'Há 15 dias, só choro': a angústia dos brasileiros que ainda não conseguiram voltar da Itália:vaidebet ge
Santina incialmente estavavaidebet geBrescia, a cercavaidebet ge80 kmvaidebet geMilão, hospedada na residênciavaidebet geuma conhecida,vaidebet getrocavaidebet geuma ajudavaidebet gecusto. Após o cancelamento do bilhete aéreo por causa da pandemiavaidebet gecoronavírus, teve que deixar o local.
"Nunca imaginei passar por isso. De uma hora pra outra eu estava na rua."
Pelo boca a boca entre a comunidadevaidebet geimigrantes, Santina conheceu uma brasileira residentevaidebet geLodi, na Lombardia, que se ofereceu para hospedá-la por poucos dias.
"Já estou na casa dela há dois meses. Não quero atrapalhar a família, tenho vergonha, sei que eles também estão sem trabalho por causa do coronavírus," conta Santina.
Sem remédios e com pouca comida
"Há várias semanas não tomo meus remédios contra a ansiedade. Não tenho dinheiro, não consigo dormir mas não vou pedir para quem já me está dandovaidebet gecomer."
"Quando eles comem, eu como."
A brasileira diz ter pedido ajuda ao Consuladovaidebet geMilão.
"Consegui preencher o formulário que eles pedem e recebi uma ligaçãovaidebet geuma funcionária. Expliquei a minha situação, mas ela disse que o Consulado não pode fazer nada para me ajudar, e que eu deveria pedir dinheiro aos meus parentes no Brasil."
"Se eles não nos podem ajudar, por que nos telefonam?", pergunta.
"Estou desesperada e sem saber o que fazer."
Férias frustradas
O turista Fred Carlos, que desde fevereiro está na cidadevaidebet geLomazzo, na Lombardia, também relata dificuldades para conseguir voltar ao Brasil, depoisvaidebet geter o próprio voo cancelado por três vezes.
"Estou hospedado na casavaidebet geconhecidos há quase quatro meses. É constrangedor. E não posso nem sairvaidebet gecasa um pouco para dar um tempo a eles, porque não tenho uma justificativa para sair e ficar pelas ruas", dissevaidebet geentrevista à BBC Brasil.
"Não falo italiano e está super difícil conseguir informações com as companhias aéreas, que repassaram os voos entre elas. Ninguém sabe me dizer quando haverá um novo voo", diz o brasileirovaidebet ge36 anos.
Ele também diz ter entradovaidebet gecontato com o Consuladovaidebet geMilão, relatando suas dificuldades.
"Depoisvaidebet gepreencher o formulário online, eles me mandaram uma mensagem dizendo que o governo brasileiro está organizando um voo comercial, mas será a pagamento. Quem quiser embarcar, terá que pagar cercavaidebet ge700 euros. Eu simplesmente não tenho esse dinheiro", conta.
"A orientação do Consulado é que a gente aguarde até a situação se normalizar."
"Não sei mais a quem pedir ajuda. Nunca tinha usado as redes sociais antes, e me inscrevi no Facebook só para procurar outros brasileiros na mesma situação que eu."
"Até mesmo para saber o nome (italiano) do meu remédio contra a pressão, pedi ajuda nas redes sociais e o pessoal traduziu pra mim. Agora vou tentar comprar na farmácia sem receita."
O brasileiro, que trabalha como segurançavaidebet geSão Paulo, diz estar preocupado com os filhos no Brasil.
"Tenho que voltar ao trabalho, tenho dois filhos pequenos a quem pago pensão."
Trabalho ilegal
Como faz há sete anos, a brasileira Fabianavaidebet geSouza veio à Itáliavaidebet gejaneiro deste ano para trabalhar por três meses no setor turístico, na regiãovaidebet geesqui Vale D'Aosta.
"Com a chegada da epidemiavaidebet gecoronavírus,vaidebet geum dia para o outro fiquei sem emprego e sem ter onde ficar, porque estava trabalhando ilegalmente", dizvaidebet geentrevista à BBC News Brasil.
"Pedi ajuda ao Consulado, porque eu estava sem dinheiro e não sabia como retornar ao Brasil. Eu estava desesperada, mas eles me disseram que não poderiam fazer nada para me ajudar."
"A orientação deles é para que a gente procure as instituiçõesvaidebet gecaridade como a Proteção Civil, Caritas ou outras entidades religiosas."
