Desde março, ele, seu orientador e seus colegas não vão ao laboratório aeroespacialsol casino bonusque fazem pesquisa, no campus da UCLA. Mas o trabalho tem continuado, com algumas limitações,sol casino bonuscasa. O brasileiro desenvolve um estudo que pode ter impacto direto no modo como as asassol casino bonusaeronaves são construídas.

Apenassol casino bonusRibeiro, a universidade já investiu US$120 mil dólares. Ao pensar no montante, o engenheiro procura se acalmar.

"Eu estou 20% ansioso e 80% confiantesol casino bonusque eles vão fazer algo para evitar que tudo se perca", diz Ribeiro.

Até agora, no entanto, a UCLA, assim como boa parte das universidades americanas, não soube dizer a seus alunos estrangeiros o que deve acontecer com eles nas próximas semanas.

"Eu vejo que acabamos ficando no meiosol casino bonusum jogo político do presidente, que está tentando forçar uma reabertura", interpreta Ribeiro.

Na mesma segunda-feirasol casino bonusque as regrassol casino bonusmigração foram alteradas, Trump tuitou: "ESCOLAS DEVEM ABRIR NO OUTONO",sol casino bonusreferência ao próximo semestre escolar.

Nas últimas semanas, o republicano têm sofrido sucessivos golpes emsol casino bonuscampanhasol casino bonusreeleição. A popularidade do presidente está abaixosol casino bonus40% e seu oponente, o democrata Joe Biden, já abre maissol casino bonus10 pontos percentuaissol casino bonusvantagem nas pesquisas nacionais. Com uma basesol casino bonuseleitores preocupadas com empregos e que expressa rejeição a imigrantes, o movimentosol casino bonusrelação às universidades pode ajudá-lo politicamente.

Ao mesmo tempo, a ação ocorresol casino bonusum momentosol casino bonusque os Estados Unidos enfrentam novo pico do coronavírus no país, com médiasol casino bonusmaissol casino bonus50 mil novos casos diários da doença na última semana (e maissol casino bonustrês milhões no total).

sol casino bonus Os EUA perdem cérebros

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Legenda da foto, Com decisãosol casino bonusTrump, universidades e escolas vivem o dilema: ou retomam as aulas apesar do risco sanitário ou mantêm as medidas contra a pandemia e perdem seus alunos internacionais

"Sempre soubemos que Trump não gostavasol casino bonusimigrantes. Prometeu construir o muro na fronteira com o México e seus centrossol casino bonusdetenção ali não são conhecidos pelo respeito aos direitos humanos. Mas desde que a epidemia começou, ele se voltou contra a migração legal. Primeiro com a interrupçãosol casino bonusemissão dos vistossol casino bonustrabalho, e agora se voltando contra estrangeiros acadêmicos altamente qualificados", afirma Vitor Possebom,sol casino bonus29 anos, que chegou nos Estados Unidossol casino bonus2016 para cursar seu doutoradosol casino bonuseconomia na Universidade Yale.

O mistosol casino bonusfrustração, dúvidas e ansiedade levou Possebom a se somar a um movimento online para pedir que americanos façam pressão sobre seus congressistas para impedir que a nova regra, apelidadasol casino bonusbanimento estudantil (student ban,sol casino bonusinglês), seja implementada. Nas redes sociais, professores universitários têm se disposto a criar cursos presenciaissol casino bonusfachada para tentar burlar a fiscalização do serviçosol casino bonusimigração.

Mais efetiva pode ser a medida tomada por Harvard e MIT. Na quarta-feira, dia 8, as duas universidades processaram a administração Trump contra a expulsão dos estudantes, que reputam ser uma medida "cruel" e "imprudente". Com o auxílio da procuradoriasol casino bonusMassachussets, onde estão localizadas, as instituições pedem que nenhum estudante seja retirado do país antessol casino bonusuma decisão judicial final, o que poderia levar anos para ocorrer.

"Massachusetts é o larsol casino bonusmilharessol casino bonusestudantes internacionais que não devem temer nem a deportação nem ser forçados a colocarsol casino bonussaúde e segurançasol casino bonusrisco para melhorarsol casino bonuseducação. Esta decisão é cruel, é ilegal e abrimos esse processo para pará-la", disse Maura Healey, procuradora-geral,sol casino bonusum comunicado à imprensa.

Possebom espera conseguir permanecer no país pelos próximos dois anos, período no qual concluirá seu doutorado. E só.