"Cheguei até a fazer uma vaquinha nas redes sociais", conta.
"Dias depois, não sei como, a companhia aérea me telefonou dizendo que iriam me encaixar num voo que faria escalavaidebet geFrankfurt evaidebet geLondres, e que levou mais 24 horas para chegarvaidebet geSão Paulo."
"Tive sortevaidebet geconseguir embarcar, porque muita gente ainda não sabe como voltar."
"Agora a minha luta é aqui na minha cidade, São Sebastião do Paraíso, enfrentando o preconceito das pessoas que acham que eu estou com o coronavírus", desabafa.
E mesmo quem se disponibilizou a pagar pelo voo proposto pelo Consulado, continua sem saber se a viagem será mesmo realizada.
É o caso da turista Gerunzia Amorim.
"Pedi ajuda ao Consulado porque minha companhia aérea não tem previsãovaidebet genovos voos."
"Já se passaram duas semanas desde que preenchi o formulário pedindo para ser incluída no voo que eles deverão organizar e até hoje não obtive nenhuma reposta", dizvaidebet geentrevista à BBC News Brasil.
"Felizmente consegui comprar uma passagem com a Lufthansa para o próximo domingo. Agora é torcer para que não cancelem este voo também, do contrário terei dois bilhetes cancelados. Sou privilegiada, pois muita gente ainda não tem como voltar pra casa", diz.
"Vou sairvaidebet geonde estou hospedada dois dias antes do horário do voo, porque estou longe do aeroportovaidebet geRoma e os nem todos os trens estão funcionando. Vai ser preciso trocarvaidebet getrem várias vezes e, provavelmente, vou dormir no aeroporto com outros brasileiros", diz Gerunzia.
E mesmo quem conseguir comprar um novo bilhete aéreo encontrará dificuldades para viajar dentro do país, já que os transportes públicos estão funcionando com grandes restrições por causa da pandemia.
Nas redes sociais e nos gruposvaidebet gechat, brasileiros trocam informações sobre como chegar aos aeroportosvaidebet geMilão ou Roma, quais linhasvaidebet getrem foram canceladas,vaidebet gequais estações é melhor dormir, como preencher a justificativa para poder circular pelas ruas, quantas máscaras e luvas descartáveis reservar para a viagem e até sobre o distanciamento - inexistente - entre os passageiros no avião.
"Vou levar muitos dias para chegarvaidebet geSalvador", conta Gerunzia. "Depois que eu aterrissar no Brasil, por precaução, ainda vou ficarvaidebet gequarentena voluntária".
Cesta básica
Manuela Serafim,vaidebet ge28 anos, chegou à Itália com o marido, Guilhermo Campos, para realizar o processovaidebet gecidadania. "Tenho residência legal e todos os documentos necessários para receber a nacionalidade italiana. Infelizmente, porém, o processo foi interrompido por causa da epidemia."
"Acabamos ficando sem dinheiro para pagar o aluguel, para comprar as passagensvaidebet gevolta e até para comer", conta.
"Para não ser despejada, fizemos uma vaquinha com parentes no Brasil. Até o dia 18vaidebet geabril temos onde ficar", conta a brasileira que está na cidadevaidebet geVale Corsa, próxima a Roma.
Manuela diz ter solicitado ajuda ao Consuladovaidebet geRoma evaidebet geter recebido a ofertavaidebet ge50 euros (R$ 284), mas por causa das restrições no transporte público, não pôde comparecer pessoalmente para retirar o dinheiro.
"Conversei com o cônsul pelo telefone explicando a nossa situação e, dias depois, recebemos uma cesta básica do Consulado", diz. "Mas avisaram que não há planosvaidebet gerepatriação."
Em nota à BBC News Brasil, o Ministério das Relação Exteriores afirmou ter conhecimentovaidebet ge260 brasileiros não residentes retidos na Itália.
"No caso específico da Itália, rotasvaidebet geretorno ao Brasil por via comercial continuam disponíveis, por meiovaidebet geescalasvaidebet geAmsterdã e Frankfurt."
"Recordamos que os brasileiros que comprovarem carênciavaidebet gerecursos podem solicitar ajuda ao Consulado ou à Embaixada emvaidebet geregião, os quais buscarão,vaidebet geacordo com as limitações legais existentes, dar apoio aos nacionaisvaidebet gesituaçãovaidebet gehipossuficiência financeira", diz a nota.
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