"Quando cheguei aqui, há quatro anos, eu pretendia construir minha carreira acadêmica nos Estados Unidos. Nos últimos tempos, essa movimentação contra imigrantes me faz pensar que não vale a pena ficar, não há segurança jurídica. Não pode ser assim: se o presidente for razoável, eu toco minha vida. Se não, posso ter que largar tudo e sairsol casino bonustrês semanas", diz Possebom, que afirma ter ficadosol casino bonuschoque quando recebeu a notícia.

"É uma enorme sensaçãosol casino bonusimpotência. Não vou ficar aqui, quando terminar o doutorado, meu plano é voltar para o Brasil."

Para o especialistasol casino bonusmigração Leonardo Freitas, CEO do escritóriosol casino bonusadvocacia migratória Hayman-Woodward, ao tomar essa decisão, o governo americano aceitou o riscosol casino bonussofrer uma evasãosol casino bonuscérebros.

"O país que historicamente é um polosol casino bonusatraçãosol casino bonusgrandes mentes começa a dilapidar esse patrimônio intelectual", afirma.

A possível expulsão dos estudantes é mais uma das medidas a desagradar as grandes empresassol casino bonustecnologia do Vale do Silício, na Califórnia. Elas já se insurgiram contra as limitaçõessol casino bonusvistossol casino bonustrabalho, argumentando que não podem se fiar apenas nos trabalhadores americanos para obter profissionais com as habilidades que o negócio demanda. Agora, enxergam nesse novo ato uma possível redução na formaçãosol casino bonusmãosol casino bonusobra especializada.

Estudar ou viver nos Estados Unidos?

De acordo com Freitas, alémsol casino bonusfomentar a reabertura da economia, a medida tinha mais dois objetivos.

O primeiro seria reduzir a presença chinesasol casino bonusterritório americano. Hoje, a China é a origemsol casino bonus34% dos estudantes estrangeiros nos Estados Unidos — quase 400 mil pessoas. O governo americano, que já vivia há anos uma guerra comercial com a China, tem culpado o país pela dimensão da pandemia global.

Alémsol casino bonusafirmar que os chineses omitiram dados sobre o coronavírus, altos funcionários da gestão Trump chegaram a acusá-lossol casino bonuster produzido artificialmente a cepa,sol casino bonusum ataque biológico contra os americanos e o restante do mundo. Isso jamais foi provado, mas ataques contra a China têm se mostrado populares entre o eleitorado trumpista.

O segundo objetivo seria impedir a exploraçãosol casino bonusuma brecha nas regras migratórias do país. Nos últimos cinco anos,sol casino bonusacordo com Freitas, o governo americano começou a perceber que vistos acadêmicos como o F-1 passaram a ser usados por estrangeiros para efetivamente fixar residência permanentemente nos Estados Unidos e não apenas para estudar por um período limitadosol casino bonustempo.

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Simone Rohde no diasol casino bonusformaturasol casino bonusMassachussets

Quando se mudou para os Estados Unidos, há 4 anos, a paranaense Simone Rohde entrou no país com vistosol casino bonusturismo. Antes que ficasse irregular, ela se matriculousol casino bonusum cursosol casino bonusinglês e alterou seu visto para o F-1,sol casino bonusestudante.

Desde então, Simone já fez também um curso tecnólogosol casino bonusadministração e agora estuda negócios.

"Eu vim pra ficar mesmo e tenho procurado meios legaissol casino bonusfazer isso, quero fazer tudo certinho para conseguir a residência permanente. Então quando vi essa notícia, praticamente um convite pra gente se retirar, fiquei desesperada. As opções vão estreitando pra gente. Se minha escola não reabrisse, eu teria que mudarsol casino bonuscidadesol casino bonusbuscasol casino bonusoutra opção pra poder ficar", afirma Simone, que paga US$ 6,5 mil dólares por ano à instituiçãosol casino bonusensino que garante à ela e ao marido o visto para permanecersol casino bonusMassachussets.

"Existem várias escolassol casino bonusinglês ousol casino bonuscursos profissionalizantes na Flórida esol casino bonusMassachussets que se especializaramsol casino bonustrazer brasileiros para cá dessa maneira e viraram alvo do serviçosol casino bonusimigração", explica Freitas.

Simone, no entanto, afirma estar aliviada porquesol casino bonusescola já informou que retomará 100% das aulas presenciais no próximo semestre.

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